Weg (WEGE3) se junta à Nvidia e sofre com o ‘ChatGPT da China’: multinacional pode sobreviver ao DeepSeek? O JP Morgan tem a resposta
Um dia após ter o pior dia na bolsa desde outubro de 2023, a Weg aparentava ser mais uma vítima do ‘Chat GPT da China’ – não na opinião de analistas do JP Morgan
Nos escombros do bombardeio que atingiu as ações de tecnologia ontem (27), sobrou a Weg (WEGE3). Machucada, sim, pois fechou o pregão com queda de 8%, mas não totalmente derrotada. Pronta para ir à guerra de novo, mesmo que a nova rival – a inteligência artificial chinesa DeepSeek – tenha um arsenal bem robusto em mãos.
Após ter o pior dia na bolsa desde outubro de 2023, a multinacional brasileira aparentava ser mais uma vítima do “Chat GPT da China”, junto à Nvidia, à Microsoft, ao índice Nasdaq e diversos outros ativos ligados à IA.
Mas, na verdade, para o JP Morgan, essa não poderia ser uma oportunidade melhor para quem quer pôr as ações da “fábrica de bilionários” na carteira.
De forma mais clara: o banco continua recomendando os papéis e os investidores que visam o longo prazo devem aproveitar essa queda da Weg para pagar mais barato em uma ação que é tipicamente “cara”.
- SAIBA MAIS: Robô Gamma Quant foi turbinado para poder buscar R$ 1.179 de renda extra por dia, em média
Mas, afinal, por que a Weg tem o potencial de sobreviver a essa guerra de IA, se ela está diretamente ligada à produção de energia para essa tecnologia?
Weg não depende de uma tendência de mercado
Os analistas do JP Morgan resumem bem: "O potencial de crescimento da Weg não depende apenas da demanda por energia de IA, mas também do crescimento adicional na transmissão e distribuição de energia impulsionado por tendências de eletrificação, como veículos elétricos, automação, modernizações e otimizações da rede elétrica."
Leia Também
Nas contas da instituição, a linha de negócios relacionada à demanda energética de inteligência artificial não representa mais do que 10% das receitas da Weg atualmente.
Além disso, o JP também destaca que esta é uma tendência recente. O movimento mais longevo de transição para fontes de energia renováveis – onde a Weg assume um certo protagonismo – vai continuar em voga, independentemente das questões relacionadas à IA e data centers.
“Em nossa visão, os investimentos da Weg para expandir a produção de transformadores – dobrar a capacidade até 2027 – estão fortemente ligados a esse crescimento secular da demanda [por energias renováveis]”, escrevem.
Ainda nesse contexto, os analistas reforçam que, apesar de surfar em várias tendências, a Weg não é uma ação de “uma temática só”.
Por isso, mesmo que haja uma desaceleração no setor de inteligência artificial e menor demanda energética nos EUA para abastecer essa tecnologia, os analistas acreditam que isso não vai atrapalhar a tese de investimentos na multinacional.
Isso porque a Weg continua sendo uma empresa de alta qualidade, com modelo de negócios integrados e espaço para ganhar participação nos mercados internacionais – especialmente na parte de equipamentos industriais eletroeletrônicos, como motores, acionamentos, caixas de câmbio, etc.
O que joga a favor de WEGE3?
Para o banco norte-americano, a multinacional tem diversos fatores favoráveis para “dar a volta por cima” e se recuperar da queda sofrida ontem.
As projeções para o balanço do quarto trimestre de 2024, que será divulgado no dia 26 de fevereiro, são bem otimistas. Os analistas preveem que a companhia pode ter um dos melhores trimestres da história, devido à depreciação do real.
Além disso, a aquisição da americana Regal deve começar a dar frutos, com aumento da produção, que não está unicamente ligada aos data centers para IA.
Por fim, o JP projeta um crescimento consistente impulsionado pelo segmento de mobilidade verde (com estações de carregamento), pelos investimentos em saneamento no Brasil após a onda de privatizações, e pelos ganhos de participação de mercado no exterior, entre outros
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
