🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Seu Dinheiro

Seu Dinheiro

No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.

NOVA INJEÇÃO

Oncoclínicas (ONCO3) recebe aval de acionistas para novo aumento de capital bilionário; ações tombam mais de 18%

O aumento de capital irá injetar até R$ 2 bilhões na companhia, pelo preço de R$ 3 por ação. Veja o que esperar da empresa

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
9 de outubro de 2025
9:15 - atualizado às 11:14
Fachada da Oncoclínicas (ONCO3).
Fachada da Oncoclínicas (ONCO3). - Imagem: Divulgação

Em meio a uma série de controvérsias, a Oncoclínicas (ONCO3) conseguiu a aprovação dos acionistas em assembleia realizada nesta quarta-feira (8) para um novo aumento de capital bilionário — a terceira injeção de dinheiro na rede de tratamentos oncológicos desde 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois de uma trajetória de expansão arrojada — e com erros estratégicos no meio do percurso —, a companhia precisou recalcular a rota do negócio para lidar com dificuldades financeiras.

O aumento de capital irá injetar até R$ 2 bilhões na companhia, com a emissão de até 666.666.667 novas ações, pelo preço de R$ 3 por ação. A empresa estabeleceu um aumento de capital mínimo de R$ 1 bilhão para levar a operação adiante.

A transação aprovada em assembleia impõe uma forte diluição aos acionistas que não colocarem dinheiro novo na companhia, que pode chegar a até 66,8%.

Os papéis da Oncoclínicas (ONCO3) operam em forte queda nesta quinta-feira (9), depois de encerrarem o último pregão com baixa de quase 12%. Por volta das 10h50, ONCO3 tombavam 18,21% e lideravam as perdas na B3, cotados a R$ 2,65.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O aumento de capital na Oncoclínicas (ONCO3)

A proposta da Oncoclínicas prevê a atribuição de bônus de subscrição como vantagem adicional aos compradores, na proporção de um bônus de subscrição para cada uma nova ação adquirida.

Leia Também

Segundo o Money Times, o tamanho mínimo de R$ 1 bilhão estipulado para o aumento de capital seria o suficiente para equilibrar o endividamento da Oncoclínicas ao tamanho dela. Já R$ 2 bilhões colocaria a empresa em uma posição confortável.

O mercado, no entanto, está com o pé atrás com a companhia, que já realizou uma capitalização com o Banco Master em 2024.

Recentemente, a Oncoclínicas foi alvo de uma tentativa de reestruturação pela Starboard, que chegou a criar especulações sobre a continuidade do fundador da companhia, Bruno Ferrari, no cargo de CEO.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No anúncio da proposta para o aumento de capital, em meados de setembro, especialistas consultados pelo Seu Dinheiro chamaram atenção para o preço proposto de R$ 3, com a preocupação de se seria o justo para não haver uma diluição injustificada dos minoritários. O valor é um dos patamares mais baixos dos papéis ONCO3 na bolsa em 2025 e desde a abertura de capital, em 2021.

Do lado da justificativa para uma diluição, o aumento de capital foi citado como uma necessidade apontada como “latente”, dado o valor de R$ 3,9 bilhões em dívida líquida, alavancagem na casa de 4 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses, com um covenant com medição anual de 3,5 vezes.

O covenant é um instrumento utilizado pelo mercado financeiro que cria condições específicas para que um empréstimo continuem em vigor nos termos acordados. Quando estourado, o credor tem o direito de executar a dívida.

O que está acontecendo com a Oncoclínicas?

Nascida há 15 anos em Belo Horizonte (MG), a empresa surgiu com tratamentos oncológicos como o core do negócio. No entanto, após o IPO em 2021, a Oncoclínicas expandiu o foco de clínicas que realizavam o diagnóstico e tratamentos como radioterapia e quimioterapia para uma parte de alta complexidade do tratamento oncológico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para fomentar a continuidade de expansão, a estratégia se voltou para aquisições de hospitais. O movimento, contudo, não deu certo, dada a falta de expertise para gerir outras áreas hospitalares além da oncológica.

Como resultado, a companhia, que chegou a adquirir três hospitais gerais e trabalhava na construção de três outros, vem lidando com piora nos resultados, alta alavancagem e elevado consumo de caixa.

Entre as medidas para pôr a casa em ordem, dois hospitais já foram vendidos e uma construção foi cancelada. Além disso, desistiu dos planos de uma joint venture para atuar na Arábia Saudita.

Segundo fontes próximas da empresa, nas próximas semanas a Oncoclínicas deve anunciar a venda do terceiro hospital — para o qual já existem conversas avançadas — e suspensão da construção dos outros dois.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A bússola da Oncoclínicas norteia agora o retorno para o core, mas o mercado ainda desconfia da efetividade das medidas para solucionar o problema.

Em relatório de 2 outubro, o JP Morgan avaliou o plano de venda de ativos como uma medida de curto prazo e não aborda questões estruturais relacionadas com a governança nem altera o posicionamento competitivo da empresa no mercado.

Os analistas do banco norte-americano têm recomendação “underweight” (equivalente a venda) para as ações da Oncoclínicas.

O resultado da empresa também vinha sofrendo com a Unimed-Rio, que na época do IPO era fonte de 20% da receita e passou a atrasar pagamentos em decorrência de sua própria situação financeira. Com isso, fechar a conta se tornou um desafio para a Oncoclínicas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As dívidas da Unimed com a Oncoclínicas, de acordo com fontes, chegaram a R$ 800 milhões. Desde agosto deste ano a empresa já não a atende.

Mais uma capitalização

Esta será a terceira capitalização da Oncoclínicas desde junho de 2023, após polêmicas que acenderam o radar do mercado.

No ano passado, o aumento de capital da companhia teve o polêmico Banco Master como âncora e foi realizado a R$ 13 por ação, para uma ação que valia cerca de R$ 7 na época. Atualmente o Master detém 15,18% as ações ordinárias da Oncoclínicas.

Vale pontuar que, com o novo aumento de capital, a participação do Banco Master deve ser diluída, já que a instituição enfrenta problemas financeiros e não tem como colocar dinheiro novo no negócio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Par além do quadro societário, a relação da Oncoclínicas com o Banco Master é um ponto de controvérsia no mercado. Ao Seu Dinheiro, um gestor afirmou que, se uma parte relevante do caixa da empresa estiver aplicada em ativos de maior risco, como os CDBs do banco, como receiam alguns especialistas, o acesso ao dinheiro no momento não parece factível.

Segundo outro especialista em ações, se esse for o caso, “será uma política de tesouraria e de governança deplorável”.

Para Enrico Gazola, economista pelo Insper e sócio-fundador da Nero Consultoria, se uma companhia listada na B3 tiver a maior parte do caixa aplicada em CDBs do Banco Master, o impacto real sobre as finanças dependerá do desfecho da situação do banco. No cenário mais extremo, o efeito seria “destrutivo” para essa empresa, segundo o especialista.

No segundo aumento de capital, R$ 1 bilhão veio pelo Banco Master diretamente, e outros R$ 500 milhões pelo CEO Bruno Ferrari. Por conta disso, a empresa abriu uma conta bancária no Master para acessar o dinheiro, tendo acordado um cronograma de saques desse montante, de acordo com o Money Times.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O cronograma termina no final desse ano e, até o momento, segundo o site, vem sendo honrado. A Oncoclínicas mantém proximidade e acompanha de perto o cronograma no banco e a maior parte do valor já foi sacado, mesmo que com eventuais pequenos atrasos.

Proposta da Starboard

Em meados de setembro, a Oncoclínicas rejeitou uma proposta de reestruturação financeira feita pela Starboard Asset, sob avaliação de que os termos propostos não atendem aos melhores interesses dos acionistas.

Na proposta, até o fundador e atual CEO da companhia entrou na berlinda. Entre as condicionantes da proposta estava a saída de Bruno Ferrari.

Com a negativa, Ferrari segue na condução da empresa, mas uma mudança não está descartada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O executivo ocupou a cadeira de presidente do conselho até 2021 e assumiu o comando da empresa no contexto do pós-aumento de capital, quando o objetivo era acelerar aquisições e integrações. Contudo, agora é um momento diferente.

Segundo o Money Times, tendo em vista o momento de segurar o passo e crescer menos, com foco nos processos, o retorno de Ferrari ao conselho deve ocorrer, com a entrada de um sucessor para tocar a nova rota da companhia. No entanto, o movimento não deve vir no curtíssimo prazo, podendo levar mais de um ano para a sucessão.

*Com informações do Money Times

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PEQUENA E NOTÁVEL

Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%

25 de novembro de 2025 - 19:47

O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00

VOANDO ALTO

Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais

25 de novembro de 2025 - 18:10

Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde

DANÇA DAS CADEIRAS

Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan

25 de novembro de 2025 - 15:07

Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan

O MELHOR ESTÁ POR VIR, MAS COM CUIDADO

A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações

25 de novembro de 2025 - 14:30

Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia

GOLPE HACKER

Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF

25 de novembro de 2025 - 13:49

Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix

NOS PLANOS DA RJ

Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel

25 de novembro de 2025 - 12:32

A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo

PLANEJAMENTO 2026-2030

Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda

25 de novembro de 2025 - 6:09

A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado

FORA DAS FRONTEIRAS

Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique

24 de novembro de 2025 - 14:58

O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer

VEJA PREÇO

Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa

24 de novembro de 2025 - 10:48

A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora

SEM RELAÇÕES

Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM

24 de novembro de 2025 - 9:05

A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.

O INIMIGO AGORA É… O MESMO?

Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?

24 de novembro de 2025 - 6:01

Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre

COMPLIANCE ZERO

Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB

23 de novembro de 2025 - 9:53

Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades

NOVAS ESTIMATIVAS

Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra

22 de novembro de 2025 - 18:35

O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]

ENERGIA

Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%

22 de novembro de 2025 - 17:25

Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.

MAIS UM CORTE

Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo

22 de novembro de 2025 - 16:54

As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.

VENDAS FALSAS

BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema

22 de novembro de 2025 - 11:34

Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF

VENDA DE CARTEIRA DE CRÉDITOS

Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça

22 de novembro de 2025 - 10:55

Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB

VIAGEM NOTURNA

Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?

22 de novembro de 2025 - 9:45

Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita

VEJA OS DETALHES

Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027

21 de novembro de 2025 - 15:16

Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal

AGORA VAI?

Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja

20 de novembro de 2025 - 18:03

O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar