Em alta, bitcoin alcança máxima do ano; preço é o maior desde agosto de 2018
O motivo mais provável para a valorização do ativo é que os investidores começam a se posicionar mais no ativo na esperança de que ele fique mais escasso. Isso porque a cada quatro anos, a recompensa de mineração de bitcoins cai pela metade
Depois de um início de ano complicado para o bitcoin (BTC), a moeda reverteu o ciclo de baixas e alcançou ontem (12) o seu valor máximo de negociação (US$ 7.503,87) em 2019. A última vez em que o criptoativo registrou cifra parecida foi em 1 de agosto de 2018 quando foi negociado a US$ 7.707,86.
Depois de alcançar a máxima, a moeda voltou a cair um pouco. Por volta das 14h da tarde de hoje (13), o criptoativo estava sendo negociado a US$ 7.427,51.
No ano, o bitcoin já acumula valorização de aproximadamente 120% em reais, isso se contarmos a cotação do ativo disponibilizada no site CoinMarketCap até hoje (13). A cotação do dólar utilizada no início do ano foi de R$ 3,87. Hoje, a moeda norte-americana está em R$ 3,98. Ele é, inclusive, o melhor investimento deste ano, segundo o nosso colunista André Franco.
Ainda assim, o preço do criptoativo está bem longe da sua cotação máxima que foi alcançada em 17 de dezembro de 2017, justamente quando ele chegou a ser negociado a US$ 20.089,00.
Fonte: CoinMarketCap
Possíveis razões
Mas o que explicaria essa alta? A resposta não é tão trivial e há algumas suposições do que possa ter ocorrido. Segundo o professor de mestrado em criptoeconomia da FGV, Luiz Calado, é difícil precisar, mas há um fenômeno conhecido como halving que pode ajudar a entender melhor o movimento de valorização.
Quando o criador da moeda Satoshi Nakamoto escreveu o protocolo do bitcoin, ele estipulou que a recompensa pela mineração da moeda diminuiria lentamente ao longo dos anos para controlar o suprimento do ativo. Com isso, a cada quatro anos, o processo de recompensa dado aos mineradores de bitcoin reduz pela metade.
Como a última vez que isso ocorreu foi em 2016, a próxima será no ano que vem. E isso costuma impactar diretamente na cotação do ativo.
De acordo com Calado, há uma suspeita de que haja uma relação entre os anos anteriores a processos de halving e a alta no preço do bitcoin. A ideia é que como há uma possibilidade que a moeda se torne mais escassa e consequentemente mais valiosa, os investidores acabem buscando se posicionar mais nela para surfar a onda de valorização.
Entrar ou correr?
Apesar da possibilidade de alta no próximo ano, uma boa dica é analisar como estão as suas finanças e verificar se você está disposto a correr riscos.
"Todo cuidado é pouco. Como já houve uma valorização, eu diria assim: se você não possui nada, talvez seja um bom momento para entrar com um percentual baixo. Já se você já estiver posicionado, talvez seja a hora de realizar um pouco do lucro e, de repente reinvestir", destaca Calado.
Pelo fato de a moeda ser bastante volátil, a dica é investir até 5% da sua carteira no ativo e diversificar entre mais de um criptoativo. Os ativos que costumam ser mais negociados são o Ethereum (ETH), o Iota (MIOTA), Ripple (XRP), além do próprio bitcoin.
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