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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Política

Centrão apoia, mas não abraça Jair Bolsonaro e reforma da Previdência

Presidente recebeu líderes do PRB, PSD, PP, DEM e PSDB e tuíta que “nada se falou sobre cargos”

Jair Bolsonaro DEM
Presidente da República, Jair Bolsonaro, com Onyx Lorenzoni, Ministro-Chefe da Casa Civil, Ronaldo Caiado, Governador do Estado de Goiás, e ACM Neto, prefeito de Salvador e Presidente Nacional do DEM. - Imagem: Marcos Corrêa/PR

Antes de embarcar para Brasília, vindo de Israel, o presidente Jair Bolsonaro, disse que iria “jogar pesado” na reforma da Previdência. De volta ao Palácio do Planalto esteve com lideranças de cinco partidos que acenaram apoio ao presidente e sua agenda, mas não abraçaram a causa.

Os partidos do centrão ou centro-direita é que devem garantir os votos para as reformas nas comissões e no Plenário. A oposição, apesar de articulada e barulhenta, como bem vimos ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, simplesmente não têm votos

Uma avaliação das falas dos líderes do PRB, PRB, PSD, PP, DEM, que fazem parte do chamado centrão, e do PSDB, mostra um razoável alinhamento de posturas com a agenda de reformas, mas não saíram determinações de fechamento de questão.

Isso quer dizer que, por ora, os líderes partidários não vão usar o poder que exercem sobre suas bancadas para fazê-las votar de maneira uniforme. Esses partidos, mais o MDB, somam quase 200 votos, dos 513 da deputados.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, deu bem o tom, falando que “o partido não fechará questão”, mas fará um esforço intenso para mostrar aos seus deputados a importância da agenda de reformas. Geraldo Alckmin, do PSDB, foi na mesma linha: apoia as reformas, mas será independente do governo.

Disposição

Como política também se faz por gestos a disposição de receber os líderes passa a ideia de um Bolsonaro mais disposto a fazer a articulação e defesa de sua agenda de reformas.

No entanto, segue o impasse de Bolsonaro sobre como negociar com lideranças partidárias e não decepcionar um eleitorado e seu discurso de não ceder “à velha política”. Durante a campanha o presidente acenou que negociaria com bancadas, mas essa articulação não se mostrou possível ou suficiente para arregimentar votos.

Essa angústia do presidente transparece claramente na postagem feita agora à tarde, comentando as reuniões que teve, destacando que “nada se falou sobre cargos”.

Pode ser que o presidente consiga costurar apoio de outras formas, talvez por projetos votados, algo como você me apoia agora que eu trabalho com você em alguma outra matéria de seu interesse.

O modelo é mais trabalhoso que a construção de uma base, nos moldes do que seria a velha política de “presidencialismo de coalizão”, na qual o Executivo cedia espaço ao Legislativo em troca de votos no parlamento.

No entanto, formato foi desgastado ao extremo, quando o Executivo passou a comprar parlamentes, como vimos nos diversos escândalos de corrupção dos últimos anos. Lembram que Bolsonaro disse que não queria jogar dominó no xadrez com Lula e Temer?

As conversas e recepções são parte da cena política, mas o jogo exige um pouco de troca de poderes e o desafio de Bolsonaro é como fazer isso sem se contradizer ou decepcionar seu eleitorado cativo. Cargos e verbas podem ser demandas legítimas, o difícil é como explicar isso.

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