Pode ficar pior para a Petrobras (PETR4)? Ações caem após dados de produção; saiba o que fazer com os papéis agora
A estatal divulga no dia 26 de fevereiro o resultado financeiro do quarto trimestre de 2024 e os analistas dizem o que esperar — inclusive sobre os proventos bilionários
Nada é tão ruim que não possa piorar — e, no caso da Petrobras (PETR4) essa máxima está sendo levada ao pé da letra hoje (4). As ações da estatal caem mais de 1% após a divulgação dos dados de produção do quarto trimestre e tem banco por aí dizendo que os resultados financeiros da companhia também não serão dos melhores.
Depois do fechamento do mercado na segunda-feira (3), a Petrobras informou uma queda de 11,5% da produção de petróleo entre outubro e dezembro em relação ao mesmo período de 2023, resultado que afetou as exportações e também as vendas para a China. O Seu Dinheiro detalhou o relatório e você pode conferir aqui.
Com base nesse desempenho, Itaú BBA, UBS BB e XP projetam números fracos para os resultados financeiros previstos para 26 de fevereiro. A exceção é o Citi, que diz que os dados operacionais da Petrobras parecem sólidos — e detalhamos essa avaliação adiante.
Por volta de 12h30, as ações PETR3 caíam 1,01%, cotadas a R$ 40,75, enquanto as PETR4 tinham baixa de 1%, cotadas a R$ 37,14. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,29%, a 125.599,75 pontos.
- VEJA TAMBÉM: A temporada de balanços do 4T24 vem aí – veja como receber análises dos resultados das empresas e recomendações de investimentos
Petrobras: o pior ainda está por vir?
Com base nos dados operacionais, o Itaú BBA projeta números fracos para o quarto trimestre de 2024 da Petrobras, principalmente devido aos preços mais baixos do petróleo e aos menores volumes do período.
Os analistas Monique Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim dizem que os investidores devem se concentrar na execução do capex (investimento), estimado em US$ 3,3 bilhões, e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 10 bilhões — que deve sustentar um fluxo de caixa operacional de US$ 9,2 bilhões no trimestre.
Leia Também
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
Os números devem levar a um dividendo ordinário de US$ 2,6 bilhões, com rendimento de 3,2%.
Na mesma linha, o UBS BB considera fraco os resultados operacionais da Petrobras no quarto trimestre de 2024. O banco suíço destaca a manutenção mais alta do que o previsto no segmento de upstream (produção e exploração), o que leva a projeções piores para os resultados financeiros do período.
Com relação ao quarto trimestre de 2024 é esperado US$ 5,5 bilhões em fluxo de caixa livre e US$ 2,5 bilhões em dividendos, o que representa 2,8% de rendimento.
A expectativa dos UBS BB é de um rendimento de 16% de dividendos para 2025, com exposição limitada aos “ventos contrários" que o ambiente macroeconômico doméstico pode apresentar.
Já a XP prevê queda nos resultados financeiros da Petrobras, após a estatal ter divulgado os dados de produção e venda.
A corretora projeta um Ebitda 30% menor na comparação ano a ano e 10% mais baixo quando comparado ao trimestre anterior, atingindo assim US$ 10,5 bilhões.
Essa estimativa vem da menor produção, do preço mais baixo do Brent e dos derivados devido à depreciação do real.
Os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm prevê que os dividendos ordinários sejam de US$ 3 bilhões, representando um rendimento de 3,4% trimestralmente.
A BOLSA BRASILEIRA está MUITO MELHOR do que se pensa
Citi na contramão das previsões para a Petrobras
O Citi vai na contramão das previsões para a Petrobras. Apesar da menor produção de petróleo e gás do quarto trimestre de 2024, o banco diz que os números operacionais da estatal permaneceram sólidos.
Em relatório, os analistas Gabriel Barra, Pedro Gama e Andrés Cardona pontuam que o upstream (produção e exploração) foi afetado por paradas para manutenção nas unidades do pós/pré-sal, parcialmente compensadas pelo processo de ramp-up do FPSO Sepetiba e início de produção do FPSO Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias.
No downstream (refino e distribuição), o índice de utilização ficou estável em 95%, implicando produção e vendas estáveis no período, marcadas por menores vendas de diesel e GLP, enquanto as vendas de gasolina, querosene de aviação e nafta aumentaram, principalmente devido a efeitos sazonais.
“Assim, esperamos que a empresa apresente números sólidos no quarto trimestre”, afirmam os analistas, destacando que esperam uma redução trimestral no Ebitda ajustado e de dividendos ordinários.
- E MAIS: resultado do 4T24 pode fazer os dividendos desta incorporadora chegar até 25% este ano; veja qual
BTG no meio do caminho
O BTG Pactual está no meio do caminho das avaliações da Petrobras. Depois do relatório operacional do quarto trimestre, o banco foca agora em 2025.
"Na frente operacional, a produção da estatal foi um tanto fraca em 2024, mas existem razões sólidas para esperar uma recuperação do crescimento em breve, dizem os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez, em relatório.
“É início do ano, mas já estamos observando assimetrias positivas nas nossas estimativas, alimentadas por melhores preços do petróleo e do câmbio”, afirmam.
Sobre os dados de produção da companhia, o BTG considera que a Petrobras está “refinando em capacidade plena”, e nota que esses números não deveriam ser surpreendentes, já que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) havia publicado dados de produção e refino do Brasil há algumas semanas.
“Olhando para 2025, prevemos menos interrupções para manutenção e o comissionamento de novas plataformas, aumentando a produção para 2,52 mil barris por dia”, dizem os analistas.
- VEJA TAMBÉM: O que esperar de Petrobras, Vale e Itaú no 4T24? Confira neste guia completo do BTG sobre a temporada de balanços, que reúne mais de 130 empresas
Comprar Petrobras ainda é um bom negócio?
Apesar de ser um dos únicos que espera resultados financeiros sólidos para a Petrobras no quarto trimestre, o Citi tem recomendação neutra para os papéis da petroleira.
O banco estabeleceu preço-alvo de US$ 15 para os ADRs (os ativos negociados em Nova York) da empresa, o que representa um potencial de valorização de 5,5% ante o último fechamento.
No caso do UBS BB, apesar de prever resultados mais fracos, a petrolífera ainda é apontada como a principal opção do setor para o banco, que ressalta a resiliência da empresa em seu fluxo de caixa livre e “racionalidade” da alocação de capital.
O UBS BB tem recomendação de compra para a ação preferencial da Petrobras, com um preço-alvo de R$ 51, o que representa 36% de potencial valorização frente ao fechamento anterior.
Já o Itaú BBA tem recomendação outperform (equivalente a compra) para a ação preferencial da Petrobras, com preço-alvo de R$ 49, o que representa valorização potencial de 30,66% frente ao fechamento de ontem.
No caso do BTG, o banco reiterou a postura otimista em relação à Petrobras para 2025, após os dados de produção referentes ao quarto trimestre do ano passado.
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa