🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Guerra comercial em foco

Bolsas americanas caem forte, mas Ibovespa resiste e recua “apenas” 0,65%

Os mercados globais tiveram um dia de estresse intenso. As tensões comerciais entre EUA e China impactaram fortemente as bolsas americanas, embora o Ibovespa tenha conseguido reduzir as perdas durante a tarde

Victor Aguiar
Victor Aguiar
7 de maio de 2019
10:30 - atualizado às 9:51
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa chegou a cair mais de 2%, mas reduziu as perdas na segunda metade do pregão - Imagem: Seu Dinheiro

A guerra comercial segue mexendo com os nervos dos mercados globais. E, desta vez, as bolsas americanas foram as mais afetadas pela escalada na tensão entre os Estados Unidos e a China — o Ibovespa também foi pressionado, mas conseguiu reduzir as perdas ao longo da tarde.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lá fora, os mercados acionários de Nova York chegaram a cair mais de 2% no meio da tarde. Ao fim do dia, recuperaram parte das perdas, mas ainda encerraram a sessão em queda firme: o Dow Jones teve baixa de 1,79%, o S&P 500 recuou 1,65% e o Nasdaq fechou com perda de 1,96%.

Nesse contexto, o Ibovespa até conseguiu se segurar bem, terminando o dia com queda de 0,65%, aos 94.388,73 pontos — na mínima, chegou a cair 2,38%, aos 92.749,70 pontos. O dólar à vista teve alta de 0,29%, a R$ 3,9694, após tocar exatamente R$ 4,00 na máxima intradiária (+1,06%).

É preciso fazer uma rápida retrospectiva para entender o comportamento das bolsas americanas nesta terça-feira. No fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou via Twitter que aumentaria a taxação sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, de 10% para 25%, até a sexta-feira (10).

A declaração de Trump, poucos dias antes da visita de uma delegação chinesa a Washington para dar continuidade às negociações comerciais entre os dois países, trouxe incômodo aos mercados, mas essa preocupação foi gradualmente absorvida. A percepção era a de que tratava-se de uma bravata do presidente americano, tentando ganhar vantagem num possível acordo comercial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tanto é que as bolsas americanas tiveram perdas relativamente limitadas na segunda-feira, fechando com baixas inferiores a 0,5% — o Ibovespa, por outro lado, caiu 1,04% na última sessão.

Leia Também

O problema é que, após o fechamento dos mercados, o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, confirmou a elevação nas tarifas aos produtos chineses, citando uma "erosão nos compromissos" já firmados pelo país asiático. E a oficialização dessa postura pelo governo americano pegou o mercado de surpresa.

"Com a queda toda lá de fora, até que aqui dentro foi tranquilo", disse um operador, destacando a tensão comercial envolvendo americanos e chineses. "Aqui dentro tem notícias ruins, mas o que mais fez preço foi o exterior".

Nem mesmo a confirmação de que a delegação chinesa ainda irá a Washington na quinta-fera (9) para dar continuidade às negociações entre as partes serviu para diminuir a cautela global. Para Victor Cândido, economista-chefe da Guide Investimentos, essa notícia até trouxe algum alívio às negociações, mas não colocou "panos quentes" em definitivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Afinal, mesmo num cenário em que os governos americano e chinês cheguem a algum tipo de acordo comercial, o mercado já mostra dúvidas quanto à amplitude desse acerto — adicionando mais uma camada de incerteza ao já frac crescimento da economia global.

Política em foco

Mas os mercados brasileiros também tiveram outros fatores de influência ao longo do dia, com destaque para o noticiário político. Após o recesso da semana passada, Brasília voltou a atrair olhares nesta terça-feira, com o início das atividades da comissão especial da Câmara que irá analisar a reforma da Previdência

No entanto, Cândido, da Guide, ressalta que o mercado está apreensivo em relação a colegiado, uma vez que essa é a etapa em que o texto da reforma poderá sofrer as alterações mais profundas. E o noticiário político dá combustível para essa preocupação.

Nesta manhã o presidente do colegiado, Marcelo Ramos (PR-AM) voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro. No Twitter, Ramos disse que um presidente precisa ter "noção de prioridade" — o deputado ainda criticou os esforços empreendidos por Bolsonaro para defender Olavo de Carvalho, que segue atacando o núcleo militar do governo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dólar perde força

O dólar à vista chegou a encostar no nível de R$ 4,00, mas perdeu força durante a tarde, encerrando na faixa de R$ 3,97. E essa perda de força ocorreu em linha com o movimento visto no exterior, conforme destaca Cleber Alessie, da H. Commcor.

Lá fora, a moeda americana abriu o dia ganhando terreno ante quase todas as divisas emergentes, como o peso mexicano, o peso colombiano e o peso chileno. Mas esse movimento perdeu intensidade ao longo da tarde — e o real foi na esteira dos pares globais.

Já as curvas de juros seguiram relativamente comportadas, sem mostrar grande conexão com o desempenho o dólar — o Copom inicia hoje a reunião para definir a taxa Selic, e não há perspectiva de elevações nos juros nos próximos meses.

Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2020 ficaram estáveis em 6,44%, assim como os DIs para janeiro de 2021, em 7,04%. Na ponta longa, as curvas com vencimento em janeiro de 2023 avançaram de 8,15% para 8,18%, e os DIs para janeiro de 2025 subiram de 8,68% para 8,70%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Não existe expectativa de aumento nos juros pelo Copom", diz Alessie, lembrando dos dados fracos de atividade econômica e dos sucessivos cortes nas projeções de crescimento do PIB no boletim Focus. "Em termos de Selic, o mercado está baixista ou aposta em manutenção".

Balanço forte

Num dia negativo para o Ibovespa, as ações ON da BR Distribuidora (BRDT3) avançaram 3,5% e tiveram o terceiro melhor desempenho do índice, com o mercado recebendo bem os resultados trimestrais da companhia.

A empresa encerrou o primeiro trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 477 milhões, uma alta de 93,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, ajudada pelo reconhecimento de dívidas de distribuidoras e ex-distribuidoras de energia da Eletrobras.

Ambev vai mal

Na ponta oposta do índice, chamou a atenção o mau desempenho dos papéis ON da Ambev (ABEV3) (-2,27%). Nesta manhã, a fabricante de bebidas reportou alta de 6,2% em seu lucro líquido na mesma base de comparação, para R$ 2,749 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relatório, o BTG Pactual destacou o crescimento "sólido" no volume de vendas consolidadas da Ambev, de 6,1% na base anual, mas ressalta que o tradeoff entre o volume e os preços no segmento de cerveja no Brasil é "enigmático".

Magalu em queda

O Magazine Luiza registrou lucro líquido de R$ 132,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 10% menor que o mesmo período de 2018 — os números ficaram em linha com a média das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg.

No entanto, as ações ON da empresa (MGLU3) caíram 4,03%. Para o Bradesco BBI, os resultados da empresa no trimestre foram sólidos e superaram as expectativas. "Apesar da queda na margem Ebitda, o fato de a contração ter sido menor que a esperada suaviza as potenciais preocupações quanto à rentabilidade no curto prazo, uma vez que os custos permanecem firmemente sob controle".

E a BB Seguridade?

A holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 1,01 bilhão entre janeiro e março deste ano, um crescimento de 11,7% em um ano. As ações ON da empresa (BBSE3), contudo, tiveram queda de 3,3%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relatório, o Itaú BBA destaca que o lucro líquido ficou acima do esperado, mas ressalta que diversos "eventos atípicos" afetaram os resultados — excluindo tais efeitos, o lucro da BB Seguridade teria avançado apenas 3% na base anual.

Pressão no petróleo

A tensão global em relação às negociações EUA-China também afetam o mercado de commodities, com o petróleo Brent (-1,9%) e WTI (-1,36%) fechando em queda. E, como resultado, as ações da Petrobras acabam sendo impactadas: os papéis ON da estatal (PETR3) caíram 1,08%, enquanto os PN (PETR4) recuaram 1,57%.

Hapvida chega ao Sudeste

Fora do Ibovespa, destaque para as ações ON da Hapvida (HAPV3), que fecharam em alta de 7,06% após a empresa confirmar a compra do Grupo São Francisco, por R$ 5 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

FIIS HOJES

FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

20 de outubro de 2025 - 18:01

O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

BALANÇO SEMANAL

Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

18 de outubro de 2025 - 15:40

Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

ESTRATÉGIA

Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

18 de outubro de 2025 - 14:25

Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

DAY TRADE

De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

18 de outubro de 2025 - 13:29

Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

FORTALEZA SEGURA

Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008

17 de outubro de 2025 - 19:11

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.

COPA BTG TRADER

Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”

17 de outubro de 2025 - 18:40

No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados

VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

QUANDO HÁ UMA BARATA…

Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA

17 de outubro de 2025 - 9:49

O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje

REGIME FÁCIL

B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 —  via ações ou renda fixa

16 de outubro de 2025 - 0:05

Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar