Mercado renova esperanças no mês do Natal
Último mês do ano começa com esperanças renovadas em torno de acordo comercial entre EUA e China capaz de evitar novas tarifas no dia 15
Dezembro começa com expectativas elevadas no mercado financeiro por um acordo comercial entre Estados Unidos e China, apesar da tensão envolvendo Hong Kong. A esperança dos investidores é de que os termos da primeira fase sejam assinados antes do dia 15 e evitem uma nova rodada de tarifas norte-americanas contra produtos chineses.
Porém, mais do que a suspensão dessa taxação, que irá atingir em cheio itens das listas de compras de Natal, Pequim também quer a reversão total das sobretaxas já em curso, dos dois lados. Do contrário, a segunda maior economia do mundo pode estender as negociações, uma vez que a atividade do país vem mostrando resiliência.
Divulgados ontem, dados sobre a indústria na China surpreenderam ao mostrar aceleração da atividade em novembro. O índice oficial dos gerentes de compras (PMI) subiu a 50,2, de 49,3 em outubro, ficando acima da linha divisória de 50, que indica expansão da atividade, pela primeira vez desde abril. A previsão era de alta a 49,5.
O dado privado, calculado pelo Caixin, também mostrou expansão da atividade pelo quarto mês seguido em novembro, indo a 51,8, de 51,7 em outubro. Os números mostram aquecimento da demanda por produtos chineses, com os pedidos de novas exportações tendo a primeira alta mensal em mais de um ano.
Estabilidade
Mas ainda é cedo para dizer que a economia chinesa está se recuperando - no máximo, se estabilizando. O crescimento do país perdeu força em 2019 devido a fatores estruturais, cíclicos e externos, mas ainda se espera uma expansão em torno de 6% em 2020. Para tanto, é preciso chegar a um consenso com os EUA, eliminando o impacto das tarifas na economia real.
Porém, os investidores ainda mostram cautela com o noticiário sobre a guerra comercial, diante da insistência da China em uma reversão das tarifas dos EUA como parte do acordo de primeira fase. Além disso, há o receio de que a escalada da tensão sobre Hong Kong atrase a assinatura de um termo provisório, mantendo vários pontos de discórdia.
Leia Também
Tanto que, em reação, as bolsas da Ásia não conseguiram sustentar os ganhos, na esteira da inesperada melhora na atividade industrial chinesa em novembro. Apenas Tóquio teve alta firme (+1%), enquanto Hong Kong fechou no positivo (+0,4%), apesar de mais um fim de semana violento entre a polícia e manifestantes. Xangai ficou estável.
Já no Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no positivo, ao passo que as principais bolsas europeias têm oscilações laterais na abertura do pregão. Entre as moedas, o dólar exibe um desempenho misto, perdendo terreno para as divisas europeias e o xará australiano. O petróleo, por sua vez, sobe 1,5%, enquanto o ouro cai.
Guedes e o AI-5
Enquanto lá fora o receio é com a desaceleração da economia; aqui, a preocupação continua sendo com o risco de contágio da turbulência na América Latina. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a “confusão” em vários países da região prejudicou o timing para a aprovação de outras reformas, como a administrativa.
Apesar de não haver nenhuma grande manifestação no país contra o governo Bolsonaro e suas políticas, Guedes afirma que o ambiente político mudou, diante da “bagunça” e “desordem” em países latinos como o Chile, com a agenda de reformas podendo servir de pretexto “pro sujeito fazer quebra-quebra na rua”.
O ministro, então, voltou a justificar as recentes menções feitas por ele sobre um "novo" AI-5 (Ato Institucional nº 5), como resposta a uma suposta radicalização de protestos de rua no país, em defesa da democracia. Segundo ele, a fala era para que se evitasse a desordem, pois “tem gente chamando” atos para “quebrar tudo”.
O que vem por aí...
Nos próximos dias, serão conhecidos dados econômicos relevantes no Brasil e no mundo capazes de lançar luz sobre sobre a saúde da economia global na virada para 2020. O destaque lá fora fica com os números sobre o emprego nos EUA, enquanto aqui o foco se divide entre PIB e IPCA. Para saber mais, leia na edição semanal d’A Bula do Mercado.
Já nesta segunda-feira, a semana começa com as tradicionais publicações do dia no Brasil, a saber, a Pesquisa Focus (8h25) do Banco Central e os dados da balança comercial em novembro (15h). No exterior, saem hoje índices PMI e ISM sobre a atividade industrial em novembro na zona do euro e nos EUA, respectivamente.
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
