Poupança vê ‘debandada’ de R$ 26,2 bilhões em janeiro, maior saque líquido em dois anos; veja o que pode ter motivado os resgates
O ano de 2024 também terminou com saques líquidos na poupança, desta vez no valor de R$ 15,467 bilhões. Alta de juros pode ser um dos fatores por trás do desempenho negativo

O maior saque líquido em dois anos: esse foi o recorde alcançado pela poupança em janeiro, quando brasileiros retiraram R$ 26,226 bilhões da caderneta.
A última vez que valores tão grandes haviam sido sacados da poupança foi em janeiro de 2023, quando as retiradas somaram R$ 33,631 bilhões.
SAIBA MAIS: Esta ação brasileira é uma boa pagadora de dividendos, está barata e pode se beneficiar de incentivos do governo Trump; veja a tese completa do papel
Segundo os dados divulgados pelo Banco Central, R$ 326,883 bilhões foram aplicados na poupança durante o primeiro mês do ano, enquanto R$ 353,109 bilhões foram sacados pelos brasileiros.
A surpresa negativa aparece logo após um dezembro com captação positiva de R$ 4,960 bilhões, possivelmente motivada pelo pagamento do 13º salário que acontece nos dois últimos meses do ano.
Considerando todo o ano de 2024, a caderneta registrou saída líquida de R$ 15,467 bilhões. Apesar de o número representar uma captação negativa da poupança, esse foi o melhor resultado anual desde 2020, quando houve depósitos líquidos de R$ 166 bilhões.
Leia Também
Dinheiro do ‘porquinho’ pode estar servindo para quitar dívidas
O mês de janeiro já é tradicionalmente conhecido pelo grande índice de contas para pagar. IPTU, IPVA e gastos com material escolar são alguns exemplos de despesas que podem ter contribuído para os fortes saques da poupança no começo do ano.
Mas um outro possível motivo para essa grande “debandada” da poupança, em janeiro, está relacionado ao endividamento das famílias brasileiras.
Segundo dados divulgados na última quinta-feira (6), a parcela de endividados e de inadimplentes caiu no primeiro mês do ano.
A fatia dos que se declararam endividados reduziu de 76,7%, em dezembro de 2024, para 76,1% em janeiro deste ano.
Os números fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
LEIA TAMBÉM: Como buscar lucros com FIIs em fevereiro? Analista recomenda ativo que pode pagar dividendos de 14% isentos de IR e está em ponto de entrada interessante
O estudo também mostra que a fatia do orçamento destinada a quitar crédito foi de 30% em janeiro. O índice não somente ficou acima de dezembro de 2024 (29,8%), como foi o maior desde maio de 2024.
Ou seja: os brasileiros podem ter tirado dinheiro do “porquinho” em janeiro para arcar com suas dívidas – e, consequentemente, o índice de endividados no país recuou no período.
Poupança vs. outros títulos da renda fixa
Vale lembrar, também, que as altas taxas de juros podem incentivar brasileiros a sacarem o dinheiro da caderneta para aplicar em outros produtos da renda fixa, como títulos do Tesouro Direto, que apresentam taxas de retorno mais atraentes neste cenário.
Atualmente, a caderneta rende a 0,5% ao mês somado à Taxa Referencial (TR), que tem se mantido próxima de zero. Com isso, o rendimento anual fica próximo de 6,17% ao ano.
Já o Tesouro Selic, por exemplo, tem um rendimento que acompanha a taxa básica de juros, atualmente em 13,25% ao ano.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da Reuters.
SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina
Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito
Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s
Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela
Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?
Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto
A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR
Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno
Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026
Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores
Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?
Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos
Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto
BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras
Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais
Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores
De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores
A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos
Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima
Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção
Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo
São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido
Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo
Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro
Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar
O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs
Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas
Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências
Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês
BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro
CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio
“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?
MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil
Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre
Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro
Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente
Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor