‘Poucos conseguem competir com a SpaceX’: sem lucro desde 2018, Boeing pode precisar vender alguns negócios, dizem analistas
Em crise, companhia já prevê prejuízo no balanço do quarto trimestre de 2024; para especialistas, foco deveria ser na fabricação de aeronaves
Desde o primeiro acidente fatal com seu modelo 737 MAX em 2018, a fabricante de aeronaves Boeing vem passando por uma prolongada crise e, desde então, não registra lucros anuais. Apenas no ano passado, a ação, negociada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), caiu 30%.
Para a próxima temporada de resultados, as perspectivas da companhia também não são animadoras. A Boeing já alertou o mercado que prevê um prejuízo de US$ 4 bilhões para o quarto trimestre de 2024.
Como sair dessa zona de turbulência? Alguns analistas consultados pelo site de finanças e investimentos Market Watch têm a resposta: é hora de a Boeing abdicar de algumas linhas de negócios e focar naquilo que ela faz melhor, a fabricação de aeronaves.
- VEJA TAMBÉM: O que esperar do cenário internacional em 2025 com o novo mandato de Trump? Analistas dizem onde investir agora – confira as recomendações neste e-book gratuito
Esta não é uma ideia completamente nova.
Em outubro do ano passado, o The Wall Street Journal reportou que a empresa estava negociando a venda de uma parte do negócio de exploração espacial – incluindo a problemática nave espacial Starliner e as operações de suporte à Estação Espacial Internacional.
Menos é mais
O próprio CEO da Boeing, Kelly Ortberg, parece estar ciente de que, às vezes, “menos é mais”.
Leia Também
Em uma teleconferência com analistas em outubro, o executivo reforçou que o core business (negócio principal) da companhia consistia na fabricação de aeronaves comerciais e sistemas de defesa, e que seriam estas verticais que perdurariam no longo prazo.
- Atualmente, a Boeing e a francesa Airbus são as principais fabricantes aéreas do mundo e vivem em um cenário de duopólio. A norte-americana tem um backlog (pedidos realizados, mas ainda não entregues) de 5.595 jatos comerciais.
Ortberg ainda acrescentou que alguns elementos “marginais” poderiam distrair a Boeing do objetivo principal e que a empresa estaria melhor “fazendo menos e fazendo melhor” do que “fazendo mais e não fazendo bem”.
Esta visão é corroborada por analistas, que acreditam que a Boeing poderia tirar o máximo de proveito de suas vantagens competitivas, ao focar no negócio principal.
Os investidores querem que a Boeing se concentre em fabricar aviões comerciais, gerar caixa e reconquistar participação de mercado em relação à Airbus para fortalecer o balanço financeiro, comenta Gautam Khanna, analista da TD Securities. “Assim, você não terá a crise persistente que enfrentamos nos últimos anos”, comenta.
Ainda mais em um contexto no qual concorrentes de peso estão conquistando espaço no mercado.
‘Poucas empresas conseguem competir com a SpaceX’
Tudo se resume a uma pergunta: os executivos da Boeing querem dedicar tempo, energia e dinheiro para competir em áreas que não são o core business da companhia?
Tony Bancroft, gestor da nova-iorquina Gabelli Funds, relembra que a entrada de players como a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos, elevaram a competitividade expressivamente na indústria aeroespacial.
"A Boeing foi líder no passado, mas o mundo evoluiu, e empresas privadas surgiram. Talvez eu esteja errado, mas poucas empresas podem competir com a SpaceX", afirmou Bancroft.
Além disso, há outro fator a se considerar: a dificuldade de encontrar o tipo de profissional altamente especializado que é capaz de atuar nesse campo. “Você não encontra um engenheiro de foguetes andando na rua”, diz o gestor.
Para a venda desta linha de negócio, a Boeing ainda precisaria lidar com as obrigações contratuais que tem com a NASA.
Outro segmento que pode ser atrativo para a venda é o de lançamento de satélites, na joint venture com a Lockheed Martin. No entanto, esta área também sofre com a mesma “pedra no sapato” que é o aumento da participação de mercado da SpaceX.
Em resposta ao Market Watch, a Boeing afirmou que não iria comentar sobre especulações do mercado.
* Com informações do Market Watch e da Reuters.
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
