Vale (VALE3) anuncia investimento bilionário para expandir mineração de ferro e cobre no Pará, e Lula manda recado sobre dividendos
A previsão é que a produção de minério de ferro em Carajás chegue a 200 milhões de toneladas por ano em 2030
Com uma empresa do tamanho da Vale (VALE3), não é surpresa que os investimentos cheguem facilmente à casa dos bilhões. E assim será o novo projeto lançado nesta sexta-feira (14) pela mineradora.
Com a presença do presidente Lula, a companhia anunciou, em evento no Pará, o programa Novo Carajás, destinado à expansão da mineração de ferro e cobre nas áreas de exploração da Vale no município de Parauapebas.
Com previsão de investimento de R$ 70 bilhões deste ano até 2030, o programa busca sustentar o crescimento da produção de minério de ferro da Vale e também acelerar a expansão da produção de cobre, conforme projeções (guidances) divulgados pela empresa ao mercado.
O presidente Lula chegou no fim da tarde às instalações da Vale no Pará. Ele já tinha ido a Carajás em 2004, em seu primeiro mandato, para a inauguração de uma das minas da empresa na região.
Lula quer equilíbrio entre dividendos e investimentos
Durante o evento, Lula avaliou a atual relação do governo com a mineradora, defendendo um equilíbrio entre dividendos e investimentos, ressaltando que a mineradora precisava investir mais no país.
“É importante que a Vale leve em conta que ela tem que distribuir dividendos para os acionistas, mas é importante que leve em conta que tem que fazer investimento para crescer, para gerar emprego, e para gerar performance da Vale no mundo do minério, sobretudo agora com esses tais de minerais críticos”, disse.
Leia Também
Além do aceno ao governo com os aportes anunciados agora, a Vale quer garantir também uma posição de liderança na transição energética, uma vez que o cobre é cobiçado por ser usado em baterias elétricas e equipamentos de energia renovável.
Já os investimentos em minério de ferro vão atender à necessidade de reposição de minas em exaustão e à expansão de 20 milhões de toneladas na mina S11D, segundo pessoas próximas da companhia.]
VEJA MAIS: “Fim do Brasil 2.0”? Analista aponta 10 formas de gerar renda passiva diante do cenário turbulento
Nova etapa na Vale
A solenidade de ontem, portanto, pode ser o prenúncio de uma nova etapa nas relações da Vale com o governo. Há um ano, pressões do Planalto para emplacar o ex-ministro Guido Mantega como CEO da mineradora levaram tensão à companhia e a um racha dentro do seu conselho de administração.
O escolhido pelos acionistas, porém, foi Gustavo Pimenta, executivo que era diretor financeiro da mineradora. Desde então, a Vale conseguiu fechar dois acordos envolvendo o governo federal: a compensação pelo desastre de Mariana, com pagamento de R$ 100 bilhões (além de obrigações a fazer), e a revisão de valores da renovação antecipada de duas ferrovias (Vitória-Minas e Carajás), pelas quais vai desembolsar R$ 17 bilhões.
No fim do mês passado, o presidente teve um encontro com Pimenta, o novo CEO, no Palácio do Planalto. O executivo teria mostrado ao presidente os planos que foram apresentados ontem.
Ontem, na solenidade em Carajás, Lula disse que a gestão de Pimenta é uma oportunidade para desfazer uma separação entre os interesses da empresa e do Estado brasileiro. "O Estado também tem interesse que a Vale cresça", disse.
Segundo ele, houve "um fio desencapado" entre a companhia e alguns governos, mas que em sua gestão não haverá mais ruídos nessa relação.
As boas relações com o governo são cruciais para a mineradora, que depende de concessões e licenças federais — inclusive ambientais — para desenvolver minas e sistemas de logística, com ferrovias e terminais portuários.
Ainda na solenidade, Lula afirmou que, se depender do governo, a Vale será uma das maiores mineradoras do mundo, o que a empresa já é.
"Me ajuda Pimenta a fazer com que a Vale volte a ser a primeira empresa do mundo em mineração de ferro, de minerais críticos, em mineração do que quiser. E, sobretudo, a primeira do mundo no tratamento respeitoso ao povo que trabalha com vocês", disse o presidente.
CEO vê convergência de agenda com estado
O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou ontem, durante a cerimônia de lançamento do novo programa de investimentos, que a mineradora tem objetivos convergentes com os do país.
"A gente tem muita oportunidade de investimento e vê uma agenda muito convergente (com a do estado)", disse Pimenta.
Além de Lula, também estavam presentes o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
Depois de o presidente Lula dizer que quer a empresa de novo no topo do setor de mineração, Pimenta lembrou que em 2010 a Vale ocupava a segunda posição no mercado global de minério de ferro. "Hoje, estamos em 14.º, mas estou confiante de que vamos retomar a posição", disse o executivo.
Se colheu elogios do presidente Lula, Pimenta por outro lado foi cobrado pelo governador do Pará. Helder Barbalho cobrou da Vale a execução de uma obra ferroviária, um trecho de 480 quilômetros ligando Açailândia (MA) a Bacarena (PA), parte da expansão da Ferrovia Norte-Sul, considerado um eixo estratégico para a logística e o escoamento de cargas na região.
"Não temos um estudo no momento", respondeu Pimenta, acrescentando que sua gestão à frente da companhia, iniciada em 1º de outubro do ano passado, está acelerando agendas como a da expansão de produção de cobre. O projeto Novo Carajás aponta para a ampliação de 32% na produção do mineral.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Money Times
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk