Tesouro Direto: Prefixados disparam e lideram retorno da renda fixa — e tendência deve se intensificar até 2026
Levantamento da Anbima mostra que a expectativa de queda da Selic puxou a valorização dos títulos de taxa fixa
Os títulos prefixados do Tesouro Direto voltaram a brilhar em outubro — e não foi por acaso. À medida que o mercado aposta na queda dos juros, esses papéis, que pagam uma taxa fixa já definida no momento da compra, costumam ser os primeiros a se valorizar.
Com a perspectiva de juros menores à frente, o retorno maior contratado no passado — que chegou a 15,25% ao ano — se torna mais “valioso” e o preço desses títulos sobe. Esse movimento, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), tende a ganhar ainda mais força na virada para 2026.
Em outubro, os índices que acompanham os prefixados do Tesouro Direto registraram as maiores rentabilidades da renda fixa, conforme levantamento da associação.
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O IRF-M 1+, que reúne títulos com vencimento superior a um ano, avançou 1,41%, enquanto o IRF-M 1 — focado em títulos de prazo mais curto — subiu 1,29% no mês.
Por que o preço dos prefixados sobem quando os juros caem?
Quando o investidor compra um prefixado, ele trava uma taxa para o futuro. Se o mercado passa a acreditar que os juros vão cair, essa taxa passa a ser mais vantajosa em comparação com a nova realidade de juros menores — e, por isso, o preço do título prefixado sobe antes mesmo de o corte se concretizar.
É diferente do que acontece com papéis atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+. Nesse caso, o rendimento é composto pela variação do IPCA mais uma taxa adicional.
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Ou seja, parte do retorno depende do comportamento futuro da inflação, o que torna a sensibilidade ao movimento imediato dos juros um pouco menor.
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Indexados à inflação também avançam
Mesmo com os prefixados do Tesouro Direto na liderança, os títulos indexados ao IPCA também tiveram desempenho positivo. O IMA-B 5+, que acompanha os títulos públicos de prazo acima de cinco anos, subiu 1,06%. O IMA-B 5, de prazos até cinco anos, registrou ganho semelhante: 1,03%.
O IMA-S, índice das Letras Financeiras do Tesouro — títulos pós-fixados que seguem a taxa Selic atual — também avançou 1,29%, acompanhando o ambiente de juros ainda elevados.
No consolidado, o índice IMA, que espelha todo o universo de títulos públicos, encerrou outubro com rentabilidade de 1,23%.
Renda fixa privada
No mercado de dívida corporativa, os destaques do mês passado foram os papéis indexados à taxa DI, que acompanha a taxa Selic. O IDA-DI cresceu 1,08% no mês, impulsionado pelo rendimento diário dos juros em 15% ao ano.
As debêntures sem incentivo fiscal atreladas ao IPCA também ficaram no campo positivo: o IDA-IPCA Ex-Infraestrutura avançou 0,73%.
Já os títulos incentivados, que haviam tido forte performance no mês anterior, recuaram em outubro. O IDA-IPCA Infraestrutura caiu 0,59%, e pressionou o resultado do IDA-Geral. O índice que acompanha todas as debêntures fechou o mês com leve alta de 0,32%.
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