Multiplan (MULT3), Iguatemi (IGTI11) ou Allos (ALOS3): Goldman diz qual ação de shopping colocar na carteira agora
As units da Iguatemi chegaram a cair 3% na manhã desta segunda-feira (24) na esteira do anúncio da saída da CEO, Cristina Anne Betts; saiba se esse é um sinal de venda dos papéis
Ainda que você saiba o que busca, uma volta no shopping pode te deixar indeciso diante de tantas opções — e, muitas vezes, o preço define o que levar para casa. No caso de uma ação, o preço nem sempre é o melhor balizador do que colocar na carteira. No caso das administradoras desses centros de compra, o Goldman Sachs escolheu as melhores alternativas para o investidor que quer alguma exposição ao setor.
Entre Allos (ALOS3), Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTI11), o banco norte-americano é categórico na recomendação das duas últimas depois de atualizar o modelo para o segmento considerando os resultados do quarto trimestre de 2024.
O Goldman tem indicação neutra para a ação da Allos, com preço-alvo 8% menor que antes da atualização, a R$ 24 — o que representa um potencial de valorização de 25,3% sobre o último fechamento.
No caso da Multiplan, com recomendação de compra, o preço-alvo é 3% menor do que antes da atualização, a R$ 28, o que representa um potencial de alta de 26,2% sobre o fechamento de sexta-feira (21).
Iguatemi também tem indicação de compra. Neste caso, o preço-alvo é 8% menor do que antes da atualização, a R$ 24, o que representa um potencial de alta de 26,1% sobre o último fechamento.
“Reiteramos nossa classificação de compra para Multiplan e Iguatemi, que atualmente são negociadas a um spread de 662 e 457 para taxas reais, em relação aos spreads históricos de 270 e 340 pré-covid”, dizem os analistas Jorel Guilloty e Igor Machado, em relatório.
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Por que colocar ação de Multiplan e Iguatemi na sacola de compras?
Os resultados do quarto trimestre convenceram o Goldman Sachs de que vale a pena colocar a ação de Multiplan e de Iguatemi na sacola de compras neste momento.
Segundo o banco, as duas empresas entregaram vendas mesmas lojas — uma métrica fundamental para o setor — com crescimento anual de quase dois dígitos e esse vigor é visto no primeiro trimestre de 2025.
O Goldman chama atenção ainda para o fato de que os contratos de aluguel devem ser reajustados esse ano.
- Com IGP-M, o indexador de aluguel, acelerando para 6,5% em 2024 versus queda de 3,7% no em 2023 — o que significa que não houve aumento de aluguel para inquilinos enquanto o indexador estava negativo —, um número elevado de contratos de locação assinados em 2023 devem ver aumentos reais em 2025.
“Com níveis elevados de ocupação na faixa de 90% e custos de ocupação caindo para ou abaixo dos níveis históricos (criando espaço para spreads de locação robustos), esperamos que 2025 seja um ano de crescimento robusto de aluguel”, dizem Guilloty e Machado.
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Aluguel dos shoppings: há motivo para tanta preocupação
Apesar do otimismo do Goldman com os aluguéis, a dupla de analistas reconhece que a principal preocupação está no nível macroeconômico, com os investidores cada vez mais considerando a possibilidade de uma desaceleração do crescimento das vendas e/ou declínio total.
Diante desse temor, a questão principal se tornou se os operadores de shopping — independentemente da qualidade — são capazes de aumentar os aluguéis em um ambiente de enfraquecimento do crescimento das vendas.
Na análise do Goldman, alguns fatores são atenuantes:
- Iguatemi e Multiplan têm 88% e 76% de exposição aos consumidores das classes A e B, o que poderia atenuar o impacto de ventos contrários macro;
- As vendas mesmas lojas da Multiplan e da Iguatemi superaram as despesas do consumidor neste e nos ciclos anteriores;
- Este é o primeiro ciclo desde a crise financeira global em que as vendas mesmas lojas superaram materialmente o aluguel na mesma métrica.
O banco pondera que, em ciclos anteriores, os pontos de inflexão nas vendas mesmas lojas precederam os pontos de inflexão nos aluguéis mesmas lojas — o que não foi o caso desta vez, dado o impacto do IGPM negativo, “o que sugere que devemos ver os aluguéis mesmas lojas acelerarem”.
“Dito isso, reconhecemos que uma queda prolongada no crescimento das vendas pode ter um impacto no aluguel mesmas lojas, já que ambas as métricas historicamente se acompanham, embora com um atraso de 6 a 12 meses”, dizem Guilloty e Machado.
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Iguatemi: a saída da CEO e a queda da ação na B3
O Goldman Sachs reafirmou a compra de Iguatemi dias depois de a CEO da Iguatemi, Cristina Anne Betts, anunciar a saída do posto — ela será sucedida pelo vice-presidente Comercial Ciro Zica Neto.
O banco norte-americano não cita a troca de comando da empresa, que pegou o Bradesco BBI de surpresa.
As units chegaram a recuar mais de 3% na manhã desta segunda-feira (24), figurando entre as maiores perdas do Ibovespa.
O BBI destaca, no entanto, que a mudança representa um risco de interrupção muito limitado e a executiva deixa a empresa em boa forma.
“O histórico do novo CEO sugere que o foco da Iguatemi será na frente comercial, a fim de aumentar os aluguéis e materializar o significativo aumento da receita que vemos quando olhamos para os baixos custos de ocupação da Iguatemi”, dizem os analistas Bruno Mendonça, Pedro Lobato e Herman Lee, em relatório.
O trio, no entanto, aponta que Zica Neto enfrentará o desafio de que os acionistas controladores estejam mais presentes com os investidores para ajudar a preencher as lacunas de percepção que, segundo o BBI, fazem a empresa ser negociada com um desconto excessivo em relação à Multiplan.
Assim como o Goldman, o Bradesco BBI tem recomendação de compra para a Iguatemi, com preço-alvo de R$ 26, o que representa um potencial de valorização de 34,99%, em relação ao último fechamento.
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