Sabesp (SBSP3) assume controle da Emae em negócio de R$ 1,1 bilhão envolvendo Eletrobras (ELET3) e Phoenix; entenda a operação
Segundo a ex-estatal paulista, a operação reforça a sinergia entre os negócios de água e energia; para Eletrobras é mais um passo rumo à simplificação

A Sabesp (SBSP3) anunciou na manhã deste domingo (5) a aquisição de 70,1% do capital da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), em um negócio de cerca de R$ 1,1 bilhão.
A venda foi dividida em duas frentes. De um lado, a Eletrobras (ELET3) vendeu toda a sua participação de 66,8% na companhia — equivalente a 14.856.900 ações preferenciais — por R$ 32,07 cada, totalizando R$ 476,5 milhões. O restante veio da Phoenix Água e Energia, que se desfez de sua fatia de 74,9% das ações ordinárias (equivalente a 30,29% do capital) usadas como garantia de uma emissão de debêntures, das quais a Vórtx é agente fiduciário.
Segundo comunicado da Emae, publicado nesta tarde, houve o vencimento antecipado desses títulos, o que levou a Vórtx a notificar oficialmente a empresa.
A companhia destacou ainda que não participou das negociações nem integrou os contratos firmados entre Sabesp e Eletrobras, limitando-se às informações já divulgadas oficialmente por essas empresas e pela imprensa. As operações da Emae seguem normalmente, e a administração informou ter buscado contato com a Phoenix para obter mais detalhes.
As transações ainda dependem da aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Para detalhar a operação, a Sabesp convocou uma teleconferência com investidores na próxima segunda-feira (6), às 10h (horário de Brasília).
A Emae informou ao mercado que não participou das negociações.
Leia Também
- SAIBA MAIS: Descubra o que os especialistas do BTG estão indicando agora: O Seu Dinheiro reuniu os principais relatórios em uma curadoria gratuita para você
Por que a Sabesp resolveu comprar a fatia na Emae?
Primeira estatal privatizada pelo governador Tarcísio de Freitas e remanescente da Eletropaulo, a Emae nasceu com a antiga Light em meio ao contexto de retificação do Rio Pinheiros e do aproveitamento das águas da bacia do Alto Tietê para geração de energia, iniciativas que impulsionaram o desenvolvimento de São Paulo.
Durante o processo de privatização, a empresa recebeu propostas de diferentes interessados, entre eles a francesa EDF e a Matrix. No entanto, quem levou a melhor foi o Fundo Phoenix, que tem o empresário Nelson Tanure como cotista.
Sua atuação envolve tanto a operação de represas fundamentais para o abastecimento de água em São Paulo — como Billings e Guarapiranga — quanto a geração de energia elétrica. Entre os principais ativos está a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão, com quase 900 MW de potência instalada, além de pequenas centrais hidrelétricas e termelétricas que asseguram fluxo de caixa estável por meio de contratos de longo prazo indexados à inflação.
Na avaliação da ex-estatal paulista, a aquisição é um marco estratégico em duas frentes: a integração dos sistemas Guarapiranga e Billings deve garantir maior segurança hídrica à região metropolitana de São Paulo, enquanto o portfólio de ativos elétricos da Emae — sustentado por contratos de longo prazo indexados à inflação — assegura estabilidade financeira e geração de valor.
A Sabesp destacou que a operação reforça a sinergia entre os negócios de água e energia, em um momento de desafios climáticos e demanda crescente por serviços essenciais.
Para a Eletrobras, a operação reforça o compromisso da Eletrobras com a simplificação de sua estrutura e eficiência na alocação de capital conforme previsto em seu Plano Estratégico.
Veja também - Onde investir em outubro: recomendações em ações, FIIs, dividendos e mais
No olho do furacão, Braskem (BRKM5) reforça caixa com saque de US$ 1 bilhão em linha de crédito
A petroquímica tenta ganhar tempo com reforço, que leva o caixa da empresa a US$ 2,3 bilhões
Tchau, B3: Tekno (TKNO4) recebe a permissão que faltava para se despedir da bolsa — depois de quase meio século listada
A companhia recebeu o aval do Cade para a venda de 89,69% do capital social para a Dânica, controlada pela ArcelorMittal Brasil. a compradora realizará oferta pública de aquisição para os minoritários
Berkshire Hathaway compra petroquímica por quase US$ 10 bilhões, mas já não cita Warren Buffett em comunicado
OxyCem, empresa comprada pela Berkshire Hathaway, é uma divisão petroquímica da Occidental Petroleum e fabrica produtos para tratamento de água, reciclagem, entre outros
Embraer (EMBR3) divulga dados de entrega no terceiro trimestre e ações reagem na bolsa
Em comunicado ao mercado, a fabricante de aeronaves brasileira informou que entregou 62 aviões entre julho e setembro, sendo 20 jatos comerciais, 41 executivos e uma aeronave de defesa
CVM manda a Marisa (AMAR3) refazer os balanços dos últimos 3 anos — e ações caem 4% na B3
CVM determinou que a varejista de moda refizesse as demonstrações financeiras anuais de 2022 a 2024 e os formulários trimestrais até 2025
A Ambipar (AMBP3) não vai parar de cair? Ações derretem quase 60% enquanto mercado tenta rastrear onde está o caixa da empresa
Enquanto tenta reestruturar as finanças em crise sem recorrer à recuperação judicial, a Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado
Minerva (BEEF3) sob a lupa de BTG, XP e BofA: analistas avaliam “janela de oportunidade” descrita pelo CEO, mas mantêm cautela
Bancos citam expansão em novos mercados e potencial de desalavancagem, mas alertam para riscos para o fluxo de caixa livre
Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília
SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo
Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis
Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)
A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals
OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais
Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações
Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar
Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados
‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas
Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade
Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás
Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso
Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco
De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq
Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York
Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?
Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos
Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?
Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação
Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição
A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico
Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires
Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país