Caixa apresenta nova modalidade de financiamento com juros atrelados ao IPCA
Taxas de juros da nova modalidade vão oscilar entre 2,95% a 4,95% ao ano mais a variação do IPCA. A demanda estimada pelo produto está na casa de R$ 50 bilhões

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, apresentou formalmente a nova modalidade de financiamento imobiliário atrelada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa é de redução de 30% a 50% no custo do crédito imobiliário.
Em evento no Palácio do Planalto, Guimarães anunciou que as taxas de juros da nova modalidade vão oscilar entre 2,95% a 4,95% ao ano mais a variação do IPCA. O prazo máximo de financiamento é de 360 meses e até 80% do valor do imóvel. O recálculo das parcelas será mensal. O comprometimento de renda máximo é de 20%. Atuais financiamentos não poderão ser trocados por essa nova modalidade.
Atualmente, os contratos dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) são atrelados à TR (Taxa Referencial), que hoje está zerada. Dentro do SFH, o tomador pode usar recursos de sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A taxa média de juros nessa modalidade fechou julho em 7,6% ao ano. Na Caixa, as taxas oscilam entre 8,5% a 9,75% ao ano mais TR. Essas linhas continuarão existindo.
A autorização para a Caixa fazer esse tipo de operação foi concedida na semana passada, pelo Banco Central (BC) e Conselho Monetário Nacional. De fato, os bancos podem utilizar outros índices de correção se desejarem.
Segundo Guimarães, o crédito imobiliário ainda engatinha no país, com as carteiras do segmento não representando 10% do crédito nos grandes bancos. Em mercados desenvolvidos, o percentual passa de 50%.
Leia Também
O motivo disso, segundo ele, é que a utilização da TR não apresentava a demanda potencial de securitização. “Escolhemos o IPCA, pois é o índice mais comumente usado no mercado de capitais”, disse.
Ainda de acordo com Guimarães, a ideia é que os bancos originem crédito imobiliário e vendam essas carteiras para outros investidores, o que permite a concessão de um volume maior de empréstimo.
Guimarães minimizou o risco de uma volta da inflação, já que nesse modelo, o IPCA é sempre uma parcela desconhecida do financiamento. Segundo ele, a TR também tem um esse risco, pois apesar de levar Selic e outras taxas em consideração é arbitrado pelo CMN.
"Há uma imaginação de que TR é zero. Se tiver volatilidade e volta da inflação, a TR volta a subir. Acreditamos que um produto desses, de crédito imobiliário de longo prazo, passa por inflação mais controlada. Tivemos picos inflacionários, um ano com inflação elevada, e não cinco anos com inflação de 10%", explicou Guimarães.
Nas suas simulações, a Caixa trabalha com IPCA de 3,5% (última meta definida) até 2030. A demanda estimada pelo produto está na casa de R$ 50 bilhões.
Guimarães também disse que essa modalidade é um passo intermediário para o desenvolvimento do crédito imobiliário no país, que pode caminhar para uma modalidade sem correção ao longo dos próximos anos, como acontece em outros mercados.
O presidente da Caixa também disse acreditar que a securitização permite redução de juro mais na frente. Ele lembrou, também, que a carteira de crédito tem correlação com depósito de poupança e que a nova modalidade permite uma fonte alternativa de funding. “Esse ponto é fundamental. Poupança não crescia muito, o crédito imobiliário não crescia muito. Agora, posso originar mais crédito independentemente da poupança.”
Em sua fala inicial, Guimarães também lembrou de operações da Caixa no ano, como venda de ativos IRB e da Petrobras, “pois não fazia sentido o banco ter ações de empresa de petróleo”, e a devolução de recursos do Tesouro que estavam alocados em instrumentos de capital e dívida.
Nos próximos meses, disse o presidente da Caixa, sai a venda das ações do Banco do Brasil, no valor de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões. Ele voltou a lembra que estão previstos, ainda, quatro IPOs (abertura de capital) de unidades da Caixa, seguridade, cartões, gestão de ativos e loterias.
Revolução no crédito
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, abriu sua fala lembrando que temos a menor taxa de juros da história com inflação ancorada nas metas, mas que a agenda do BC vai além disso: “o que podemos fazer para o crescimento do país”.
Segundo Campos Neto, o desenvolvimento do mercado financeiro tem potencial de levar ao crescimento da economia e o BC tem várias inciativas nesse sentido, congregadas na Agenda BC#.
No lado do crédito, Campos Neto destacou que as ações do BC querem “transformar a intermediação financeira” no Brasil e apontou para duas modalidades “que precisamos desenvolver”. Financiamento à infraestrutura e setor imobiliário.
No lado do crédito imobiliário, Campos Neto listou, além da securitização das carteiras, o desenvolvimento do home equity (imóvel como garantia) e a hipoteca reserva (o banco de paga e depois fica com o imóvel). Ele voltou a repetir, que esses produtos podem gerar até R$ 500 bilhões em recursos na economia.
“Estamos pensando grande. Criar a maior revolução no mercado de crédito que esse país já viu”, afirmou Campos Neto.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Bola dividida na Lotofácil deixa ganhadores reclamando de barriga cheia
Concurso 3378 da Lotofácil teve dois ganhadores e nenhum deles ficou milionário; Quina acumula e Mega-Sena pode pagar R$ 8 milhões se tiver algum ganhador hoje
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena e faz 9 novos milionários; Lotofácil tem 2 ganhadores e Quina acumula
A Mega-Sena acaba de proporcionar uma situação incomum: ela fez novos milionários por dois concursos seguidos
Nubank (ROXO34) recebe autorização para iniciar operações bancárias no México
O banco digital iniciou sua estratégia de expansão no mercado mexicano em 2019 e já conta com mais de 10 milhões de clientes por lá
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Lotofácil tem dois ganhadores em SP, mas o único milionário da noite vem de outra loteria e é de outro Estado
Ambos os ganhadores da Lotofácil efetuaram suas apostas pela internet, mas a bola dividida impediu o prêmio de alcançar os sete dígitos
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Lotofácil volta ‘renovada’ do feriado e faz 4 novos milionários de uma vez só
A Lotofácil voltou com tudo da pausa para o feriado prolongado, mas não de pode dizer o mesmo da Quina, que acumulou
Natura (NTCO3) renova contrato de locação de imóvel do FII BRCO11 e cotas sobem mais de 2% na bolsa hoje
Com a renovação do acordo pela Natura, o fundo imobiliário parece ter deixado para trás a fase de pedidos de rescisão antecipada dos contratos de locação de seus imóveis
Dólar fraco, desaceleração global e até recessão: cautela leva gestores de fundos brasileiros a rever estratégias — e Brasil entra nas carteiras
Para Absolute, Genoa e Kapitalo, expectativa é de que a tensão comercial entre China e EUA implique em menos comércio internacional, reforçando a ideia de um novo equilíbrio global ainda incerto