O presidente do Banco Central da Argentina, Luis Caputo, pediu demissão nesta terça-feira, 25. A informação é do jornal argentino "Clarín".
O pedido foi realizado durante uma viagem do presidente Mauricio Macri a Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU.
Caputo estava há três meses no cargo e será sucedido pelo economista Guido Sandleris.
Desde ontem, a Argentina passa por uma grande paralisação convocada por movimentos sindicais contra as recentes medidas de ajustes econômicos no país, como cortes de subsídios e demissões de funcionários públicos.
Com isso, o sistema de transportes, escolas e comércios não estão operando hoje.
Não é de hoje
Caputo já vinha apresentando divergências com o Ministério da Fazenda argentino. No pedido, ele explica que a decisão é pessoal e afirma que o novo acordo com o FMI deve restabelecer a confiança sobre a situação fiscal, financeira, cambial e monetária do país.
Além disso, agradece Macri pela confiança em vários cargos no governo, entre eles o de ministro das Finanças.
FMI responde
À Bloomberg ontem, Macri disse que estava prestes a atingir um acordo com o FMI para revisar os termos do acordo de US$ 50 bilhões com o fundo para ter mais segurança frente às variações cambiais e a desvalorização do peso.
Em resposta à demissão de Caputo, o FMI disse que seguirá tendo um relacionamento próximo com o país e que junto às autoridades argentina "continuam a trabalhar intensamente com o objetivo de concluir as negociações em um prazo muito curto".