🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Dólar ficou em R$ 3,93

Com recesso em Brasília, Ibovespa acumula leve queda de 0,24% na semana

A semana foi pouco movimentada, impactada pelo recesso em Brasília. Como resultado, tanto o Ibovespa quanto o dólar pouco se afastaram da neutralidade desde segunda-feira

Victor Aguiar
Victor Aguiar
3 de maio de 2019
10:17 - atualizado às 18:54
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa abriu em alta e retomou os 96 mil pontos - Imagem: Seu Dinheiro

O Ibovespa e o dólar têm muitas preocupações a frente, mas, nesta semana, o mais banal dos obstáculos afetou o andamento das negociações por aqui.

Afinal, no meio do caminho tinha um feriado. Tinha um feriado no meio do caminho.

O recesso de 1º de maio, na quarta-feira, deixou Brasília às moscas nesta semana — e colocou o noticiário político em ponto de hibernação. E, sem novidades no front da reforma da Previdência, os mercados viveram dias... pouco inspirados.

O Ibovespa, por exemplo, fechou o pregão desta sexta-feira em alta de 0,5%, aos 96.007,89 pontos. Com isso, o índice acumulou leve queda de 0,24% na semana. Já o dólar à vista caiu 0,52% hoje, a R$ 3,9390 — desde segunda-feira, a moeda americana teve alta de 0,19%.

Isso mostra o quão importante é o noticiário político para o andamento dos mercados locais. Com Brasília em ponto morto, o Ibovespa e o dólar praticamente tiraram uma semana de férias.

Algumas notícias chegaram a circular no front político, é claro. Foi definido o cronograma de trabalho da comissão especial, mas isso foi incapaz de gerar maiores reações: entre operadores e analistas, a percepção é a de que o mercado aguarda novidades na articulação política, de modo a defender o texto da reforma de eventuais movimentos de desidratação.

Leia Também

Nesse contexto de ausência do principal driver local, restou apenas olhar para o exterior — e, lá fora, os dias foram um pouco mais agitados.

Primeiro porque uma sinalização do Banco Central americano provocou uma onda de correções: O Fed assumiu uma postura "paciente" e frustrou parte do mercado, que apostava em novos cortes de juros ainda em 2019. E, hoje, dados da economia dos EUA estiveram em discussão o dia todo...

Mercado de trabalho

Nesta manhã, foi divulgado o relatório de emprego dos Estados Unidos — e os resultados deram amplo material para análise. Ao todo, foram criados 263 mil postos de trabalho no país em abril, acima do esperado pelo mercado. Além disso, a taxa de desemprego recuou de 3,8% em março para 3,6% no mês passado.

Por outro lado, o salário médio por hora cresceu 0,22% em relação a março, um ritmo inferior ao esperado pelo mercado, de 0,3%. "O payroll sinalizou que a economia americana está aquecida, mas sem gerar inflação", comentou um operador, afirmando que, nesse cenário, o Banco Central americano tende a manter a postura paciente em relação à taxa de juros do país, sem promover aumentos ou cortes no curto prazo.

Neste cenário, as bolsas americanas operam em alta e recuperando parte das perdas acumuladas nos dois últimos pregões: o Dow Jones subiu 0,75%, o S&P 500 avançou 0,94% e o Nasdaq teve ganho de 1,58%. E o Ibovespa aproveitou o embalo.

O dólar à vista também acompanhou o comportamento do mercado de câmbio no exterior. Lá fora, o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta com as principais divisas do mundo, virou para queda durante a tarde.

A moeda americana ainda perdeu força em relação às divisas emergentes como o peso mexicano, o rublo russo, o rand sul-africano e o peso colombiano.

Alívio nos juros

Entre as curvas de juros, o tom também foi negativo: na ponta curta, os DIs com vencimento em janeiro de 2020 fecharam em queda de 6,51% para 6,47%, e os com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 7,14% para 7,06%. Na ponta longa, as curvas para janeiro de 2023 caíram de 8,24% para 8,15%, e as para janeiro de 2025 tiveram baixa de 8,76% para 8,68%.

O operador ressaltou que, além do dólar, o resultado da produção industrial no Brasil em março — queda de 1,3% ante fevereiro, resultado aquém das expectativas de analistas — também provocou alívio nos DIs, já que, num cenário de atividade econômica ainda fraca, novas altas de juros parecem improváveis por um período mais longo.

Itaú devolve alta

O Itaú Unibanco encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 6,877 bilhões, o que representa um crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A rentabilidade chegou a 23,6% — 1,4 ponto percentual acima do resultado obtido no primeiro trimestre de 2018.

Em linhas gerais, analistas afirmaram que os números do Itaú ficaram em linha com o esperado, sem grandes surpresas. Como resultado, os papéis PN do banco (ITUB4) fecharam em queda de 0,97%, devolvendo a alta de 0,67% registrada ontem.

As demais ações do setor bancário tiveram um dia positivo. Bradesco ON (BBDC3) avançou 0,05%, Banco do Brasil ON (BBAS3) subiu 0,58% e Bradesco PN (BBDC4) teve alta de 1,06%.

Via Varejo dispara

Na ponta positiva do Ibovespa, destaque para as ações ON da Via Varejo (VVAR3), que fecharam em forte alta de 9,18%. E tudo isso por causa do noticiário corporativo envolvendo a companhia.

O conselho de administração da Via Varejo aprovou a convocação de uma assembleia geral extraordinária para o dia 3 de junho. Na pauta, apenas um item: a exclusão de uma cláusula prevista no Estatuto Social que dificulta a aquisição de participação acionária relevante na companhia.

Essa cláusula, conhecida como 'poison pill' ('pílula de veneno', em inglês), obrigaria um investidor interessado em adquirir uma fatia expressiva da empresa a realizar uma oferta pública de aquisição da totalidade das ações em circulação.

Vale lembrar que o Grupo Pão de Açúcar (GPA), acionista controlador da Via Varejo, quer vender sua participação na empresa desde 2018. Assim, o movimento é interpretado como um indicador em potencial de que algum comprador estaria interessado em fechar a transação.

Natura cai após balaço

As ações ON da Natura (NATU3) fecharam em baixa de 0,95% após a empresa registrar lucro líquido de R$ 13,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 44,8% em relação aos três primeiros meses de 2018.

Em relatório, o Itaú BBA afirma que os resultados da empresa vieram mais fracos, impactados pela desaceleração da tendência de recuperação no Brasil. "Prevemos uma reação negativa das ações, em meio ao recente rali", diz o banco.

Mesmo com a queda de hoje, os papéis da Natura ainda acumulam ganho de mais de 11% em 2019 — as negociações para compra da Avon deram impulso às ações da empresa nas últimas semanas.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

MERCADO DE METAIS ESSENCIAIS

Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis

29 de abril de 2025 - 9:15

Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente

28 de abril de 2025 - 20:00

Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.

VOO BAIXO

Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)

28 de abril de 2025 - 14:43

O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

AÇÕES EM PETRÓLEO

Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI

26 de abril de 2025 - 16:47

Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.

CONCESSIONÁRIAS

Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1

26 de abril de 2025 - 12:40

Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira

BOLSA BRASILEIRA

Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano

26 de abril de 2025 - 11:12

Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.

3 REPETIÇÕES DE SMFT3

Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP

25 de abril de 2025 - 19:15

Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre

QUEDA LIVRE

Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea

25 de abril de 2025 - 18:03

No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira

Conteúdo Empiricus

Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são

25 de abril de 2025 - 14:58

Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus

AGORA TEM FONTE

Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações

25 de abril de 2025 - 14:00

A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

A TECH É BIG

Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre

24 de abril de 2025 - 17:59

A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)

COMPRAR OU VENDER

Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo

24 de abril de 2025 - 16:06

Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles

METAL AMARELO

Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?

24 de abril de 2025 - 14:51

Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano

LADEIRA ABAIXO

Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs

24 de abril de 2025 - 14:17

Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius

FUTURO NEBULOSO

Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?

24 de abril de 2025 - 13:57

Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar