🔴TRÊS ROBÔS CRIADOS A PARTIR DE IA “TRABALHANDO” EM BUSCA DE GANHOS DIÁRIOS – ENTENDA AQUI

Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

AFOGADOS SEM LANTERNA

Quando bilhões viram pó: as ex-gigantes que hoje negociam abaixo de R$ 1 na bolsa. Como elas viraram penny stock?

Oi, Azul, PDG Realty e outras empresas carregam hoje o título desonroso de Penny Stock, mas outrora foram enormes. Veja a lista completa e entenda o que aconteceu

Bia Azevedo
Bia Azevedo
25 de agosto de 2025
17:18
Gráfico de queda vermelho diante de um farol de mar turbulento
Imagem: Montagem Seu Dinheiro

Se não há males que durem para sempre, o mesmo serve para a bonança — e essa realidade pode ser especialmente cruel na bolsa de valores. É o caso de algumas empresas que um dia chegaram a valer bilhões e hoje veem seus papéis negociados por alguns centavos. Essas ações, que valem menos de R$ 1, são as chamadas penny stock.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Talvez um dos casos mais emblemáticos que se encaixam nessa descrição é a Oi (OIBR3), que no seu auge chegou a valer R$ 16,7 bilhões e, nesta segunda-feira (25), vê suas ações negociadas a R$ 0,59 — mesmo depois, vale ressaltar, de alguns grupamentos e ultimatos da B3 sobre o preço dos papéis. O valor de mercado atual é de cerca de R$ 200 milhões. 

Isso significa que o tamanho dela hoje é o equivalente a cerca de 1% do que outrora já foi. Quase 84 vezes menor.

A PDG Realty (PDGR3) também faz parte da lista das que um dia foram gigantes, mas hoje poucos centavos são o suficiente para comprar os papéis. No seu pico, a incorporadora chegou a ser avaliada em mais de R$ 11 bilhões, e hoje suas ações negociam a R$ 0,20 — com valor de mercado de R$ 328 milhões, segundo dados do TradeMap.

Para você ter uma noção, o valor da empresa encolheu 33,5 vezes. Ou seja, ela diminuiu para aproximadamente 3% do seu tamanho original.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em seus dias de glória, a Infracommerce (IFCM3), que faz operação de e-commerce para grandes empresas, já superou os R$ 5 bilhões, de acordo com dados do TradeMap, mas agora está avaliada em menos de R$ 40 milhões, com papéis a R$ 0,44.

Leia Também

A Sequoia (SEQL3) é outra. A companhia de logística já chegou a valer quase R$ 4 bilhões, mas hoje não passa dos R$ 50 milhões, com papéis a R$ 0,97 nesta segunda-feira (25).

A Viveo (VVEO3) e a Multilaser (MLAS3) também fazem parte da lista. Negociadas abaixo de R$ 1 na B3 nesta segunda-feira (25), as duas já foram avaliadas em R$ 6,4 bilhões e R$ R$ 9 bilhões, respectivamente, segundo dados do TradeMap.

Mais recentemente, a Azul (AZUL4) também entrou nesse elenco. Em seu ponto de cruzeiro, a aérea chegou a valer mais de R$ 27 bilhões, mas hoje não chega a 2% disso, a cerca de R$ 530 milhões. É como se o avião fizesse um pouso de emergência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que aconteceu para essas ações virarem penny stock? 

Começando pelos cumprimentos iniciais, Oi. Com dívidas de R$ 65 bilhões, a companhia entrou com o maior pedido de recuperação judicial do país em 2016. Esse problema começou a escalonar em 2013, com a fusão com a Portugal Telecom, que tinha a intenção de criar uma gigante internacional.

No entanto, virou um pesadelo. Logo depois da operação, a Oi descobriu que a Portugal Telecom havia feito um investimento bilionário em títulos de dívida de uma holding do Grupo Espírito Santo, que acabou falindo.

A Oi foi forçada a absorver esse prejuízo, um golpe do qual ela nunca se recuperou. A companhia chegou a sair da primeira RJ em dezembro de 2022, com uma dívida reduzida para cerca de R$ 22 bilhões. 

No entanto, a empresa enfrentou novos desafios financeiros e, poucos meses depois, em março de 2023, entrou com um segundo pedido de recuperação judicial. A dívida declarada foi de mais de R$ 43 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PDG Realty

Na década de 2000, a PDG Realty alcançou o posto de maior incorporadora do Brasil, superando concorrentes tradicionais. Seu crescimento foi rápido, marcado pela compra de várias construtoras e pelo lançamento de inúmeros projetos. No entanto, para sustentar essa estratégia de expansão, a empresa acabou recorrendo a um endividamento bilionário.

A crise econômica que atingiu o Brasil no governo Dilma foi muito dura para a PDG. Com a alta do desemprego e a redução do crédito, o mercado imobiliário esfriou. Isso gerou grande volume de distratos, rescisões de contratos de compra de imóveis na planta.

Com as obras paradas, a companhia perdeu a sua principal fonte de receita (o dinheiro pago pelos clientes ao longo da construção), agravando ainda mais o seu endividamento. Em 2017, a empresa entrou com o seu primeiro pedido de recuperação judicial, com uma dívida de cerca de R$ 7,7 bilhões.

Azul

A crise da Azul pode ser explicada pela dura realidade do setor aéreo: despesas em dólar e receitas em real. Enquanto a companhia recebe o dinheiro das passagens na nossa moeda, querosene de aviação, leasing e outros contratos são feitos na divisa norte-americana. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, qualquer susto no mercado que faça a moeda americana disparar, a conta não fecha. Com a moeda americana em patamar elevado, as despesas dispararam e pressionaram o caixa. Assim, a companhia acumulou passivos bilionários que a levaram a buscar o Chapter 11 (lei de recuperação judicial nos EUA), em maio deste ano.

Você pode entender melhor nesta matéria do Seu Dinheiro

Infracommerce, Sequoia, Viveo e Multilaser

O grupo fez parte das empresas no pacotão de tecnologia que conseguiram embarcar na janela de IPOs aberta em meados de 2021, quando a taxa de juros estava em um patamar historicamente irrisório para o Brasil, a 2% ao ano.

Nessa toada, um grupo bem heterogêneo de companhias acabou embarcando no oba-oba do “dinheiro grátis”: empresas de e-commerce, tecnologia da informação, telecomunicações, sistemas de processamento de dados e muitas outras. Em linhas gerais, todas compartilhavam a mesma tese de investimento: a perspectiva de forte crescimento nos próximos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pegando carona no apelo das 'big techs' americanas (como Amazon, Facebook, Google e Microsoft), essas estreantes foram bem recebidas pelos investidores, subiram no pós-IPO e passaram a investir pesado no crescimento, acumulando dívidas. 

Mas logo o cenário macro virou, com a Selic saltando para 9% ao fim daquele ano, afundando o valor de mercado dessas companhias. Trazidos a valor presente por esta taxa de juros maior, seus retornos projetados para futuro minguaram.

Assim, as empresas perderam a boa vontade dos investidores e acumularam dívidas graças à taxa básica galopante. Elas tiveram que mudar a estratégia, deixando o crescimento de lado para focar em rentabilidade e sustentabilidade do negócio.

Saiba mais detalhes nesta matéria do Seu Dinheiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um pouquinho acima de R$ 1

Além das empresas citadas, existe um outro grupo de companhias que estão a alguns centavos de atender aos critérios desta lista. Outrora bilionárias, hoje elas sofrem na bolsa.

A Espaçolaser (ESPA3), por exemplo, parece ter sido exterminada a… laser, sempre no limiar para ser considerada uma penny. O caso da companhia se enquadra na mesma categoria de Infracommerce, Sequoia, Viveo e Multilaser — fora que a competição para os serviços oferecidos de depilação a laser que a empresa oferece aumentou muito.

Nesta segunda-feira (25), por exemplo, os papéis são negociados a exatamente R$ 1,13. A empresa está valendo R$ 990 milhões na bolsa, uma sombra dos mais de R$ 5 bilhões que a rede já conseguiu atingir, de acordo com informações do TradeMap.

Outra ação da qual o mercado enjoou foi a Enjoei (ENJU3), que também fica a um dedinho de se tornar penny. Ela, que já bateu os R$ 2,49 bilhões hoje vale cerca de R$ 205 milhões, com ações a precisamente R$ 1, nesta segunda-feira (25). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além delas, se encaixam na descrição de ex-bilionárias: Marisa (AMAR3) e Toky (TOKY3), antiga Mobly.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE OLHO NO ‘NOVO PRÉ-SAL’

Petrobras (PETR4) e Ibama testam capacidade de resposta a incidentes na Margem Equatorial; entenda por que isso importa

25 de agosto de 2025 - 12:10

Apesar de ser vista como a nova fronteira de exploração de petróleo, a proximidade de ecossistemas sensíveis na Margem Equatorial gera preocupações

PINGANDO NA CONTA

JBS (JBSS3) aprova distribuição de R$ 820 milhões em dividendos intercalares para a JBS NV

25 de agosto de 2025 - 11:48

Os recursos serão direcionados para a holding que abriu capital nos Estados Unidos recentemente, segundo informa a própria companhia

RECALIBRANDO A CARTEIRA

Fundo imobiliário que integra o TRX Real Estate (TRXF11) vende mais um imóvel alugado pelo Assaí; entenda os impactos para os cotistas

25 de agosto de 2025 - 10:51

No fim de maio, o fundo já havia anunciado a alienação de um outro ativo, que estava sendo alugado pela varejista, por R$ 69 milhões

DINHEIRO NA CONTA

BB Seguridade (BBSE3), Itaúsa (ITSA4) e mais: 8 empresas pagam dividendos e JCP nesta semana; confira

25 de agosto de 2025 - 10:31

Oito companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas nesta última semana de agosto

DANÇA DAS CADEIRAS

Mudanças à vista no alto escalão do GPA (PCAR3): família Coelho Diniz eleva participação e pede eleição de novo conselho

25 de agosto de 2025 - 9:18

O objetivo da família é tornar a representatividade no conselho proporcional à atual participação societária, segundo comunicado ao mercado

DOCE NEGÓCIO

Com nova fábrica, marca de chocolates Dengo escala apoio a produtores de cacau da BA e caminha para o lucro

24 de agosto de 2025 - 15:06

A empresa está investindo R$ 100 milhões na segunda unidade de produção em Itapecerica da Serra (SP) e vai quintuplicar a capacidade de abrir lojas a partir de 2026

EM RESPOSTA

BB denuncia vídeo de Eduardo Bolsonaro por fake news e pede ação da AGU contra corrida bancária

24 de agosto de 2025 - 14:04

Segundo ofício encaminhado pelo banco, os ataques nas redes sociais começaram na última terça-feira (19)

‘NOVO PRÉ-SAL’

Petrobras e Ibama testam capacidade de resposta a incidentes na Foz do Amazonas

24 de agosto de 2025 - 12:06

Atividade é a última antes de concessão de licença ambiental para exploração de petróleo

NOSTALGIA

Que fim levou o Kichute, a mistura de tênis e chuteira que marcou época nos pés dos brasileiros?

24 de agosto de 2025 - 9:00

Símbolo da infância de gerações, o tênis da Alpargatas chegou a vender milhões de pares nos anos 1970, mas acabou perdendo espaço com a chegada das marcas internacionais

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Banco do Brasil (BBAS3) quer ser o maior player no mercado de carbono no país, do projeto à certificação

24 de agosto de 2025 - 7:03

Para o VP de Sustentabilidade do BB, José Ricardo Sasseron, a forte relação com o agronegócio, a capilaridade do banco e seus mais de 200 anos de história podem ajudar nessa empreitada

SUPER EM ALTA

Intel tem semana para ninguém botar defeito: depois do Softbank, governo dos EUA confirma participação na companhia

23 de agosto de 2025 - 17:09

O cenário de mercado, no entanto, tem sido desafiador para a gigante dos microprocessadores. Em 2024, as ações da Intel desabaram 60%

DISPUTA NO E-COMMERCE

Na guerra com Mercado Livre, Shopee anuncia redução no prazo de entrega para BH, Rio e mais de 75 cidades

23 de agosto de 2025 - 17:06

Na Grande São Paulo, uma em cada quatro encomendas foi entregue até o dia seguinte, enquanto 40% chegaram em até dois dias

LUZ NA PASSARELA

Chegou chegando: H&M abre primeira loja no Brasil neste sábado (23); saiba mais sobre a marca e qual a média dos preços

23 de agosto de 2025 - 16:05

Varejista de moda sueca deve trazer mais concorrência para nomes como C&A, Renner e Riachuelo

REBAIXAMENTO

Mais uma notícia negativa no front da Braskem (BRKM5), e desta vez veio da agência de rating S&P

23 de agosto de 2025 - 12:15

Em comunicado divulgado ao mercado, a empresa reforçou “o seu compromisso com a sua higidez financeira”

CELULARES 2025

iPhone 16 é o celular mais vendido no Brasil em 2025 — e talvez fique para trás em breve

23 de agosto de 2025 - 11:00

O celular mais vendido do país combina desempenho e durabilidade, mas custa caro

FASE DIFÍCIL

Banco do Brasil (BBAS3) critica campanha de difamação nas redes sociais e diz que tomará providências legais

23 de agosto de 2025 - 10:04

Banco citou “publicações inverídicas e maliciosas” para gerar pânico e prejudicar o banco

É HORA DE COMPRAR?

Dividendos bilionários mantêm otimismo do UBS BB com a Petrobras (PETR4); confira qual é a cifra esperada pelo banco

22 de agosto de 2025 - 18:01

Segundo o banco suíço, a produção da estatal deve crescer cerca de 20% entre 2024 e 2028, bem acima dos seus pares europeus e latino-americanos

BARRADO NO BAILE

Vorcaro fora do jogo: BRB confirma que dono do Banco Master não fará parte da gestão do possível conglomerado

22 de agosto de 2025 - 16:30

O potencial acordo de acionistas dos bancos estabelece a formação de um novo grupo de controle, sem a participação dos atuais controladores

SEU MOTORISTA ESTÁ SE APROXIMANDO

Conheça a Nuro, startup de veículos autônomos avaliada em US$ 6 bi e que atraiu Nvidia e Uber como sócios

22 de agosto de 2025 - 14:01

Empresa de robôs de entrega passou a licenciar sua tecnologia de inteligência artificial para uso em robotáxis, frotas comerciais e veículos pessoais

TRANSAÇÃO ENROLADA

Nelson Tanure perde exclusividade na Braskem (BRKM5), mas continua negociando compra do controle — com uma condição crítica

22 de agosto de 2025 - 10:13

Uma fonte no Fundo Petroquímica Verde, de Tanure, revelou ao Seu Dinheiro que a transação com a petroquímica só irá para frente se um problema for resolvido

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar