Mobly (MBLY3): Família fundadora da Tok&Stok desiste de assumir controle da empresa — mas acusa atual gestão de sabotagem
Segundo comunicado enviado à CVM, medidas “irresponsáveis” da atual gestão influenciaram negativamente o processo e minaram a confiança de debenturistas e acionistas
A família Dubrule — fundadora da Tok&Stok — revogou a oferta para a aquisição da Mobly (MBLY3).
A notícia da desistência veio à tona na noite de segunda-feira (12), por meio de fato relevante publicado pelo conselho de administração da Mobly no sistema da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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De acordo com a varejista, a Regain Participações — de Regis, Ghislaine e Paul Jean Marie Dubrule — decidiu cancelar a oferta pública voluntária para comprar o controle da companhia, conforme previsto no edital de 15 de abril de 2025.
A reviravolta foi atribuída à ausência de condições previstas no edital, incluindo a não aprovação da retirada da cláusula de poison pill do estatuto da companhia.
Trata-se de uma cláusula usada por empresas para proteção contra tentativas de aquisição hostil. Nesse caso, ela exigia que quem comprasse uma certa fatia da empresa tivesse que fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA).
Assim, a família fundadora chegou a ofertar R$ 0,68 por ação da dona da Tok&Stok e Mobly.
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O valor apresentado representa um desconto significativo de cerca de 50% sobre o preço de mercado no dia anterior à oferta. Trata-se de uma estratégia que contrasta com as usuais ofertas, que buscam um prêmio sobre o valor das ações.
Segundo o conselho, também se trata de um preço 82% inferior ao valor patrimonial da ação em 30 de setembro de 2024 e 83% menor que o valor patrimonial da ação em 30 de junho de 2024, os quais foram usados como parâmetros de preço de emissão no último aumento de capital da companhia.
Assim, a Mobly havia recomendado que os acionistas rejeitassem a proposta.
Sabotagem?
Em carta enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), à B3 e à administração da Mobly, a família alegou que medidas “irresponsáveis” da atual gestão influenciaram negativamente o processo e minaram a confiança de debenturistas e acionistas.
Segundo eles, o objetivo dos fundadores seria “sabotar” a oferta para manter o controle da empresa.
Apesar da revogação, os proponentes afirmaram que buscarão alternativas para garantir a continuidade das operações da Mobly e a substituição da atual administração, que, segundo eles, conduz a empresa a uma “irremediável insolvência”.
Os últimos episódios da treta da família Dubrule para retomar o controle da Tok&Stok
Em agosto de 2024, a Mobly anunciou um acordo com a gestora SPX, controladora da Tok&Stok, para assumir o controle da companhia. A fusão deu origem a um novo gigante do setor de móveis e decoração, com receita anual estimada em R$ 1,6 bilhão.
No entanto, o negócio foi contestado pela família fundadora da Tok&Stok, que levou o caso à Justiça.
No início deste mês, os fundadores — Régis, Ghislaine e Paul Dubrule — enviaram uma carta à Mobly propondo a capitalização da empresa, desde que fosse aprovada uma oferta pública de aquisição (OPA) para compra das ações dos minoritários.
Na proposta — além da oferta de R$ 0,68 por ação — os Dubrule se comprometeram a aportar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja aprovada. Também afirmaram que pretendiam converter cerca de R$ 56,5 milhões em debêntures da Tok&Stok em ações da Mobly e capitalizar outros R$ 68,8 milhões referentes a créditos que possuem contra a Tok&Stok.
Apesar do reforço financeiro prometido, a Mobly manteve uma postura cética. A empresa demonstrou preocupação com a possibilidade de diluição das participações de acionistas que optarem por não aderir à OPA proposta pelos Dubrule.
Em meio ao impasse, a Mobly alegou ter identificado pagamentos considerados indevidos realizados pelos Dubrule desde 2013: cerca de R$ 5,2 milhões destinados ao custeio de planos de saúde de ex-conselheiros ligados à família fundadora. Segundo a empresa, os pagamentos beneficiaram aproximadamente 30 pessoas da família ou do seu círculo próximo.
A companhia notificou os beneficiários para que devolvam os valores no prazo de cinco dias, argumentando que os gastos configuram mau uso de recursos corporativos e violação das práticas de governança.
Para a controladora, os pagamentos também representavam um possível conflito de interesses, sobretudo se não foram informados aos demais acionistas ou ao conselho.
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