Trump sobe o tom contra farmacêuticas e ameaça aplicar tarifas de 250%; confira os impactos e reações das empresas do setor
Além do novo tarifaço, as companhias do segmento também lidam com as políticas de preços de medicamentos de Trump

Enquanto os parceiros comerciais dos Estados Unidos empenham esforços de última hora para negociar as chamadas “tarifas recíprocas”, Donald Trump recarregou a sua metralhadora tarifária, mas o alvo agora é outro.
Em entrevista à CNBC, o presidente norte-americano voltou a afirmar que o setor farmacêutico será o próximo a sentir os impactos das taxações, o que ele vem prometendo desde abril.
O que surpreendeu foi o tamanho das tarifas planejadas por Trump. O republicano afirmou que os impostos sobre produtos farmacêuticos importados para os Estados Unidos podem chegar a 250%.
Trata-se da maior taxa que Trump já ameaçou até agora. Em julho, ele havia indicado tarifas de até 200%.
As ações das empresas do segmento reagiram ao anúncio majoritariamente em queda. Confira as cotações por volta das 11h40:
- Eli Lilly: -0,30% (bolsa de Nova York);
- Pfizer: +1,63% (bolsa de Nova York);
- Bristol-Myers: -1,01% (bolsa de Nova York);
- Merck: +0,90% (bolsa de Nova York);
- AstraZeneca: -1,14% (bolsa de Nova York);
- Novo Nordisk: −2,11% (bolsa de Nova York);
- Hypera: −1,43% (bolsa brasileira);
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Os plano de Trump para as farmacêuticas nos Estados Unidos
Durante entrevista, o presidente norte-americano relatou que, inicialmente, vai impor uma “pequena tarifa” sobre produtos farmacêuticos, mas não revelou qual seria a alíquota.
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Após um ano ou um ano e meio, no “máximo”, Trump disse que passará a aumentar a taxa, primeiro para 150% e, depois, para 250%.
O republicano não esconde seus objetivos com o tarifaço e seu alvo é um antigo rival: a China. Em abril, quando revelou que as empresas do setor também lidariam com novos impostos, Trump criticou a dependência internacional dos Estados Unidos.
“Companhias farmacêuticas estão em outros lugares, como China, não mais nos EUA. Não produzimos mais os nossos medicamentos”, afirmou na época.
Além disso, ainda em abril, Trump iniciou uma investigação sobre produtos farmacêuticos para averiguar o impacto das importações na segurança nacional.
Com as tarifas, o presidente busca pressionar as empresas a transferirem as operações de fabricação para os Estados Unidos. Isso porque, nas últimas décadas, a produção norte-americana de medicamentos diminuiu drasticamente.
Nesta terça-feira, Trump reiterou sua meta. “Queremos produtos farmacêuticos feitos em nosso país”, disse à CNBC.
O tiro de Trump pode sair pela culatra? Os impactos nas empresas do setor
Nenhum plano é perfeito, mas o de Trump pode ter furos que trarão graves problemas para o público norte-americano.
As farmacêuticas afirmaram que as taxas planejadas podem elevar os custos, impedir investimentos no país e interromper a cadeia de suprimentos de medicamentos, colocando pacientes em risco.
Vale lembrar que as empresas do setor já estão lidando com as consequências das políticas de preços de medicamentos de Trump.
Em maio, o presidente norte-americano reviveu a política “da nação mais favorecida”, a qual vincula o valor pago pelos Estados Unidos ao menor preço pago por outros países.
Segundo as companhias, a medida ameaça os resultados financeiros e a capacidade de investir em pesquisa e desenvolvimento.
Durante entrevista desta terça-feira, Trump voltou a comentar sobre a política e disse que a decisão terá um “impacto enorme no preço dos medicamentos”.
*Com informações da CNBC.
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