Congresso minimiza efeitos de manifestações; fala de Bolsonaro irrita Centrão
No domingo, Bolsonaro afirmou que as manifestações eram um recado às “velhas práticas” que não deixaram o povo se “libertar”, o que irritou parlamentares
Lideranças do Congresso minimizaram os efeitos das manifestações de domingo, 26, e avaliaram que as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as "velhas práticas" da política acirram ainda mais o embate entre o Planalto e os parlamentares. Entre os manifestantes que foram às ruas para defender o governo, houve críticas contra o Congresso, especialmente direcionadas ao Centrão e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"De efeito prático das manifestações no Congresso, zero, nada", comentou o líder do PRB na Câmara, Lafayette Andrada (MG), ao Broadcast Político. Para ele, a pauta foi "superficial" e o Congresso acabou sendo alvo de um "sentimento difuso" contra a classe política. "É um sentimento contra as classes políticas, contra os dirigentes, é o povo reclamando que as coisas não estão boas, reclamando dos políticos, então no sentimento difuso, isso cai contra o Congresso."
No domingo, Bolsonaro afirmou que as manifestações eram um recado às "velhas práticas" que não deixaram o povo se "libertar". A declaração irritou parlamentares, entre eles o líder do PRB. "Isso não é bom, não é positivo. Ele fica surfando nessa onda que existe e que aproveitou muito na eleição, um sentimento contra a classe política, e fica botando gasolina na fogueira. Para ele, é burrice", disse Andrada.
Outros líderes do Centrão também avaliaram que as declarações do presidente em meio às manifestações atrapalham a relação com o Congresso. "A situação só vai se complicando na medida que o presidente não tem relação com o Congresso e ataca a política todo dia", disse o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. "As manifestações não serviram de muita coisa, isso só isola mais o governo. O Rodrigo Maia (presidente da Câmara) é o único que sustenta o governo ainda hoje. Ataque a ele é um tiro na testa, e não no pé", disse o deputado federal.
Já líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA), divulgou nota condenando o "radicalismo e a beligerância" e afirmou que "ninguém governa sozinho".
A avaliação de que os ataques contra o Congresso não vão causar consequências no parlamento também foi feita pelo presidente do PSL, partido de Jair Bolsonaro, Luciano Bivar. "As pessoas que fizeram ataques não estavam no propósito da manifestação", disse Bivar, que ocupa uma cadeira na Câmara dos Deputados. "Absolutamente nenhuma (consequência). A manifestação foi muito ordeira. Houve alguns casos isolados que falaram isso, mas não eram a base da manifestação."
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Ao comentar a declaração de Bolsonaro, Bivar afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e os partidos do Centrão estão preocupados em aprovar reformas. "O presidente não quer dizer que velhas praticas seja o Centrão, velhas práticas não têm nada a ver com o Centrão. O Centrão está preocupado em fazer uma pauta positiva para o Brasil.".
Para o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), o presidente erra quando insinua que o Congresso está impedindo o avanço de pautas importantes para o País. "Ele tem que dizer que práticas são essas porque nós não temos nenhum prática em relação a esse governo ou a qualquer outra coisa, nós estamos tentando ajudar o Brasil", declarou Braga, que também minimizou a presença de apoiadores de Bolsonaro nas ruas: "Não vi o País mobilizado como em outros momentos", afirmou, citando as manifestações contra cortes nas universidades no último dia 15.
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