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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Ufa!

Ibovespa passa por onda de alívio e sobe 4,04% na semana; dólar cai a R$ 4,01

O sufoco visto na primeira metade de maio parece ter ficado para trás. Com o cenário político menos tenso, o Ibovespa e o dólar tiveram uma semana de recuperação intensa

Victor Aguiar
Victor Aguiar
24 de maio de 2019
10:32 - atualizado às 19:03
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa fechou a semana na faixa dos 93 mil pontos - Imagem: Seu Dinheiro

O cenário político brasileiro, que parecia prestes a entrar em ebulição na semana passada, passou por uma onda de alívio nos últimos dias. Mas qual foi o tamanho desse desafogo?

Bom, os mercados financeiros têm respostas quantitativas para essa pergunta. No caso do Ibovespa, foram 3.635,07 pontos a mais. E, para o dólar à vista, R$ 0,085 a menos.

O principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão desta sexta-feira (24) em queda de 0,30%, aos 93.627,80 pontos. Mas, apesar desse desempenho, o Ibovespa ainda fechou a semana com ganho acumulado de 4,04%. O dólar à vista, por outro lado, caiu 0,80% hoje, a R$ 4,0152 — um recuo semanal de 2,07%.

Para entender melhor esse movimento de alívio dos últimos dias, é preciso relembrar o que aconteceu na semana passada, quando a tensão em Brasília atuou em conjunto com o reaquecimento da guerra comercial entre Estados Unidos e China — criando uma espécie de tempestade perfeita para os mercados brasileiros.

Nesse contexto, o Ibovespa terminou o pregão da sexta-feira passada (14) aos 89.992,73 pontos, o menor nível de 2019. O dólar à vista também sentiu a pressão e subiu ao patamar de R$ 4,10 — afinal, os prognósticos eram os piores possíveis para o cenário político local, e ninguém queria ficar exposto ao risco.

Mas a maré virou nesta semana — ao menos, por aqui.

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Despressurização

Em Brasília, o governo e o Congresso começaram a dar sinis de maior sintonia. MPs que estavam próximas de caducar tiveram andamento, caso dos textos que tratavam da reforma administrativa e da abertura das companhias aéreas à entrada de capital estrangeiro, entre outros.

Esses textos eram especialmente importantes para o governo, e o avanço das MPs reduziu as tensões em Brasília. Mas não só isso: a maior disposição dos deputados e senadores em relação às pautas econômicas defendidas pela gestão Bolsonaro reacendeu a percepção de que a reforma da Previdência não sofrerá maiores alterações na comissão especial da Câmara.

Com as esperanças renovadas — e um ambiente menos negativo lá fora — tanto o Ibovespa quanto o dólar conseguiram recuperar boa parte do terreno perdido em maio. Mas, mesmo com o forte alívio visto nesta semana, o principal índice da bolsa brasileira ainda acumula perda de 2,83% no mês. O dólar à vista também segue pressionado: a alta em maio é de 2,4%.

"O índice saiu dos 100 mil pontos, caiu para 90 mil e, agora, está no meio do caminho. Precisa de alguma coisa nova para fazer ele sair do ponto atual", diz um operador. "Neste instante, não há muito o que festejar ou lamentar".

Em relatório de análise gráfica, o Itaú BBA também ressalta que o Ibovespa parece "encaixotado". Do lado de alta, o banco enxerga uma zona de resistência ao redor dos 95.200 pontos. No campo oposto, o índice possui suportes em 93.800 pontos e 91.800 pontos.

Yin Yang

A guerra comercial continuou dominando as atenções no exterior. E o noticiário referente às disputas entre Estados Unidos e China tem obedecido a uma lógica mais ou menos definida: cada sinal de avanço vem acompanhado de uma ameaça velada; cada indicação positiva é sucedida por uma declaração desanimadora.

Nesta sexta-feira, por exemplo, os mercados se animaram com declarações do presidente americano, Donald Trump. Ele afirmou que as negociações com a China "estão acontecendo rápido", embora não tenha dado mais detalhes sobre as conversas com o país asiático.

Mas tais declarações não foram na mesma linha do tom usado pela imprensa estatal da China, que acusou Washington de "arrogância hegemônica" e de lançar um "assalto global" ao livre-comércio.

Assim, sem saber exatamente qual o estado das relações entre as potências, os mercados assumem um tom defensivo. Nos Estados Unidos, as principais bolsas abriram a sessão de hoje em alta firme, mas perderam força ainda durante a manhã.

Ao fim do dia, o Dow Jones teve alta de 0,37%, o S&P 500 avançou 0,14% e o Nasdaq teve ganho de 0,11%. Na semana, contudo, o saldo foi negativo para as três bolsas americanas.

"O crescimento global tem relação intrínseca com as disputas entre Estados Unidos e China", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso. "E, nesse cenário, teremos um crescimento econômico menor que o esperado".

E hoje?

Por aqui, os mercados seguiram acompanhando os desdobramentos em Brasília, mas a ausência de novidades no cenário político tirou o apetite dos agentes financeiros no Ibovespa.

Diversos fatores na mesa corroboraram uma abordagem mais cautelosa. Embora tenha aumentado a confiança de que a tramitação da reforma da Previdência irá avançar sem grandes solavancos, os mercados temem alguma mudança no cenário político durante o fim de semana — e, assim, diminuíram a exposição ao risco.

O mercado também digeriu a entrevista dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, à revista Veja. Entre outros pontos, ele afirmou que uma mudança radical na proposta de reforma da Previdência durante o processo de tramitação no Congresso pode levar a sua renúncia ao cargo.

Por fim, a incerteza quanto às manifestações em defesa do governo, marcadas para o domingo (26), contribuíram para aumentar a cautela — o presidente Jair Bolsonaro condenou os ataques ao Congresso e ao STF nas manifestações marcadas para o domingo em defesa de seu governo.

No exterior, outro assunto mexeu com os mercados além da guerra comercial: o Brexit. A libra esterlina e o euro ganharam força após a primeira ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmar que irá deixar o cargo.

Nesse contexto, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de divisas fortes, operou em queda firme nesta sexta-feira — o que acabou influenciando também o comportamento da moeda americana ante as emergentes. O dólar perdeu terreno ante o rublo russo, o peso colombiano, o rand sul-africano e o peso colombiano — o que ajudou o real a ter um dia mais tranquilo, não acompanhando a cautela no Ibovespa.

Apesar do alívio no dólar, os juros tiveram um dia praticamente estável, refletindo as incertezas no front local. Os DIs para janeiro de 2021 e janeiro de 2025 ficaram inalterados em 6,79% e 8,57%, respectivamente. Já as curvas com vencimento em janeiro de 2023 tiveram queda de 7,97% para 7,95%.

Setor aéreo em pauta

As ações das companhias aéreas Gol e Azul apareceram entre os destaques do Ibovespa nesta sexta-feira — e na semana como um todo —, em meio ao noticiário intenso relacionado ao setor.

Os papéis PN da Gol (GOLL4) subiram 5,16% e lideram as altas do índice, enquanto Azul PN (AZUL4) avançou 0,40%. Mais cedo, a Anac suspendeu cautelarmente todas as operações da Avianca Brasil.

Trata-se de mais um fator que movimentou o setor nos últimos dias. Também nesta semana, a aprovação da MP que permite a entrada do capital estrangeiro nas companhias aéreas deu força aos papéis das empresas.

Mas não foi só isso. A tendência de queda do petróleo e o enfraquecimento do dólar ante o real — a moeda americana cai mais de 2% na semana, no mercado à vista — também ajudam os ativos da Gol e da Azul, uma vez que a combinação desses fatores reduz os gastos das empresas com o combustível de aviação.

Como resultado, as ações PN da Gol acumularam ganhos de mais de 21% nesta semana, enquanto os papéis da Azul tiveram alta de mais de 8%.

Frigoríficos avançam

As ações do setor de frigoríficos, como JBS, BRF e Marfrig, também despontaram entre os destaques positivos do Ibovespa nesta sexta-feira, reagindo às perspectivas de aumento de exportação por parte dessas empresas, em meio à crise de febre suína que atinge a China.

De acordo com a Agência Brasil, o ministério da Agricultura enviou ao governo chinês uma lista com 30 plantas frigoríficas que pretendem exportar para o país asiático — deste total, seis já foram vistoriadas, mas ainda não foram habilitadas.

Com esse pano de fundo, as ações ON da JBS (JBSS3) fecharam em alta de 4,27%, enquanto BRF ON (BRFS3) e Marfrig ON (MRFG3) subiram 3,07% e 3,24%, respectivamente.

Indefinição na Braskem

A notícia de que as negociações da Odebrecht com a holandesa LyondellBasell para venda da Braskem estão emperradas acabaram afetando negativamente os papéis da petroquímica. As ações PNA da Braskem (BRKM5) fecharam em baixa de 3,9% e despontaram entre as maiores perdas do índice.

Papel e celulose em baixa

Quem liderou a ponta negativa do Ibovespa, contudo, foi o setor de papel e celulose. As ações ON da Suzano (SUZB3) fecharam em baixa de 7,39% e as units da Klabin (KLBN11) recuaram 4,43%, pressionadas pelo recuo do dólar na semana, voltando ao patamar de R$ 4,01 — as exportações respondem por grande parte da receita das companhias desse setor.

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