Cautela com Fed marca véspera de feriado
Investidor deve buscar proteção nesta véspera de feriado no Brasil e em vários países do mundo, já que amanhã Wall Street funciona normalmente e é dia de Fed

A véspera de feriado no Brasil e em vários países do mundo deve ser marcada pela cautela nos mercados, já que as principais praças financeiras estarão fechadas amanhã, com exceção dos Estados Unidos. E o fato de Wall Street funcionar normalmente na quarta-feira, dia de reunião do Federal Reserve, amplia a postura defensiva dos investidores hoje.
Ao que tudo indica, então, os ativos domésticos devem se arrastar novamente hoje, relegando os ajustes de fim mês, um dia após o Ibovespa e o dólar andarem de lado, com a pausa pelo Dia do Trabalhador atrapalhando o andamento da reforma da Previdência nesta semana. Ainda assim, o cronograma de trabalhos da comissão especial da Câmara deve ser definido nesta terça-feira, ao passo que a disputa pela formação da taxa referencial (Ptax) de abril deve aguçar o câmbio local.
Mas deve ser só. A tendência é de que a sessão fique esvaziada na parte vespertina, com muitos investidores buscando proteção e montando uma posição mais segura, já que o mercado local estará fechado amanhã, dia de decisão do Fed sobre a taxa de juros nos EUA e de coletiva do presidente, Jerome Powell, para comentar a política monetária.
Ainda que não se espere novidades nos eventos envolvendo o Fed, após as mudanças promovidas no encontro anterior, em março, o mercado financeiro espera encontrar pistas que possam pavimentar as apostas de um corte nos juros norte-americano ainda neste ano. A curva implícita projeta chance de queda em setembro ou outubro.
Essa possibilidade está ancorada nos dados fracos da inflação ao consumidor nos EUA, apesar do crescimento econômico robusto do país. Esse cenário mantém o terreno para o Fed suspender o aumento da taxa de juros em 2019, após uma previsão original de duas altas neste ano, mas ainda é prematuro dizer que são necessários novos estímulos.
Calendário agitado
A quarta-feira também promete ser movimentada nas ruas de várias cidades brasileiras. Dez centrais sindicais querem aproveitar o 1º de Maio para protestar, em um palanque único, contra a reforma da Previdência. O tema motivou uma união inédita na história do sindicalismo nacional e essas manifestações conjuntas podem trazer estresse ao tema.
Leia Também
Brasília deve estar atenta aos protestos, que podem servir de termômetro para o apoio dos parlamentares à proposta. A depender da adesão da população contra as novas regras para aposentadoria, o processo pode ficar ainda mais moroso. Líderes do Centrão avisaram o governo que não votam o texto no plenário da Câmara antes do recesso de julho.
Para os partidos do bloco de centro e de direita, é preciso haver uma melhora significativa na relação do Executivo com o Legislativo. Por isso, a ordem é prolongar ao máximo o número de sessões para a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial. No total, a votação na comissão pode ocorrer em até 40 sessões.
Ontem, por falta de quórum, a Câmara não conseguiu realizar nenhuma sessão de debates, adiando, assim, o início da contagem do prazo para a apresentação de emendas à proposta na comissão especial. Uma reunião hoje entre o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira, e o presidente da comissão, Marcelo Ramos, deve definir o roteiro de trabalho. Mas uma nova sessão só deve ser marcada na terça-feira que vem, dia 7 de maio.
Exterior espera Fed
Com isso, o mercado doméstico deve ficar mais refém do cenário externo, diante da ausência de novidades na cena política local. Mas o ambiente lá fora também está pouco animador, em meio à expectativa pelo dia do Fed. Os ativos de risco iniciaram a terça-feira em tom de relativa estabilidade, o que tende a manter os negócios locais de lado hoje.
Os índices futuros das bolsas de Nova York têm leves perdas, após uma sessão negativa na Ásia e esvaziada por causa de um feriado no Japão. A exceção ficou com Xangai, que subiu 0,5%, apesar da queda do índice oficial dos gerentes de compras (PMI) sobre a atividade na indústria chinesa para 50,1 em abril, de 50,5 em março.
Os números mostram que a estabilização econômica na China ainda não encontrou uma base sólida, após meses de crescimento mais lento, e sugerem que qualquer reviravolta na segunda maior economia do mundo precisa de um pilar mais forte. Por isso, é grande a expectativa pela nova rodada de negociações comerciais com os EUA, em Pequim.
A delegação norte-americana espera que o encontro desta semana - ou na semana que vem, em Washington - seja decisivo para recomendar (ou não) ao presidente norte-americano, Donald Trump, a assinatura de um acordo. Segundo o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, há um forte desejo de ambos os lados para que isso aconteça.
Nos demais mercados, os títulos norte-americanos (Treasuries) mostram força, um dia antes da decisão do Fed. O dólar perde terreno para as moedas europeias, enquanto as de países emergentes estão mais fracas. Nas commodities, o petróleo sobe, o cobre cai, mas o minério de ferro subiu ao maior nível em duas semanas.
Agenda traz PIB europeu e desemprego no Brasil
Já nesta terça-feira, a agenda econômica traz como destaque a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no primeiro trimestre deste ano, logo cedo. Também pela manhã saem a taxa de desemprego na região da moeda única e no Brasil nos dados atualizados até março.
A previsão é de que a taxa de desocupação da população brasileira encoste na faixa de 13%, elevando para 13,5 milhões o total de pessoas sem emprego no país. Além disso, a população fora da força de trabalho deve seguir recorde, ao passo que a renda média do trabalhador deve continuar ao redor de R$ 2,3 mil por mês.
Os números efetivos serão conhecidos às 9h. No mesmo horário, sai a inflação ao produtor em março. Antes, às 8h, é a vez do índice de confiança do setor de serviços em abril. Antes da abertura do pregão local, sai o balanço trimestral do Santander. Depois, às 10h30, o Banco Central publica nota com os dados fiscais em março.
De volta ao exterior, o calendário norte-americano traz indicadores sobre o setor imobiliário, a atividade industrial e a confiança do consumidor norte-americano.
As maiores altas e quedas do Ibovespa em maio: curva de juros, recuperação judicial e balanços do 1T25 ditam o desempenho das ações
Varejistas se saíram bem nesse último mês, enquanto a Azul repetiu o pior desempenho do Ibovespa e até deixou o índice
Desaprovação ao governo Lula atinge o maior nível da série e coloca em risco reeleição do presidente, segundo pesquisa do AtlasIntel
O levantamento é o primeiro do instituto após as fraudes do INSS e do aumento do IOF
Agibank estreia no mercado de FIDCs com captação de R$ 2 bilhões com lastro em carteira de crédito consignado
O banco pretende destinar os recursos levantados com a captação para o funding das operações de crédito
Adeus, recuperação judicial: Ações da Gol (GOLL4) saltam na B3 após sinal verde para novo aumento de capital bilionário
Os acionistas deram sinal verde em assembleia para o aumento de capital bilionário previsto no plano de reestruturação; saiba os próximos passos
Embraer (EMBR3) quer voar ainda mais alto na Índia e cria subsidiária para expandir presença no mercado indiano
Companhia anunciou nesta sexta-feira (30) o estabelecimento de uma subsidiária no país com sede em Nova Delhi; entenda os objetivos por trás do lançamento
Alta do Ibovespa é ‘fichinha’? Rali da bolsa não foi suficiente para ‘bater’ a rentabilidade desse grupo de ativos; conheça
Esse seleto grupo de ativos “garimpados” pela EQI Investimentos teve rentabilidade superior ao Ibovespa, mesmo com alta histórica; saiba como investir
De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA
Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)
Fuga da bolsa brasileira: investidores abandonam as ações — mas sair da renda variável pode custar caro no futuro
Enquanto investidores se afastam cada vez mais da bolsa brasileira, o cenário se torna cada vez mais favorável para a renda variável local
Haddad está com os dias contados para discutir alternativas ao aumento do IOF — mas não há nenhuma proposta concreta até agora
O líder do governo no Congresso afirmou que o governo tem 10 dias para dialogar sobre alternativas ao decreto que elevou as alíquotas do IOF
Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil
Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas
Entenda a resolução do BC que estremeceu as provisões dos bancos e custou ao Banco do Brasil (BBAS3) quase R$ 1 bilhão no resultado do 1T25
Espelhada em padrões internacionais, a resolução 4.966 requer dos bancos uma abordagem mais preventiva e proativa contra calotes. Saiba como isso afetou os resultados dos bancões e derrubou as ações do Banco do Brasil na B3
Após entrar com pedido de recuperação judicial, Azul (AZUL4) será excluída do Ibovespa e demais índices da B3; entenda
A companhia aérea formalizou nesta quarta-feira (28) um pedido de proteção contra seus credores nos Estados Unidos — o temido Chapter 11
Se não houver tag along na oferta de Tanure pela Braskem (BRKM5), “Lei das S.A. deixou de nos servir”, diz presidente da Amec
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Fábio Coelho explica os motivos pelos quais a proposta do empresário Nelson Tanure pelo controle da Braskem deveria acionar o tag along — e as consequências se o mecanismo for “driblado”
Braskem (BRKM5) na panela de pressão: petroquímica cai no conceito de duas das maiores agências de classificação de risco do mundo
A Fitch e a S&P Global rebaixaram a nota de crédito da Braskem de ‘BB+’ para ‘BB’ na última terça-feira. O que está por trás das revisões?
Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul
No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master
Após alta do IOF, contas em dólar ainda valem mais a pena que cartões pré-pagos e cartões de crédito? Fizemos as contas
Comparamos cotações de contas como Wise, Nomad, Avenue e as contas globais de bancos com a compra de papel-moeda, cartões pré-pagos e cartões de crédito internacionais
CSN Mineração (CMIN3) lidera perdas do Ibovespa após Morgan Stanley rebaixar ação para venda; veja os motivos da revisão
Ações da CSN Mineração caem mais de 5% com alerta do Morgan Stanley sobre alto risco em plano de expansão e queda do minério de ferro
Sem OPA na Braskem (BRKM5)? Por que a compra do controle por Nelson Tanure não acionaria o mecanismo de tag along
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro avaliam que não necessariamente há uma obrigatoriedade de oferta pública de Tanure pelas ações dos minoritários da Braskem; entenda
Ibovespa vai sustentar tendência mesmo com juros altos e risco fiscal? Sócio fundador da Polo Capital vê bom momento para a bolsa — mas há outros perigos no radar
No podcast Touros e Ursos desta semana, Cláudio Andrade, sócio fundador da gestora Polo Capital, fala sobre as perspectivas para a bolsa brasileira
Não dá mais para adiar: Ibovespa repercute IPCA-15 enquanto mudanças no IOF seguem causando tensão
Bolsas de Nova York voltam de feriado ainda reagindo ao mais recente recuo de Trump na guerra comercial