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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Retorno menor

Como ficam os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 6,00%

Depois de um ano e quatro meses, Copom finalmente cortou a Selic mais uma vez; veja como fica o retorno das aplicações mais conservadores com o novo menor juro da história brasileira

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
31 de julho de 2019
18:25 - atualizado às 10:49
Moedas de real mostram queda ou desvalorização
Imagem: Shutterstock

Depois de cerca de um ano e quatro meses estacionada em 6,50% ao ano, a meta da taxa Selic, a taxa básica de juros brasileira, finalmente se mexeu de novo nesta quarta-feira (31).

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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) cortou os juros em 0,50 ponto percentual, derrubando-os para 6,00% ao ano, o menor patamar da história para a nossa taxa básica de juros.

A redução ocorre no mesmo dia em que o Federal Reserve, o banco central americano, cortou os juros dos Estados Unidos, de forma a combater o risco de desaceleração global que se desenha à frente.

No Brasil, não só seguimos este movimento pelos temores vindos do exterior, como também procuramos estimular nossa combalida economia, em um cenário em que o bom encaminhamento da reforma da Previdência abre espaço para a retomada da atividade.

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O corte da Selic nesta quarta-feira concretiza a expectativa do mercado, que já vinha derrubando os juros futuros. Esse movimento fez com que detentores de títulos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação - que também têm uma parte da remuneração prefixada - ganhassem uma boa grana neste ano.

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Mas se a antecipação do mercado para os juros afeta o retorno dos títulos pré e indexados à inflação, a concretização dessas expectativas afeta diretamente os investimentos pós-fixados - aqueles títulos que remuneram a variação da Selic ou do CDI, taxa de juros que caminha bem próxima da taxa básica.

Se você é um investidor ultraconservador, que só investe em fundo DI, Tesouro Selic, títulos bancários pós-fixados com proteção do FGC (CDB, LCI ou LCA, por exemplo) ou então deixa o seu dinheiro na caderneta de poupança, você verá sua rentabilidade minguar ainda mais.

Mas mesmo que você seja um investidor que se posicionou em ativos com mais risco, prepare-se para ver a sua reserva de emergência, alocada em investimentos conservadores, render menos.

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A boa notícia é que, para os ativos de risco, e mesmo para os títulos com remuneração prefixada, um cenário de juro mais baixo é favorável.

Como ficam os investimentos conservadores com a Selic em 6,00% ao ano

Para você ter uma ideia de como o retorno da renda fixa conservadora está apertado, eu fiz uma simulação de rentabilidade com quatro aplicações pós-fixadas no novo cenário de juros: caderneta de poupança, Tesouro Selic, fundo de renda fixa e Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Considerei a Selic em 6,00% ao ano e o CDI em 5,90%, um pouco abaixo, como costuma acontecer.

Retorno dos investimentos de renda fixa conservadora com Selic a 6%

Parâmetros

A poupança atualmente paga 70% da taxa Selic mais Taxa Referencial (TR), que no momento encontra-se zerada. Não tem taxas nem imposto de renda, e sua rentabilidade é mensal, apenas no dia do aniversário.

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Já o Tesouro Selic é um título público que paga, no vencimento, a Selic mais um ágio ou deságio. Se vendido antes do vencimento, o retorno é levemente sacrificado em função de uma diferença entre as taxas de compra e venda do papel (spread), o que pode deixar a rentabilidade inferior à Selic do período.

O rendimento é diário, e há cobrança de IR e de uma taxa de custódia obrigatória de 0,25% ao ano, paga à B3. Considerei, ainda, que a corretora utilizada para operar no Tesouro Direto não cobra taxa de agente de custódia.

Para simular o retorno do fundo de renda fixa, considerei um fundo que só invista em Tesouro Selic e não cobre taxas. Supus, portanto, que seu retorno represente a variação do CDI no período menos o imposto de renda. Seria similar, por exemplo, para um CDB, RDB ou conta de pagamentos que pagasse 100% do CDI.

Vale aqui uma observação: os fundos com esse perfil não têm pago 100% do CDI. Sua remuneração tem ficado um pouco abaixo disso. A simulação é apenas ilustrativa.

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Por fim, simulei o retorno da LCI porque se trata de um título isento de taxas e de IR. Considerei um papel que pague 100% do CDI (já houve dessas por aí), apenas para você ver que 100% do CDI, atualmente, não é lá grande coisa.

Escolhi quatro prazos de forma a contemplar as quatro alíquotas de IR possíveis, no caso das aplicações tributadas (Tesouro Selic e fundos). Usei datas reais para poder usar o simulador do Tesouro Direto para calcular o retorno do Tesouro Selic, de modo a incluir a taxa de custódia e o spread nos cálculos no caso de uma venda antes do vencimento.

Para calcular o retorno da poupança utilizei os prazos em meses e anos. Já para simular os retornos do fundo e da LCI, levei em conta o número de dias úteis entre as duas datas reais consideradas em cada prazo.

Para ganhar mais, você vai ter que correr mais risco - mas cuidado para não correr risco demais

Como você pode ver, mesmo os melhores investimentos conservadores em termos de rentabilidade e segurança - aqueles que remuneram ao redor de 100% do CDI - já estavam pagando pouco e agora vão passar a pagar ainda menos. Aquela realidade de ganhar 1% ao mês com baixo risco, que o investidor brasileiro tanto aprecia, ficou para trás.

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Um ponto muito importante é baratear o seus investimentos conservadores o máximo possível. Fundo com taxa de administração alta simplesmente não dá mais, minha gente.

Mas mesmo que você invista em um fundo ou título que pague, líquido, perto de 100% do CDI, você pode ver que isso não representa mais grande coisa. Afinal, 100% de quase nada é quase nada.

Ou seja, para ganhar mais, não tem jeito, é preciso se abrir à possibilidade de correr mais risco, seja de bolsa, seja no mercado imobiliário, seja em aplicações de renda fixa menos conservadoras.

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Apenas tome cuidado para, na avidez de ganhar mais, não acabar investindo um percentual muito alto das suas reservas em ativos de risco, ou então acabar correndo riscos desnecessários.

Se você já tem um bom patrimônio, não precisa deixar todo o seu dinheiro em aplicações conservadoras, pois é improvável que você precise gastá-lo todo amanhã, mesmo em caso de emergência.

Mas também não precisa ser suicida e migrar tudo para o risco. Mantenha sempre, sempre, sempre uma boa reserva de emergência em aplicações conservadoras e de alta liquidez, mesmo que elas estejam rendendo pouco. Mas escolha uma que renda perto de 100% do CDI. Nada de poupança, ouviu?

Fique atento também ao prazo dos seus objetivos financeiros, à sua idade e, é claro, ao seu estômago. Se você tem um objetivo para se concretizar dentro de alguns meses ou está aposentado, por exemplo, preservar seu capital é mais importante do que ganhar uma grande rentabilidade.

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