O conjunto das 133 empresas estatais controladas pelo governo federal encerrou o primeiro trimestre de 2019 com lucro de R$ 24,6 bilhões. Cifra 57,5% maior que a registrada um ano antes, de R$ 15,6 bilhões.
Segundo o Ministério da Economia, o maior crescimento percentual observado foi do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que saiu de lucro de R$ 2,1 bilhões para R$ 11,1 bilhões (alta de 437%).
Embora apresentem melhora de resultados e programas para redução de gastos com pessoal e aumento de governança, as estatais ainda são vistas como um sinal de atraso e sinônimo de corrupção.
Não por acaso, uma das bandeiras do governo Jair Bolsonaro e de seu ministro Paulo Guedes é vender o maior número possível de empresas, tentado acabar com o modelo de Estado empresário.
Essa disposição do governo em privatizar o maior número possível de empresas ou mesmo de reduzir sua participação tem tido forte impacto no valor de mercado das estatais listadas em bolsa.
O valor de mercado da Eletrobras dobrou entre maio de 2018 e maio de 2019, para R$ 44,8 bilhões. Banco do Brasil teve alta de 54%, para R$ 140 bilhões.
Despesas e Pessoal
Em relatório, o governo destaca a “adequação da força de trabalho”, com uma redução de 2.408 pessoas no quadro das estatais, em comparação com o primeiro trimestre de 2018. As principais reduções viram dos Correios (1.721 empregados) e Banco do Brasil (402 empregados).
Desde dezembro de 2015, a redução de pessoal passa de 59 mil pessoas, ou 10,8% do total. Grande parte da redução, algo como 47 mil vagas, foram fechadas por meio de programas de demissão voluntária. A economia estimada com a folha é de R$ 7,49 bilhões.
Além de folha de salários, o governo também aponta redução nos demais gastos com pessoal, da ordem de R$ 1,1 bilhão, ou 4,78% em termos nominais, considerando apenas as empresas não dependentes.
A íntegra do 10º Boletim das Empresas Estatais Federais pode ser acessada neste link.