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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Banco Central

Atividade surpreende, mas sem impacto sobre Copom

Economia mostra reação acima do esperado em julho, com alta de 0,57%

Eduardo Campos
Eduardo Campos
17 de setembro de 2018
12:01 - atualizado às 10:41
Punho fechado com a bandeira do Brasil
IBC-Br é indicador de atividade econômica do Banco CentralImagem: Shutterstock

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, surpreendeu para cima na passagem de junho para julho ao marcar variação positiva de 0,57%, acima do intervalo de projeções do "Broadcast Projeções", que oscilava entre queda de 0,67% e avanço de 0,50%, com mediana positiva de 0,10%.

A nova variação positiva vem depois de uma expansão de 3,42% em junho, que captou a recuperação após o tombo provocado pela greve dos caminhoneiros, que resultou em queda de 3,5%.

Esse repique, no entanto, não deve mudar o entendimento do Comitê de Política Monetária (Copom) que estará reunido nesta terça e quarta-feira para definir o rumo da taxa básica de juros, a Selic. O consenso de mercado é de estabilidade do juro básico em 6,5% ao ano. Depois do encontro desta semana, o Copom voltará a se reunir em 30 e 31 de outubro, após a definição das eleições presidenciais. É nesta reunião que as coisas podem (ou não) mudar.

A atividade econômica entrou explicitamente no balanço de riscos da autoridade monetária na reunião de agosto. O BC passou a falar em “nível de ociosidade” ainda elevado com um dos fatores que podem levar a inflação a seguir rodando abaixo da meta de 4,5% deste ano e de 4,25% em 2019.

A questão envolvendo o “nível de ociosidade” tem pelos menos dois impactos sobre a tomada de decisão do BC. Primeiro, atividade fraca não representa ameaça para a inflação. Segundo, atividade fraca reduz a capacidade de transmissão da alta do dólar, que já chega a 25% no ano, para o restante dos preços da economia.

O comunicado que sai após a reunião de quarta-feira e a ata da reunião servirão de base para a confecção do Relatório de Inflação previsto para o dia 27 de setembro. O documento apresenta detalhadamente as projeções do BC para a inflação e crescimento econômico. Mas mais relevante é a entrevista que o presidente Ilan Goldfajn concederá neste dia, quebrando um silêncio que perdura desde o começo de julho.

Não é o PIB do BC

Mesmo conhecido como PIB do BC, o IBC-Br tem metodologia de cálculo diferente das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em box no Relatório de Inflação (RI), o BC explicou que IBC-Br e PIB são indicadores agregados de atividade econômica com trajetórias similares no médio prazo. Mas há características que os diferenciam tanto do ponto de vista conceitual quanto metodológico.

O IBC-Br, de frequência mensal, permite acompanhamento mais tempestivo do comportamento da atividade econômica, enquanto o PIB, de frequência trimestral, descreve quadro mais abrangente da economia. Além disso, o BC alerta que o processo de dessazonalização pode ampliar diferenças pontuais entre os dois indicadores, o que demanda cautela em comparações nos horizontes mais curtos. No entanto, essas diferenças tendem a se compensar ao longo do tempo, favorecendo as comparações em horizontes mais longos, como o anual.

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