Santander Brasil (SANB11) tem lucro de R$ 13,8 bilhões em 2024; resultado do 4T24 fica acima das projeções
Um dos destaques do resultado foi a rentabilidade. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) encerrou o trimestre na marca de 17,6%

O Santander Brasil (SANB11) deixou claro que cansou de ficar para trás na corrida dos balanços dos bancões — e, após largar na frente na agenda de resultados do quarto trimestre de 2024, acaba de dar mais um passo concreto em direção à recuperação.
O banco anunciou nesta quarta-feira (5) um lucro líquido recorrente de R$ 3,85 bilhões entre outubro e dezembro de 2024. A cifra corresponde a um aumento de 74,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 5,2% contra o trimestre passado.
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O montante também veio acima das expectativas do mercado, que previa um lucro médio de R$ 3,720 bilhões para os últimos três meses de 2024, segundo estimativas compiladas pela Bloomberg.
No ano como um todo, o lucro da unidade brasileira do Santander atingiu R$ 13,87 bilhões, o que representa um avanço de 47,8% em relação a 2023.
O ganho de rentabilidade também chama a atenção. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) atingiu a marca de 17,6% no quarto trimestre — também acima das projeções, de 16,6%.
“Ao longo dos últimos três anos, evoluímos na construção de um balanço mais sólido, com maior previsibilidade e rentabilidade sustentável. Temos uma visão consistente, de longo prazo, e uma estratégia clara para crescer e apoiar nossos clientes em qualquer tipo de cenário", disse Mario Leão, CEO do Santander Brasil, em nota.
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Vale destacar que a divisão brasileira do banco espanhol vem em trajetória de recomposição da rentabilidade desde que atingiu a pior fase no fim de 2022, a 8,3%, após o calote decorrente da fraude contábil multibilionária da Americanas (AMER3).
Santander (SANB11): crédito, inadimplência e provisões
Outra surpresa no balanço do Santander (SANB11) veio da margem financeira, que considera a receita com crédito menos os custos de captação. O indicador subiu 16% em relação aos últimos 12 meses, para R$ 15,97 bilhões.
O desempenho foi puxado pela margem com clientes, que subiu 13,7% no comparativo anual, para R$ 15,78 bilhões no fim do quarto trimestre de 2024.
Enquanto isso, a margem financeira com o mercado — indicador que reflete a remuneração do banco com as operações de tesouraria — reverteu a cifra negativa vista no quarto trimestre de 2023, mas caiu 39,1% no comparativo trimestral, chegando a R$ 198 milhões.
A cifra foi impactada por um resultado menor em tesouraria e pela alta de juros no país.
A alta da Selic e a expectativa de desaceleração da economia levaram o Santander a adotar uma postura mais defensiva no último trimestre, com foco na concessão de créditos de menor risco.
A carteira de crédito ampliada do banco cresceu 6,2% em comparação com igual intervalo de 2023 e 2,9% no trimestre, para R$ 682,69 bilhões.
A alta foi impulsionada pela aceleração do crédito para pequenas e médias empresas, financiamento ao consumo e pessoa física.
Segundo o banco, a estratégia deste trimestre foi de disciplina na alocação de capital, priorizando a atuação em linhas de maior rentabilidade e boa qualidade de ativos.
Essa combinação manteve controlados os níveis de inadimplência (NPLs) do Santander. O índice de devedores acima de 90 dias se manteve estável, com leve alta de 0,1 ponto porcentual contra o quarto trimestre de 2023 e estabilidade na base trimestral, a 3,2%.
Por sua vez, as provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 0,5 ponto percentual no comparativo anual, para R$ 5,93 bilhões em perdas previstas no crédito ao fim do quarto trimestre de 2024.
Os destaques do balanço do bancão no 4T24
Outro destaque do balanço do Santander (SANB11) no quarto trimestre de 2024 veio das receitas operacionais.
A cobrança de tarifas gerou ao banco um total de R$ 5,51 bilhões no período, correspondente a um avanço de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Enquanto isso, o controle de custos também continuou em foco ao longo do último trimestre. As despesas subiram 2,8% no comparativo anual, encerrando o mês de dezembro na casa de R$ 6,8 bilhões.
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