Guedes pode deixar o cargo se não houver apoio à Nova Previdência: ‘se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo’
Em entrevista à revista Veja, Guedes disse que se houver uma mudança radical na proposta ele renunciará ao cargo e que é preciso aprovar uma reforma que garanta uma economia mínima de R$ 800 bilhões
O ministro da economia Paulo Guedes parece confiante em uma aprovação da reforma da Previdência nos próximos 90 dias, mas a ideia de um texto desidratado, com mudanças profundas na proposta original não está nos planos do ministro e pode decidir o seu destino no governo
Em entrevista à revista "Veja", Guedes disse que se houver uma mudança radical na proposta ele pode renunciar ao cargo. O ministro garante que Bolsonaro está completamente empenhado em aprovar a proposta da forma como foi enviada ao Congresso, mas que se sentir que está sozinho na defesa do texto e que a "mídia está a fim só de bagunçar" é hora de sair do governo. “Pego um avião e vou morar lá fora", disse à revista.
"Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso. Agora, posso perfeitamente dizer assim: ‘Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito. Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo’".
Além disso, Guedes também destacou que uma 'reforminha', com economia menor que R$ 800 bilhões (contra o R$1,2 trilhão pretendido pela equipe econômica), não resolveria os problemas da Previdência e só remendaria a situação atual, anunciando um caos que poderia chegar já em 2020.
Paulo Guedes ainda comentou a situação atual da Previdência, que tem um déficit que cresce R$ 40 bilhões ao ano. O cenário assusta os mercados e os investidores a sair do país. "Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. A velha Previdência quebrou. Não vamos ter nem dinheiro para pagar aos funcionários. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos estados e municípios", avisa.
Em um diagnóstico de curto prazo, o ministro da Economia prevê: o Brasil pode enfrentar problemas semelhantes ao de seus vizinho sul-americanos. "Podemos virar uma Argentina, com 30% a 40% de inflação. A médio prazo, antes de o governo acabar, uma Venezuela, com desabastecimento, inflação alta, dólar explodindo, zero investimento, desemprego elevado, atraso de salário, atraso de pagamentos a aposentados e pensionistas.”
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