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Patrick Fuentes

Patrick Fuentes

Jornalista formado pela ECA-USP, foi repórter de Economia na Folha de S.Paulo e na CNN Brasil. Atualmente, atua na cobertura de empresas no Seu Dinheiro.

SINAL FECHADO

Por que as ações da Localiza e Movida despencaram na B3 — spoiler: tem a ver com o governo

Medida do governo pode impactar negativamente as locadoras de veículos, especialmente no valor dos seminovos

Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3)
Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3) - Imagem: Divulgação/Canva Pro/Montagem Seu Dinheiro

As ações de Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3) estiveram entre as maiores quedas da B3 nesta quinta-feira (26) diante da expectativa do mercado sobre o lançamento de dois novos programas federais voltados para o setor automotivo.

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RENT3 encerrou o pregão com uma queda de 7,23%, a R$ 40,03, liderando as perdas do Ibovespa, enquanto a MOVI3 recuou 13,89%, a R$ 7,50, registrando a terceira maior queda de toda a bolsa.

O motivo da queda está ligado à expectativa sobre a antecipação de medidas do governo para reduzir o preço dos carros novos e incentivar a produção de veículos com menor emissão de poluentes, por meio dos programas “IPI Verde” e “Carro Sustentável”, que devem ser anunciados oficialmente na próxima semana, conforme informações do Valor Econômico.

Para UBS BB, Itaú BBA e BTG Pactual, a novidade pode ter um impacto negativo nas empresas de aluguel de veículos, como Localiza e Movida.

O que preocupa o mercado em relação às locadoras de veículos?

De acordo com o jornal, o IPI Verde será um novo sistema de tributação para o setor automotivo, que beneficiará os carros mais eficientes e menos poluentes com alíquotas menores

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Por outro lado, os veículos com alta emissão de gases ou baixo rendimento serão penalizados com uma carga tributária maior.

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Além disso, o programa Carro Sustentável prevê redução do IPI para automóveis mais baratos, desde que atendam a determinados requisitos e sejam produzidos no Brasil.

Apesar de a nova política prever redução do IPI para carros populares fabricados no Brasil, incluindo as locadoras entre os beneficiários — o que poderia significar custo menor na renovação de frota — o temor do mercado está no efeito colateral conhecido: a desvalorização acelerada dos seminovos.

“Historicamente, essas iniciativas provocam quedas bruscas nos preços de veículos usados, levando a revisões nos níveis de depreciação contábil das frotas das locadoras”, apontou o BTG Pactual em relatório.

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Segundo o banco, medidas semelhantes em 2023 levaram a perdas de até R$ 650 milhões para a Localiza, com impacto direto no lucro líquido. A estimativa considera a queda de 0,8% ao mês no valor de revenda dos seminovos, bem acima da média histórica de 0,3% a 0,5%.

Analistas do UBS BB também enxergam o risco de uma nova rodada de revisão de valor dos ativos.

“O mercado ficará atento à possibilidade de uma mudança na dinâmica dos seminovos, o que pode forçar novas baixas contábeis”, afirma o banco suíço.

Embora o impacto no fluxo de caixa seja neutro no curto prazo, os ajustes no lucro contábil podem pressionar a percepção de valor das ações, complementa o banco suíço.

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O Itaú BBA ressalta que, embora os detalhes sobre a redução do IPI (atualmente em 7%) ainda não tenham sido confirmados, o anúncio levanta preocupações no setor de aluguel de veículos.

“A perspectiva de queda nos preços de carros novos pode gerar pressão adicional sobre os preços de revenda de seminovos, principal canal de desmobilização das frotas das locadoras”, destaca o BBA.

Isso pode implicar maior depreciação contábil de curto prazo, revisões negativas nas estimativas de lucro para 2025 e 2026 e pressão nas margens operacionais, caso os valores de revenda fiquem defasados em relação ao valor contábil dos veículos.

Efeito bumerangue: incentivo hoje, perda amanhã

Uma diferença importante destacada pelo BTG é que o novo pacote — apelidado de Carro Sustentável — tem horizonte até 2026 e, diferentemente dos programas anteriores, inclui explicitamente as locadoras entre os beneficiários do desconto fiscal.

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Apesar disso, os analistas alertam que a incerteza sobre o escopo, a intensidade do corte de IPI e a reação do mercado de usados ainda são grandes.

“Os investidores tendem a precificar o pior cenário possível no curto prazo, e há espaço para exageros nas projeções de perdas”, explica o banco.

O BTG ainda pontua que não há sinais de que a medida exija ajustes imediatos nos modelos financeiros das locadoras. No entanto, o simples fato de o tema voltar à pauta já é motivo de atenção.

“Investidores voltaram a expressar preocupação com o tema, e não está descartado que as ações de RENT3 e MOVI3 comecem a refletir essa incerteza”, alerta o banco

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O histórico mostra que políticas de intervenção no setor automotivo geram efeitos de curto prazo na precificação da frota e podem comprometer as margens de lucro das locadoras, caso o valor dos ativos caia mais rapidamente do que o previsto.

Apesar do avanço na formulação do pacote, a proposta ainda pode enfrentar resistência política e técnica — embora cortes de impostos, na prática, raramente sejam barrados, de acordo com o Itaú BBA.

Além disso, o banco ressalta que dados da FIPE indicam que, em 2024, os preços de carros novos subiram 4% no acumulado do ano, enquanto os preços de seminovos não acompanharam esse movimento, o que pode amortecer o impacto direto sobre o mercado secundário.

Diferente do programa de 2023, o novo pacote também deve permitir que empresas comprem veículos com desconto, o que pode significar:

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  • Capex mais baixo na renovação de frota;
  • Melhor ciclo de depreciação futura;
  • Maior previsibilidade nas margens de médio prazo.

No entanto, o Itaú BBA concorda com a análise do BTG de que a leitura geral do mercado é de que o impacto negativo no curto prazo tende a se sobrepor aos benefícios de médio/longo prazo.

*Com informações do Money Times

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