Boeing prevê prejuízo bilionário após ano de turbulências; entenda o que dificulta a decolagem da companhia
A Boeing vem enfrentando uma crise financeira – e de imagem – desde um acidente aéreo em 2018, quando passou a reportar resultados negativos

Se a Boeing pudesse ser resumida em um voo, os acionistas estariam ouvindo a seguinte mensagem: “Senhoras e senhores, estamos em área de turbulência. Por favor, certifiquem-se de que seus cintos de segurança estão afivelados”.
Em vez disso, o que os investidores estão escutando são as projeções da companhia sobre os resultados do quarto trimestre de 2024 – e o anúncio também vai exigir que os cintos sejam apertados.
Isso porque a Boeing afirmou que prevê um prejuízo de US$ 4 bilhões, o que é um montante maior do que o mercado vinha esperando.
A empresa disse ainda que espera registrar um prejuízo de US$ 5,46 por ação durante o período. A Boeing também prevê uma receita de US$ 15,2 bilhões no quarto trimestre.
O anúncio vem impactando o desempenho das ações na bolsa de Nova York. Por volta de 10h50 (horário de Brasília), os papéis da Boeing caíam 1,41% no pré-mercado.
Tempestades ao redor da Boeing
Apesar da má notícia, não é uma grande surpresa. Das janelas do avião, é possível ver uma tempestade – que vem rondando a Boeing há algum tempo.
Leia Também
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
A empresa não registra lucro anual desde 2018, quando um acidente com um aeronave 737 Max impediu que a companhia alcançasse maiores altitudes.
Em 2019, um outro acidente similar com o mesmo modelo levou à paralisação global da produção da aeronave por mais de um ano. Os dois acidentes da Boeing mataram um total de 346 pessoas.
Desde então, a companhia vem enfrentando uma crise financeira – e de imagem.
Em 2023, a empresa também chegou a reportar resultados negativos. Segundo balanço do quarto trimestre daquele ano, a Boeing teve um prejuízo líquido de US$ 0,04 por ação e registrou receita de US$ 22,02 bilhões.
- LEIA TAMBÉM: Zona de turbulência: 5 fatores que levaram a Boeing ao prejuízo de US$ 6,17 bilhões no 3T24
Um ano de crise: o peso de 2024
Já em 2024, com a crise ainda no radar, a Boeing enfrentou acusações de fraude e uma paralisação que durou quase dois meses.
Em junho, promotores dos Estados Unidos emitiram uma recomendação ao Departamento de Justiça (DOJ) para que o órgão apresentasse acusações criminais contra a companhia.
A alegação era a de que a companhia havia violado os termos de um acordo realizado em 2021, que protegia a empresa de acusações de fraude após os acidentes fatais com o modelo 737 Max.
Já em setembro, os funcionários da Boeing entraram em greve pela primeira vez em 16 anos. A paralisação foi avaliada como a mais cara dos Estados Unidos, segundo o Anderson Economic Group.
De acordo com a empresa, o acordo com a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM, na sigla em inglês) para o fim da greve e despesas de programas no setor de Defesa, Espaço e Segurança pesaram nas contas da Boeing.
Segundo o anúncio das projeções para o quarto trimestre de 2024, a empresa estima que levantou mais de US$ 20 bilhões no período para aumentar a liquidez durante as crises. Ela ainda estima ter “queimado” US$ 3,5 bilhões durante o último trimestre.
Em nota, Kelly Ortberg, CEO da fabricante de aeronaves, também se pronunciou.
"Embora enfrentemos desafios de curto prazo, tomamos medidas importantes para estabilizar nossos negócios durante o trimestre, incluindo chegar a um acordo com nossos colegas de equipe representados pela IAM e conduzir um aumento de capital bem-sucedido para melhorar nosso balanço patrimonial", disse Ortberg.
*Com informações do Yahoo!Finance e CNBC
Dados de clientes da Centauro são expostos, em mais um caso de falha em sistemas de cibersegurança
Nos últimos 10 meses, foram reportados ao menos 5 grandes vazamentos de dados de clientes de empresas de varejo e de instituições financeiras
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.