Guerra comercial define humor dos mercados
Proximidade da rodada de negociações entre EUA e China resgata um otimismo cauteloso no mercado financeiro
O que ontem era motivo de tensão nos mercados, hoje tenta ser um alívio. A proximidade das negociações comerciais entre Estados Unidos e China nesta semana resgata um otimismo cauteloso entre os investidores, que ensaiam maior disposição pelos ativos de risco. Esse ambiente externo pode influenciar o rumo dos negócios locais, que estão com o humor mais azedo por causa dos ruídos políticos vindos de Brasília (leia mais abaixo).
O embarque da delegação chinesa para Washington - incluindo o presidente do Banco Central chinês (PBoC), Yi Gang - renova as esperanças de um acordo e ofusca a notícia de que os EUA vão colocar na “lista negra” oito empresas chinesas de tecnologia, que desenvolvem reconhecimento facial e outras ferramentas de inteligência artificial. Para a Casa Branca, o governo chinês usa essa tecnologia para reprimir minorias étnicas. Não há qualquer menção do governo Trump quanto aos benefícios que tais avanços tecnológicos têm trazido aos meios de pagamento, em termos de comodidade na vida das pessoas.
Ou seja, não há um motivo aparente para a tentativa de melhora do humor no exterior, a não ser uma expectativa renovada de um progresso nas tratativas sino-americanas. Ainda assim, parece haver certa relutância de Pequim em buscar um acordo comercial mais amplo, não mostrando interesse em tratar de questões cruciais para Washington.
Na Ásia, a volta da Bolsa de Xangai após a longa pausa de uma semana foi sem brilho. O índice Xangai Composto subiu 0,3%, mesma alta observa em Hong Kong. Em Shenzhen, houve aumento de 0,2%. Tóquio liderou os ganhos na região, com +1%.
No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York alternam leves altas e baixas, oscilando na linha d’água, sem uma direção definida para o dia. Esse vaivém influencia a abertura do pregão europeu, com a Bolsa de Londres reagindo também à retirada da oferta hostil de compra feita por Hong Kong, por US$ 37 bilhões.
Nos demais mercados, o petróleo exibe ligeiro avanço, com o dólar voltando a perder força ante os rivais. O destaque fica com a lira turca, que se estabiliza, após a ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, de “destruir” a economia do país se a Turquia avançar na ofensiva contra os curdos na Síria.
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Mais ruídos
Como se já não bastassem as dúvidas em relação ao segundo turno de votação da reforma da Previdência, que pode ficar para o fim deste mês, às incertezas em relação ao destino dos recursos do mega-leilão do pré-sal somam-se, agora, aos relatos de que o ministro Paulo Guedes (Economia) estaria contando os dias para deixar o cargo.
Seja como for, esses ruídos apenas elevam a dose de cautela dos investidores, que esperavam que a agenda econômica pudesse avançar mais no Congresso antes do fim do ano, com a reforma tributária e o pacto federativo entrando em pauta. Mas o assunto que deve ser discutido nos próximos dias é a regra de ouro, tida como alicerce da base fiscal.
Primeiro, os presidentes Rodrigo Maia (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado) têm reunião hoje com os governadores para tratar da partilha entre os estados e a União dos recursos do leilão do pré-sal, previsto para o início do mês que vem. O objetivo é pôr fim à disputa entre as unidades da federação mais bem contempladas e as que se dizem “excluídas”.
Com isso, os ativos locais viram um campo fértil para especulações - o que tem sido mais visível no dólar. Ontem, a moeda norte-americana saltou para a faixa de R$ 4,10, em meio a esses ruídos políticos, mas encerrou o pregão um pouco abaixo desse nível, influenciando os prêmios dos juros futuros. Já o Ibovespa segue defendendo a marca dos 100 mil pontos.
Mais Powell hoje
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, volta a discursar hoje, desta vez, em um evento em Denver, a partir das 15h30. Ontem, ele não falou de política monetária e hoje ele pode se esquivar novamente do assunto, já que o tema da palestra é sobre a dependência de dados e a integração das economias “antigas” e “novas”.
Entre os indicadores econômicos, nos EUA, sai o índice de preços ao produtor (PPI) em setembro (9h30). No Brasil, serão conhecidos o IGP-DI do mês passado e a primeira prévia deste mês do IPC-S, ambos às 8h, além dos dados regionais da produção industrial em agosto (9h).
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