Cautela do Fed frustra investidores
Banco central dos EUA corta juros, mas não garante mais alívio em outubro

Os ativos financeiros globais amanhecem sob o impacto da frustração dos investidores com o Federal Reserve depois de o banco central norte-americano ter anunciado um corte de 0,25 ponto porcentual (pp) em sua taxa básica de juro, mas sem garantias de que o alívio monetário irá muito além do que já foi feito.
Agentes dos mercados financeiros vêm pressionando há meses os principais bancos centrais do planeta a agirem para fazer frente a uma cada vez mais temerária desaceleração da economia global, mas mesmo quando cortam os juros as autoridades monetárias têm feito questão de deixar claro seu contraponto.
Do Fed ao Banco do Japão (BoJ), passando pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra (BoE), as autoridades monetárias temem ficar sem instrumentos adequados de ação se - ou será quando? - a tão temida desaceleração econômica se transformar numa recessão global.
Na reunião encerrada ontem, o Fed não fechou a porta para um novo corte em breve, mas sinalizou que a ação de ontem sobre o juro talvez tenha sido a última deste ano.
Sobre Trump e seus chiliques
Talvez nem fosse preciso citar o chilique de Donald Trump ao se manifestar sobre a decisão do banco central, mas pouca gente além de Jerome Powell, o presidente do Fed, parece ter encontrado a fórmula para dar de ombros para o destempero do presidente norte-americano com tanta desenvoltura.
Afinal, a direção do Fed em nenhum momento omitiu sua posição de que cortes de juros talvez nem estivessem em pauta se Trump não tivesse optado por tomar o caminho da guerra comercial contra alguns dos principais parceiros norte-americanos. Lembrando que na reunião anterior o Fed cortou juros pela primeira vez em uma década.
Leia Também
O problema para o Fed é tentar proporcionar alguma espécie de previsibilidade aos mercados financeiros quando o próprio presidente dos EUA atua como uma fonte de imprevisibilidade - e ainda tenta empurrar para o colo do banco central a culpa por todos os males da economia do país.
Hoje, depois de quase dois meses de hiato, autoridades norte-americanas e chinesas iniciam em Washington a primeira rodada de diálogo no âmbito da guerra comercial entre os dois países. As conversas devem se estender até amanhã. A expectativa é de que os negociadores preparem o terreno para uma reunião de alto nível esperada para outubro.
Copom corta juro, mas Fed pode levar investidores a rever projeções
Enquanto o Fed deixou no ar algumas dúvidas sobre a extensão de seu alívio monetário, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) fez o que já vinha sendo precificado no mercado: cortou a taxa Selic em 0,50 pp, levando-a ao novo piso histórico de 5,50% ao ano. O Copom também sinalizou a possibilidade de um novo corte nos juros em sua próxima reunião, marcada para o mês que vem.
Mesmo assim, a sinalização de encurtamento do alívio monetário prometido pelo Fed tem o potencial de alterar as projeções dos analistas para os próximos passos do Copom. Algumas casas vinham projetando a taxa Selic abaixo dos 5,00% no fim de 2019. Com a postura do Fed, no entanto, é provável que o Copom promova pelo menos mais um corte este ano, mas numa extensão mais tímida do que anteriormente imaginada.
Ainda assim, a expectativa é de que o índice Ibovespa se recupere hoje das perdas da véspera enquanto os contratos de juros futuros se ajustem ao corte da taxa Selic mesmo com o dólar consideravelmente acima dos R$ 4,00.
Pelo mundo, enquanto as bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção definida, os mercados de ações da Europa iniciaram o dia com leves altas. Já os índices futuros de Nova York sinalizaram queda em Wall Street.
BoJ opta pela cautela; BoE anuncia decisão de juro às 8h
Além do Fed, outro grande banco central a optar pela cautela foi o BoJ. A política monetária japonesa seguiu inalterada depois da reunião encerrada hoje, mas a diretoria do banco deixou a porta aberta para uma ação em sua próxima reunião, em outubro.
Um novo passo da rodada de alívio monetário em escala global iniciada na semana passada pelo Banco Central Europeu poderia ser dado hoje pelo Banco da Inglaterra (BoE), cuja decisão de política monetária será anunciada às 8h. Entretanto, analistas acreditam que o BoE se manterá em compasso de espera enquanto não houver um cenário mais claro em relação ao Brexit.
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas