Putin não aguentou a pressão? Rússia diz que pode negociar a paz direto com a Ucrânia — mas mantém condições
Presidente russo sinaliza na direção do fim do conflito, mas não retira condições para o fim da guerra no leste da Europa

O cessar-fogo de Páscoa entre Rússia e Ucrânia pode ter aberto um caminho para conversas sobre o fim da guerra, ao menos no lado do presidente Vladimir Putin, que propôs nesta segunda-feira (21) negociações bilaterais com Kiev e disse estar aberto a outras pausas após uma trégua de 30 horas.
A “boa vontade” de Vladimir Putin acontece após pressão dos EUA para que as negociações de paz avançassem e vem na esteira da proposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para estender trégua em 30 dias para alvos civis.
A possibilidade de conversas bilaterais foi citada durante entrevista de Putin à TV estatal russa, na qual o líder russo diz que Moscou estava aberta a qualquer iniciativa de paz e esperava o mesmo de Kiev.
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"Tudo isso é assunto para estudo cuidadoso, talvez até bilateral. Não descartamos essa possibilidade", disse Putin, de acordo com a Reuters.
Mais tarde, a mensagem foi reforçada por um porta-voz do Kremlin, que confirmou a possibilidade de negociações diretas com a Ucrânia.
"Quando o presidente disse que era possível discutir a questão de não atingir alvos civis, inclusive bilateralmente, o presidente tinha em mente negociações e discussões com o lado ucraniano", disse Dmitry Peskov, de acordo com a agência de notícias Interfax.
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Empenho de Donald Trump para encerrar a guerra
O presidente dos EUA, Donald Trump, está empenhado em encerrar a guerra que já dura mais de três anos.
A esperança da Casa Branca era conseguir encerrar o conflito antes da Páscoa, o que não aconteceu. Mas Trump não desiste.
No mês passado, a Rússia rejeitou uma proposta dos EUA para um cessar-fogo total de 30 dias, que a Ucrânia havia aceitado.
Autoridades norte-americanas mantiveram conversas paralelas com ambos os lados na Arábia Saudita, mas concordaram apenas com pausas limitadas nos ataques a alvos energéticos, condição que ambos os lados se acusam de violar.
A ideia de Trump é congelar o avanço russo, proibir a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e aceitar a soberania da Rússia sobre os territórios anexados.
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O esforço mais recente para o fim do conflito veio na última sexta (18), quando os EUA indicaram que abandonariam completamente as negociações de paz na Ucrânia se as partes não fizessem mais progressos em poucos dias.
Nesta segunda-feira (21), Trump disse, sem fornecer detalhes, que um acordo entre russos e ucranianos seria anunciado nesta semana.
Rússia segue exigente para encerrar o conflito
A Rússia ainda não retirou da mesa nenhuma das suas condições para encerrar o conflito. Isso inclui a concessão, por parte da Ucrânia, dos territórios que Putin afirma ter anexado e a aceitação da neutralidade permanente.
A Ucrânia vê na aceitação dos termos uma rendição, que deixaria o país sem defesa caso Moscou ataque novamente.
Outro ponto crucial para o Kremlin é que Kiev não se torne parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ponto em comum com os EUA.
Segundo a Deutsche Welle, o enviado de Washington à Ucrânia, General Keith Kellogg, disse neste domingo (21) que a adesão à aliança militar ocidental estava "fora de questão" para Kiev.
Para Trump, a possível adesão da Ucrânia à aliança foi a causa da invasão russa. O porta-voz do governo russo expressou "satisfação" com o fato de a Casa Branca ter descartado a possível futura adesão da Ucrânia à Otan.
*Com informações de Reuters e Deutsche Welle
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