🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Estadão Conteúdo
Hora da articulação política

Bolsonaro deixa Israel e fala em “jogar pesado” na reforma da Previdência

Em Israel, o presidente demonstrou preocupação com a possibilidade de as alterações propostas pelos deputados acabarem desidratando o projeto original

Estadão Conteúdo
3 de abril de 2019
9:10 - atualizado às 11:35
Jair Bolsonaro, Israel
Presidente da República, Jair Bolsonaro - Imagem: Alan Santos/PR/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro deixou Israel na manhã desta quarta-feira, 3, com a missão de angariar o maior número possível de parlamentares para votar a favor da reforma da Previdência. "Missão cumprida aqui. Tenho audiência às 8h30 na quinta-feira com parlamentares", disse o presidente a jornalistas no hotel em que se hospedou em Jerusalém, antes de ir para o aeroporto rumo ao Brasil.

Bolsonaro demonstrou disposição em ceder em sua proposta de reforma, já que considera o Congresso "soberano para fazer polimentos" e tirar "alguma coisa" do texto. "Isso (conversas com parlamentares) eu tenho que enfrentar, mas conheço a maioria dos parlamentares. Não tenho problemas em dialogar com eles, não", comentou. Ele disse que não sabia ainda com quem seria a primeira audiência no retorno ao País.

Segundo Bolsonaro, a ideia é "jogar pesado" na reforma da Previdência. "Se der certo, tem tudo para fazer o Brasil decolar." Nestes dias em Israel, ele mostrou preocupação, no entanto, com a possibilidade de as alterações propostas pelos deputados acabarem "desidratando" o projeto original.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já sinalizou que a capitalização do sistema previdenciário e mudanças na aposentadoria rural e na assistência a idosos de baixa renda (BPC) não devem passar no Congresso.

"A gente gostaria que passasse como chegou, mas sabemos que vai ter mudanças. Não existe projeto que não tem mudança, é coisa rara acontecer isso aí, ainda mais um projeto tão amplo, como é o da reforma da Previdência", observou. Segundo o presidente, não é questão de abrir mão da proposta enviada ao Legislativo. "O deputado que eu fui durante 28 anos, na ponta da linha, sabe onde o calo dele aperta e questiona seu líder, e chega no Rodrigo Maia: 'Essa questão aqui, se não tirar, a gente vota contra o projeto como um todo'", disse.

O presidente voltou a dizer que a boa reforma da Previdência é aquela "que passa". Ele não quis entrar em detalhes sobre pontos aos quais o governo faria vista grossa se os deputados resolvessem fazer alterações. "Quem vai bater o pênalti é a Câmara dos Deputados e, depois, o Senado."

Segundo ele, o próprio PSL é um partido de formação de base. O presidente também disse contar com votos da bancada ruralista, conforme indicou a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, assim como os da área de saúde. "Hoje em dia você não vê deputado reclamando do ministro da Agricultura. Antigamente, quando tinha problema, procurava o ministro e, se não era do partido dele, não tinha prioridade. Isso acabou. A gente espera isso deles", argumentou.

O presidente comentou não ser contra colocar parlamentares nos ministérios e disse que tem "uns três ou quatro aí" e que eles são até uma forma de sentir melhor a temperatura dentro da Câmara.

Após uma série de atritos, Bolsonaro disse que está disposto a dialogar com Maia. "Se for a Brasília, estou disposto a conversar, posso ir até à casa do Maia", comentou. Ele descartou, no entanto, a intermediação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário político nacional. "Pelo que fiquei sabendo, o Doria estava preparando um jantar na sexta agora. Falei para minha assessoria que, para mim, está barra pesada, 'to' com 64 anos, não dá para ter uma batida dessa não."

Bolsonaro afirmou não ter nenhum problema em conversar com o presidente do Legislativo e que poderia ser até um encontro particular. "Somos do Rio", ressaltou. "Para mim, é problema de saúde, é muito voo. Complica, de repente eu 'to' aí com problema de saúde", justificou. Ele disse que, na próxima semana, já terá também "várias saídas" dentro do Brasil. "Sou paraquedista e sei do desgaste que é subir e saltar."

Pacote

Bolsonaro também disse nesta quarta que o pacote para impulsionar a economia será lançado na forma de uma medida provisória que está na Casa Civil, mas não deu mais detalhes sobre o projeto. Em Jerusalém desde domingo, ele comentou que os dias têm sido muito corridos e que leu o que a equipe econômica o enviou em uma "diagonal rápida".

Segundo Bolsonaro, o projeto "tem tudo para tirar o Estado de cima do empreendedor". "Não tenho detalhes aqui. Mal deu tempo de ler essas questões. Eu me preparo para o dia seguinte. Vou ter folga no avião para tomar conhecimento do que realmente está acontecendo no Brasil", justificou. "Tem termo ali que eu não entendo. Me desculpa. É melhor falar isso do que fazer besteira", disse a jornalistas antes de partir de volta para o Brasil. O voo dele deixou Israel às 3h20 (no horário de Brasília).

O Estadão/Broadcast registrou na terça-feira, 2, que o Ministério da Economia prepara um pacote de medidas para aumentar a produtividade, estimular a geração de empregos e tentar destravar a atividade econômica. Previstas para acontecer em 90, 180 e 360 dias, as ações foram formuladas em quatro grandes planos que serão anunciados ao longo de abril: Simplifica, Emprega Mais, Brasil 4.0 e Pró-mercados.

Bolsonaro afirmou que cumprirá 90% das metas estipuladas para os primeiros 100 dias de seu governo, e que os 10% restantes serão "parcialmente atendidos". A gestão dele completa 100 dias daqui a uma semana. "Sempre fui contra essa questão de meta porque aquele 1% que não é atendido, vocês (jornalistas) vão lá e atiram de .50 em cima da gente", disse à imprensa pouco antes de embarcar de volta ao Brasil. Armas de calibre .50 têm alto poder de destruição.

O presidente enfatizou que, até hoje, todos os seus planos deram certo. "Tanto é que eu saí do zero e hoje sou presidente", disse, soltando uma gargalhada. Na sequência, comentou que estava rindo, mas que sentia estar envelhecendo de forma mais rápida desde que assumiu a Presidência. "A barra é pesada, tá ok?"

Compartilhe

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas estrangeiras iniciam semana no azul, mas ruídos políticos locais seguem causando interferência

18 de julho de 2022 - 6:32

Bolsas sobem lá fora com expectativa de bons resultados trimestrais; no Brasil, partidos se preparam para convenções

VITÓRIA PARA O GOVERNO

Câmara aprova ‘PEC Kamikaze’ em 2º turno após manobras de Lira e uma visita da Polícia Federal; veja os próximos passos da proposta

13 de julho de 2022 - 19:07

O deputado prometeu que quem faltasse na votação ganharia uma falta administrativa e lançou mão de outras manobras para garantir o quórum

LDO 2023

Caiu e passou: Congresso aprova Lei das Diretrizes Orçamentárias sem emendas impositivas de relator; texto vai à sanção presidencial

12 de julho de 2022 - 17:28

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) retirou do texto a execução obrigatória das emendas de relator, identificadas como RP 9

ACERTO DE CONTAS

Com teto do ICMS em 17% sobre energia e combustíveis, Câmara propõe compensar arrecadação dos estados; entenda se será suficiente

25 de maio de 2022 - 7:21

A proposta acontece em meio a embates do governo federal contra os estados pela arrecadação do ICMS

Privatização à vista?

Novo ministro de Minas e Energia quer privatizar a Petrobras (PETR4), mas presidente do Senado afirma que as negociações não estão na mesa

12 de maio de 2022 - 14:06

Pacheco avaliou que a desestatização da empresa não é uma solução de curto prazo para o problema da alta dos combustíveis

FOCO NO CENTRO

Com Lula ou Bolsonaro na Presidência, o próximo Congresso será de centro-direita e reformista, diz Arthur Lira

10 de maio de 2022 - 15:04

Em evento em Nova York, presidente da Câmara volta a defender a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e as reformas no país

ATÉ 2023

Alívio no bolso vem aí? Conheça a PEC que pode zerar impostos sobre combustíveis e gás

3 de fevereiro de 2022 - 20:42

A matéria dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros

RAIO-X DO ORÇAMENTO

Fundo eleitoral, emendas do relator e reajuste dos servidores: 3 pontos do Orçamento para 2022 que mexem com a bolsa esta semana

22 de janeiro de 2022 - 14:45

Entre emendas parlamentares superavitárias e reajuste dos policiais federais, o Orçamento deve ser publicado no Diário Oficial na segunda-feira (24)

PEC DOS COMBUSTÍVEIS

Tesouro pode perder até R$ 240 bilhões com PEC dos Combustíveis e inflação pode ir para 1% — mas gasolina ficará só R$ 0,20 mais barata; confira análise

22 de janeiro de 2022 - 10:58

Se todos os estados aderirem à desoneração, a perda seria de cifras bilionárias aos cofres públicos, de acordo com a XP Investimentos

DE OLHO NAS DÍVIDAS JUDICIAIS

Além do furo no teto: como a PEC dos precatórios afeta os credores, mas abre uma grande oportunidade de investimento

20 de janeiro de 2022 - 7:03

Com a regra fiscal ameaçada, o motivo inicial para a criação da emenda acabou sendo relegado a segundo plano, mas seus desdobramentos podem beneficiar os investimentos alternativos

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies