A prova de fogo da Linx para emplacar seu sistema de pagamentos, o Linx Pay
Para esclarecer como será feita a distribuição da nova solução e quais são as perspectivas para o futuro da empresa, conversei com o presidente da companhia, Alberto Menache
A Linx é uma das apostas do setor de tecnologia e informação brasileiros de grandes bancos como BTG Pactual, Bradesco BBI, Goldman Sachs, Credit Suisse, dentre outros.
Ela foi um dos papéis sugeridos pelo potencial de crescimento na matéria que fiz sobre small caps. Diante das altas expectativas, fui na sua sede em São Paulo para conhecer um pouco mais sobre a companhia e te dar mais informações para você avaliar se é hora de comprar ou não essa ação.
Confira a entrevista completa com o presidente da companhia, Alberto Menache, mais abaixo.
O que está em jogo na Linx3
Antes disso, vamos a um contexto. A ação (LINX3) já chegou a quase R$ 35, desde que foi feito o anúncio da Linx Pay em 18 de outubro do ano passado. Mas no pregão da última sexta-feira (15), ela fechou em R$ 29,04 .
A solução já está rodando e funciona como uma subadquirente (que faz intermediação de pagamento). Ela é responsável por fazer a captação, gerenciamento e liquidação de transações, assim como emissão de cupons fiscais por meio de maquininhas de companhias parceiras como a Rede.
Na avaliação de analistas com os quais eu conversei previamente, as ações foram bastante precificadas depois do anúncio, mas agora a empresa precisa mostrar como fará a distribuição do sistema e aumentará a sua base.
Leia Também
De acordo com o chefe da análise do BTG que cobre a companhia, Carlos Sequeira, a ideia de lançar uma a subadquirente depois de criar uma fintech, a Linx Pay Hub, podem dar um boom na empresa.
"Com a Linx Pay, a empresa terá a oportunidade de capturar um mercado que ela não possui e ela tem uma vantagem competitiva porque possui acesso direto com o cliente. Ela está em quase todas as fases de intermediação do sistema de adquirência", destaca Sequeira.
Prévia dos resultados
Com a divulgação do balanço prevista para a próxima segunda-feira (18), a estimativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg é de que o lucro líquido ajustado do quarto trimestre será próximo de R$ 24,9 milhões, o que representa uma queda de 11,2% no mesmo trimestre de 2017.
Já no acumulado de 2018, a expectativa dos entrevistados é de que o lucro líquido ajustado seja de aproximadamente R$ 93,8 milhões, uma diminuição de 24% em relação a 2017.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 2018, por outro lado, deve vir mais alto e ficar em torno de R$ 167,7 milhões, o que representa um aumento de 16,8%. A receita também deve fechar o ano passado em R$ 683,4 milhões, um crescimento de 19,6%.
Diante dessa expectativa de resultados e de perspectivas para o futuro, segundo os analistas ouvidos pela Bloomberg, há três recomendações de compra e uma recomendação de manutenção do papel.
"Teti-a-teti"
Para entender melhor como será a estratégia da empresa para os próximos anos e como fará a distribuição de uma das suas principais frentes de inovação, conversei com o presidente da companhia, Alberto Menache.

Depois do lançamento da Linx Pay, o preço da ação aumentou bastante. Mas a dúvida do mercado agora é como será feita essa distribuição do sistema. Como vai funcionar?
Lançamos a nossa subadquirente e agora vamos começar a distribuir o produto para a nossa carteira. Hoje, temos duas forças de venda. Uma que é venda direta e onde atendemos mais os clientes baseados nas capitais do Brasil e que são maiores como a Renner, Hering, Restoque (dona da Le Lis Blanc, Dudalina, Bo.Bô, John John). Mas teremos também a venda indireta, que será feita por meio de franqueados.
E como vai funcionar isso? Vocês vão utilizar franquias?
Já trabalhamos com o modelo de franqueados hoje. Eles funcionam como pequenas empresas e recebem treinamento. Até o ano passado, tínhamos 120. Hoje, estamos com 180 franquias que estão sendo treinados desde janeiro deste ano para distribuição do Linx Pay. O sistema já está rodando e a implementação no cliente costuma demorar entre um e três dias, caso o cliente ainda não tenha o software de transferências eletrônicas de fundos (TEF).
Sobre a distribuição da Linx Pay, em quais cidades é possível encontrar franquias da Linx?
O sistema começou a rodar e atualmente, os franqueados estão localizados de forma estratégica em 24 capitais do país. Não temos franquias apenas no Amapá, Piauí e Sergipe. Hoje, a Linx Pay já representa mais de 10% da nossa receita total e temos um plano de cinco anos para atingir uma relevância ainda maior. Mas, infelizmente não podemos comentar mais a respeito.
Uma das coisas mais faladas hoje em dia é a integração maior entre a experiência de compra digital e a física. Como a Linx pretende investir mais nisso?
Trabalhamos muito com o conceito de "omnicanalidade", ou seja, a ideia é oferecer várias opções para o cliente por meio de diversos canais. Para isso, vamos usar os nossos franqueados para permitir que o consumidor compre em uma loja e receba o produto em casa, compre no site do franqueador e receba na loja da franquia ou em plataformas de comércio eletrônico da própria franqueada.
A gente sabe que trabalhar no ramo de tecnologia não é fácil porque aqui no país há poucas empresas de tecnologia listadas em bolsas, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos. Diante disso, como é gerir uma empresa que sempre precisa inovar e investir em pesquisa e desenvolvimento?
Nós acreditamos em uma inovação segmentada no modelo B2B, ou seja, negócios focados em oferecer serviços ou produtos para outras empresas. Em 2018, investimos cerca de 16,5% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento. Agora estamos entrando cada vez mais na área digital com o comércio eletrônico e com os algoritmos de inteligência artificial que podem nos oferecer uma personalização em toda a parte de experiência de compra. Além disso, outra forma de inovar é por meio da aquisição de empresas.
Falando um pouco sobre a estratégia das últimas aquisições, o que mais chama a atenção na hora de comprar outras companhias?
Nos últimos dez anos, fizemos 28 aquisições. Ao buscar novos nomes, a gente olha para as capacidades. Ou seja, a possibilidade de adquirir algo que a gente não consegue fazer hoje. Estamos sempre atrás de empresas que possuem clientes fiéis, tecnologia atualizada, que trabalhe com serviços de computação em nuvem e que tenha uma boa gestão. Outra coisa que fazemos muito é ir para novos mercados por meio de compra de novas companhias. Por exemplo, adquirimos uma empresa em Porto Alegre e é como se estivéssemos com uma filial lá.

E pensam em comprar mais alguma empresa fora?
Hoje, cobrimos uma boa parte dos setores do portfólio brasileiro, mas ainda não temos um portfólio amplo fora do país. Temos operação apenas na Argentina, Peru, Chile e México. No curto prazo, não pensamos em ir pra lá de novo. No exterior, o ambiente competitivo é diferente do nosso. Não somos uma empresa conhecida no mundo todo. Já aqui no Brasil, basta "plugar" a empresa à nossa estrutura.
Uma das coisas que vocês mais buscam ao comprar uma empresa é olhar para tecnologia que ela possui. Pegando esse gancho, qual deve ser o futuro da tecnologia para o varejo? O que será tendência?
A gente acredita que cada vez mais os shoppings centers vão ser um ponto de delivery ou de entrega de mercadorias. Além disso, as experiências vão ser mais personalizadas, ou seja, as empresas vão analisar os comportamentos mais a fundo por meio de inteligência artificial e fazer recomendações mais assertivas de produtos ou serviços. Da mesma forma que a Netflix sugere opções ao assistir um filme, é possível aplicar isso para qualquer coisa ao agregar dados e olhar os interesses que existem em comum.
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
