MRV (MRVE3) ensaia retorno aos bons tempos com geração de caixa no 2T25 e até Resia fica no azul — mas nem tudo foi festa
De acordo com a prévia operacional divulgada nesta segunda-feira (14), a MRV&Co voltou a gerar caixa no 2T25 — mas a operação principal ainda ficou no vermelho

Tijolo por tijolo, a MRV (MRVE3) parece estar avançando na missão de voltar à era de ouro. De acordo com a prévia operacional do segundo trimestre de 2025, divulgada na noite desta segunda-feira (14), a MRV&Co — holding que reúne as operações da MRV Incorporação, Luggo e Resia — registrou uma geração de caixa de R$ 136,4 milhões.
O resultado representa uma virada em relação à queima de R$ 375,9 milhões no mesmo período do ano passado e dos R$ 381,4 milhões negativos apurados no primeiro trimestre deste ano.
No entanto, a MRV Incorporação, principal negócio do grupo, ainda registrou uma queima de caixa de R$ 54,1 milhões no trimestre.
A queima de caixa na MRV Incorporação
Essa queima de caixa pode ser atribuída a alguns fatores. O primeiro foi uma mudança de procedimento na Caixa Econômica Federal, que passou a liberar os recursos apenas após o registro dos contratos — o que gerou um impacto negativo de R$ 45 milhões no caixa.
O segundo fator envolve entraves com cerca de 1.324 unidades que, embora vendidas, não puderam ser repassadas aos bancos e, por isso, não foram reconhecidas como receita.
Ao longo do trimestre, a MRV vendeu 767 dessas unidades, mas conseguiu repassar apenas 663. Além disso, 198 contratos foram cancelados antes mesmo do repasse, resultando no total de unidades pendentes.
Leia Também
Segundo o CFO da MRV, Ricardo Paixão, em entrevista ao Seu Dinheiro, o problema decorre de entraves temporários em programas habitacionais regionais, que afetaram principalmente os chamados “cheques regionais” — subsídios concedidos por governos estaduais ou municipais para complementar os recursos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Além disso, também houve um efeito negativo de R$ 23 milhões com o pagamento de juros de Créditos de Recebíveis Imobiliários (CRI), ligados ao financiamento da operação americana, a Resia.
A empresa informou que, sem esses efeitos, a geração de caixa no core business do grupo teria sido de R$ 88 milhões no trimestre.
A empresa afirma que parte desses problemas já foi resolvida, como no caso do Rio Grande do Sul, e projeta uma regularização nos próximos trimestres.
- E-BOOK GRATUITO: O evento “Onde Investir no 2º Semestre” reuniu as melhores apostas para a segunda metade de 2025 — baixe o resumo com todos os destaques
Mais destaques da prévia operacional
Entre abril e junho de 2025, a MRV Incorporação atingiu R$ 2,685 bilhões em vendas líquidas, um avanço de 5,8% em relação ao mesmo período de 2024 e de quase 24% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Mas esse número poderia ter sido ainda mais robusto se não fosse cerca de R$ 310 milhões não contabilizados em razão das unidades não repassadas aos bancos.
No semestre, as vendas líquidas chegaram a R$ 4,8 bilhões, uma alta de 3,9% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
Os lançamentos da MRV Incorporação somaram R$ 3,4 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) no segundo trimestre de 2025, um avanço de mais de 54% na base anual.
O número de unidades produzidas também aumentou 11% ano a ano, para 9.872, enquanto a velocidade de vendas (VSO) caiu 9,4 pontos percentuais (p.p) em relação ao mesmo período do ano passado, para 25% no segundo trimestre.
Já a Resia, braço norte-americano do grupo e a principal preocupação dos acionistas, teve uma geração de caixa de US$ 39,3 milhões entre abril e junho deste ano, revertendo a queima de US$ 65,9 milhões registrada no mesmo período do ano passado.
Cabe lembrar que a MRV anunciou na última sexta-feira (11) que venderá parte relevante dos ativos da operação multifamily nos EUA, mesmo reconhecendo uma perda contábil de US$ 144 milhões. A perda será registrada no balanço do segundo trimestre de 2025, o que afetará diretamente o lucro da construtora.
Apesar disso, a MRV estima que a execução completa do plano de desinvestimento da Resia gerará US$ 493 milhões em caixa, com redução de US$ 365 milhões na dívida líquida. O restante, os US$ 128 milhões, será devolvido a investidores dos projetos.
Petrobras indica nova diretora de sustentabilidade e passa a ser comandada por maioria feminina
Com a nomeação da engenheira Angélica Garcia Cobas Laureano, funcionária de carreira da Petrobras, a diretoria executiva da companhia passa a ter 55% de mulheres
Um novo vilão para o Banco do Brasil (BBAS3)? Safra identifica outro problema, que pode fazer as coisas piorarem
Apesar de o agronegócio ter sido o maior vilão do balanço do 1T25 do BB, com a resolução 4.966 do Banco Central, o Safra enxerga outro segmento que pode ser um problema no próximo balanço
Marfrig (MRFG3) avança na BRF (BRFS3) em meio a tensão na fusão. O que está em jogo?
A Marfrig decidiu abocanhar mais um pedaço da dona da Sadia; entenda o que está por trás do aumento de participação
SpaceX vai investir US$ 2 bilhões na empresa de Inteligência Artificial de Elon Musk
Empresa aeroespacial participa de rodada de captação da xAI, dona do Grok, com a finalidade de impulsionar a startup de IA
Taurus (TASA4) é multada em R$ 25 milhões e fica suspensa de contratar com a administração do estado de São Paulo por dois anos
Decisão diz respeito a contratos de fornecimento de armas entre os anos de 2007 e 2011 e não tem efeito imediato, pois ainda cabe recurso
Kraft Heinz estuda separação, pondo fim ao ‘sonho grande’ de Warren Buffett e da 3G Capital, de Lemann
Com fusão orquestrada pela gestora brasileira e o Oráculo de Omaha, marcas americanas consideram cisão, diz jornal
Conselho de administração da Ambipar (AMBP3) aprova desdobramento de ações, e proposta segue para votação dos acionistas
Se aprovado, os papéis resultantes da operação terão os mesmos direitos das atuais, inclusive em relação ao pagamento de proventos
Acionistas da Gol (GOLL54) têm até segunda (14) para tomar decisão importante sobre participação na empresa
A próxima segunda-feira (14) é o último dia para os acionistas exercerem direito de subscrição. Será que vale a pena?
Braskem (BRKM5) volta ao centro da crise em Maceió com ação que cobra R$ 4 bilhões por desvalorização de 22 mil imóveis
Pedido judicial coletivo alega perdas imobiliárias provocadas pela instabilidade geológica em cinco bairros da capital alagoana, diz site
É hora de adicionar SLC Agrícola (SLCE3) na carteira e três analistas dizem o que chama atenção nas ações
As recomendações de compra das instituições vêm na esteira do Farm Day, evento anual realizado pela companhia
MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa
Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente
A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal
A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto