Parcerias com apps podem responder por até 10% das receitas de supermercados
Diante desse potencial, apontam especialistas, fica difícil para os varejistas evitarem as parcerias com os apps de delivery, mesmo tendo de repassar para um terceiro
Apesar de ser um novo canal, a venda de supermercados por meio de aplicativos de entrega avança rapidamente e já chega a representar entre 5% e 10% da receita de algumas lojas, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Eduardo Terra.
Diante desse potencial, apontam especialistas, fica difícil para os varejistas evitarem as parcerias com os apps de delivery, mesmo tendo de repassar para um terceiro, a depender da forma como os contratos são negociados, o coração do seu negócio: as informações de clientes.
Os dados são uma espécie de "arma secreta do varejo". Com acesso a eles, muitas vezes por meio de programas de fidelidade, os varejistas conseguem estudar o comportamento do cliente, suas preferências, frequência de compra, formas de pagamento, além de reter informações pessoais, o que permite às redes se comunicarem diretamente com o consumidor.
"Essa questão da posse dos dados do cliente é fundamental", reforça o economista da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Thiago Berka.
A Rappi informa operar com dois tipos de contrato: um que permite o acesso aos dados da compra pelo varejista e outro em que isso não é autorizado. Já o iFood informa não compartilhar informações dos clientes com os supermercados para os quais faz as entregas.
Há um ano trabalhando em parceria com a Rappi, Paula Cardoso, presidente do Carrefour e-Business, faz questão de ter acesso às informações. "Tenho acesso a quem comprou e o que comprou."
Leia Também
No Grupo Big, que testa uma parceria com o iFood, a história se repete. "Negociamos o compartilhamento de dados, isso é bem costurado", diz o diretor de planejamento estratégico, Marcelo Rizzi. A chave desse negócio é no futuro fazer ofertas personalizadas, acrescenta.
Para não dividir os dados de clientes com terceiros, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), que trabalhava com a Rappi, comprou em 2018 uma empresa para fazer as suas entregas, a startup James Delivery, de Curitiba. "Queríamos ter o controle total da experiência do consumidor", afirma Lucas Ceschin, cofundador da startup, que comanda a operação do GPA.
Com uma única loja na Vila dos Remédios, zona oeste de São Paulo, o Supermercado Castanha, que vende pelo iFood e pela Rappi, não teve alternativa. "No meu caso, o dado é deles (aplicativos), o que não é bom para a gente, mas é do negócio", diz Shirlei Castanha, diretora da empresa, que funciona há 48 anos. Filha de Walter, um dos fundadores, ela afirma que viu nos aplicativos de entrega uma saída para recuperar a receita. "Fomos a primeira loja de São Paulo a trabalhar com o iFood", diz. A parceria começou em junho de 2019. Segundo ela, desde outubro o faturamento desse canal tem dobrado a cada mês.
Duopólio
Como apenas duas empresas dividem o mercado de entregas rápidas em grande escala, Berka, da Apas, adverte sobre a relevância que essas companhias ganham na hora de fechar as negociações com os supermercados. Segundo o economista, há risco de se repetir o que houve no passado, quando duas empresas administravam as maquininhas de cartão de crédito e determinavam as taxas cobradas para os lojistas.
Tanto iFood e Rappi como os supermercados não revelam as taxas cobradas para incluir os produtos nos aplicativos de entregas, mas o Estado apurou que elas podem variar entre 8% e 12% sobre o valor da venda.
'Nova fronteira'
As vendas de alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza e os aplicativos de entrega são as novas frentes de crescimento do comércio online. "Os aplicativos têm efeito multiplicador e eles estão ajudando a popularizar o e-commerce", afirma Carlos Coutinho, sócio da consultoria PwC Brasil.
Quando o consumidor tem uma experiência boa num aplicativo de entrega, por exemplo, ele aprende a usá-lo e passa a fazer compras por esse meio também, argumenta o consultor. Esse aprendizado explica, em boa parte, porque é crescente o fechamento do número de parcerias entre aplicativos de entregas, como iFood e Rappi, e os supermercados.
"O alimento agora é uma fronteira a ser explorada no varejo online, toda a parte de vendas de não alimentos por esse canal se desenvolveu mais rápido", afirma a CEO do Carrefour e-Business, Paula Cardoso. Ela acredita que o potencial de crescimento de vendas de alimentos é muito grande, apesar de hoje representar muito pouco das vendas do e-commerce.
Da receita do varejo online, os itens de supermercado responderam por 2,5% no acumulado em 12 meses até outubro de 2019, segundo a consultoria Ebit-Nielsen.
Pesquisa da Kantar, especializada em auditar o consumo nos domicílios, mostra que as vendas de alimentos e produtos de higiene e limpeza cresceram no Brasil quase seis vezes mais no varejo online comparado com o avanço registrado nas vendas que englobam lojas físicas e virtuais para esses produtos. O período analisado foi julho de 2018 a junho de 2019.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis