Ação da Moura Dubeux (MDNE3) atinge o maior valor desde a estreia na bolsa — comprar ou vender agora?
Saiba o que os grandes bancos recomendam depois dos resultados dos três primeiros meses do ano e do atual ambiente de juros altos

Como se já não bastasse ter reportado o maior lucro líquido para um primeiro trimestre de sua história nos resultados divulgados na quarta-feira (14), a Moura Dubeux (MDNE3) vive mais um dia de recordes nesta quinta-feira (15).
As ações fecharam o dia com uma alta de 16,76%, atingindo o maior valor de negociação desde a estreia da construtora na bolsa, em fevereiro de 2020, a R$ 19,51. Trata-se do melhor desempenho diário da história da companhia, que é líder do setor no Nordeste.
No mês, as ações acumulam uma alta de 22% e de quase 79% no ano. Confira o desempenho dos papéis na bolsa em 2025:
As ações reagem aos resultados do primeiro trimestre de 2025, divulgados ontem pela construtora. Nesta reportagem você confere os detalhes sobre o balanço, além de uma entrevista com o CEO da companhia sobre os números — ele inclusive chegou a prometer um ano cheio de marcos inéditos.
- E MAIS: Temporada de balanços do 1T25 - confira em quais ações vale a pena investir
O que agradou no balanço da Moura Dubeux?
De acordo com a XP, a construtora reportou resultados sólidos nos três primeiros meses do ano, em linha com as expectativas otimistas da casa.
A receita líquida cresceu 42% na comparação anual, impulsionada pelo forte crescimento no segmento de incorporação, receitas robustas com taxas de desenvolvimento de terrenos.
Leia Também
O lucro líquido da Moura Dubeux avançou 67% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado que ficou em linha com as estimativas da XP.
O desempenho foi impulsionado pelo aumento expressivo da receita, melhora das margens e diluição consistente das despesas operacionais (SG&A). Com isso, o retorno sobre o patrimônio (ROE) dos últimos 12 meses subiu para 18,7%, um dos níveis mais altos entre as empresas do setor.
“Acreditamos que as boas perspectivas de lançamentos para o segundo trimestre e as avenidas de crescimento consistentes da Mood [braço da empresa voltado para renda média], com a criação do grupo 4 do Minha Casa Minha Vida, devem sustentar o forte ritmo operacional da companhia, apesar dos desafios macroeconômicos”, escrevem os analistas da XP.
A casa reforça a recomendação de compra para as ações.
O Safra também recomenda a compra das ações, e destaca o lucro líquido da companhia no primeiro trimestre — que superou em 10% as estimativas do banco —, principalmente devido a uma expansão de receita acima do esperado, impulsionada por uma maior contribuição do segmento de condomínios.
Os analistas do Safra ressaltam que a melhora nas margens do segmento de desenvolvimento manteve a margem bruta ajustada em um saudável patamar de 35,6% no primeiro trimestre, queda de apenas 0,9 ponto percentual na comparação anual.
O movimento sustentou um crescimento robusto no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado e levou o ROE a 18%.
A companhia também apresentou um consumo leve de caixa de R$ 19 milhões, resultando em uma alavancagem de 7,8% na relação dívida líquida sobre patrimônio líquido, com alta de 0,8 ponto percentual no trimestre e de 0,1 ponto percentual em 12 meses.
A Moura Dubeux entregou resultados fortes, superando a maioria das estimativas. Apesar do cenário macroeconômico mais desafiador, o Safra segue confiante no desempenho futuro da companhia, destacando os baixos níveis de estoque — equivalente a 10 meses de vendas — e sua posição de liderança no Nordeste como fatores que devem impulsionar as vendas.
“Além disso, a ação negocia a um múltiplo atrativo de 5,0 vezes o lucro estimado para 2025, o que justifica a recomendação de outperform [equivalente a compra] para MDNE3”, escrevem os analistas em relatório.
Veja a recomendação de outros bancos aos quais o Seu Dinheiro teve acesso:
Banco | Recomendação |
Bradesco BBI | Compra |
Santander | Compra |
Banco Safra | Compra |
XP Investimentos | Compra |
Fale agora ou cale-se para sempre: Minerva (BEEF3) entra com recurso no Cade contra fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A companhia alega ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica que o aval ao “casamento” desconsidera impactos relevantes à concorrência
Argo e Replan se juntam para criar terceira maior administradora de shoppings do Brasil; conheça
Com 30 shoppings distribuídos pelo país e cerca de R$ 10 bilhões em vendas por ano, conheça a nova gigante do setor
Compra do Banco Master pelo BRB: Galípolo diz que Banco Central precisa de mais informações para avaliar
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda aval da autoridade monetária
Cashback ou BTC: afinal, qual é o modelo de negócios do Méliuz? Falamos com o head da Estratégia Bitcoin da empresa
A empresa diz que o foco em cashback continua valendo como forma de gerar receita; desde o ano passado, porém, a maior parte de seu caixa vem sendo alocado em criptomoedas
Hermanos no contra-ataque: Mercado Livre (MELI34) reage à ofensiva de Amazon e Shopee no Brasil, aponta Itaú
O cenário do e-commerce brasileiro parece uma disputa de mundial, com “seleções” da Argentina, EUA e Cingapura lutando pela “taça” — e todas de olho na entrada da China na competição
Ações da Casas Bahia (BHIA3) voltam a cair hoje após Mapa Capital assinar acordo com bancos para assumir dívida de R$ 1,6 bilhão da varejista
Em meio ao processo de conversão de títulos de dívidas, os papéis da varejista vêm apanhando na bolsa brasileira
Prio (PRIO3) é eleita a favorita do setor pelo Itaú BBA mesmo com queda no preço do petróleo; entenda as razões para a escolha
O banco reafirmou a recomendação de compra para as ações PRIO3 e estabeleceu um novo preço-alvo para o papel na esteira da aquisição da totalidade do campo de Peregrino
Subsidiária da Raízen (RAIZ4) emite US$ 750 milhões em dívida no exterior como parte de estratégia para aliviar Cosan (CSAN3)
A Raízen Fuels Finance, fará a oferta de US$ 750 milhões em notes com vencimento em 2032 e cupom de 6,25%.
Cogna (COGN3) capta US$ 100 milhões com Banco Mundial em busca de transformação digital
Os recursos irão financiar a transformação digital das atividades de graduação e da pós-graduação de uma vertical da companhia
Serena (SRNA3): decisão da AGE abre outro capítulo no fechamento de capital da empresa
A saída da elétrica da bolsa tem sido marcada por turbulências desde a proposta da Actis e do GIC, que ofereceram R$ 11,74 por ação da companhia
Por que as ações da Localiza e Movida despencaram na B3 — spoiler: tem a ver com o governo
Medida do governo pode impactar negativamente as locadoras de veículos, especialmente no valor dos seminovos
Crédito consignado privado ganha espaço no mercado sob liderança do Banco do Brasil (BBAS3), diz BofA
O banco americano considera que, além dos bons resultados ainda iniciais, a modalidade é uma tendência em ascensão
Mais etanol na gasolina: 4 empresas saem na frente, mas só uma é a grande vencedora, segundo o Santander
O cenário é visto como misto para as distribuidoras, mas as produtoras de biocombustíveis podem tirar algum proveito dessa nova regra
JBS (JBSS32) vai investir pesado em expansão e quer se tornar “ação de dividendos”. Para BTG, essa é “oportunidade única”
Empresa mostrou os planos para o futuro no JBS Day na última quarta-feira (25), e BTG gostou do que viu
Bradesco (BBDC4) confirma aposentadoria antecipada de vice-presidente; banco reestrutura parte da diretoria
Moacir Nachbar Junior atuava na empresa há 45 anos e estava à frente da área de gestão de risco desde 2022
Santander está otimista sobre a Direcional (DIRR3): dividendos robustos e valorização de capital estão no caminho da companhia
Otimização operacional e Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida estão no cerne da tese de investimento do banco
Uma gigante do petróleo vem aí: Shell está em negociações para comprar a rival BP em negócio que pode redefinir o setor
Em ritmo lento, as discussões ainda não têm os termos definidos e estão longe de serem concluídas, segundo apurou o The Wall Street Journal.
RD Saúde (RADL3): por que a ação está subindo mais de 3% e liderando os ganhos do Ibovespa? É hora de comprar?
O BB Investimentos revisou as estimativas para a rede de farmácias, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (25)
BTG inicia cobertura de Pague Menos (PGMN3), vista pelo bancão como ‘aposta promissora’ até 2026
A tese do banco é que a rede de farmácias tem uma avaliação atrativa e deve se consolidar ainda mais no setor
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3)? Essa corretora discorda e elege ação como nova favorita no setor agro; entenda o que faz o papel se destacar
Apesar da alavancagem financeira, o frigorífico ganha destaque após aumento de capital bilionário