Méliuz (CASH3) tenta replicar estratégia de Michael Saylor para voltar a brilhar na bolsa; ação dispara mais de 16% após compra de US$ 4,1 milhões em bitcoin (BTC)
O Méliuz aposta no mundo da criptomoeda para se proteger da alta de juros no Brasil, enquanto vê as ações perderem metade do valor de mercado
O Méliuz (CASH3) viu as ações perderem metade do seu valor de mercado desde o IPO. Agora a direção da empresa vai “importar” a estratégia de Michael Saylor na tentativa de voltar a brilhar na bolsa.
Em 2020, o ex-CEO da antiga MicroStrategy apostou quase US$ 4 bilhões em bitcoin (BTC), quando a criptomoeda sofria forte desvalorização.
Parte do mercado viu as apostas de Saylor como uma “loucura”, mas o cofundador da companhia optou por manter a confiança no ativo e viu o valor de mercado da MicroStrategy saltar de US$ 500 milhões para US$ 77 bilhões. Atualmente, ela possui cerca de 499 mil bitcoins em caixa, que valem US$ 45 bilhões.
Agora, quem quer compartilhar da “loucura” de Saylor é o Méliuz. A companhia anunciou nesta quinta-feira (6) que mira no bitcoin para gerar valor aos acionistas e investiu 10% do seu caixa na criptomoeda.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Méliuz comprou 45,72 bitcoin por US$ 4,1 milhões, a um preço médio de US$90.296,11 cada.
A aquisição vem acompanhada de uma nova estratégia de tesouraria, voltada justamente para a aplicação de recursos e realização de investimentos com a criptomoeda.
Leia Também
O conselho de administração aprovou a aplicação de até 10% do caixa total da companhia em bitcoin. Porém, o Méliuz quer mais e informou que planeja se tornar “uma das pioneiras a adotar o bitcoin como principal ativo estratégico de tesouraria no Brasil”, disse em nota.
Para isso, a companhia também criou um comitê estratégico de bitcoin que pretende analisar a viabilidade da ampliação de investimentos na criptomoeda.
A repercussão inicial é positiva. Por volta do meio-dia, as ações CASH3 subiam 16,67%, a R$ 3,85.
SAIBA MAIS: Comprou criptomoedas em 2024? Baixe o Guia do Imposto de Renda 2025 e veja como declarar seus investimentos
Foco no lucro: como vai funcionar a nova estratégia do Méliuz?
Em nota, Israel Salmen, presidente do Méliuz, explica que a estratégia de investimentos em bitcoin é inspirada na abordagem da Strategy, companhia de software dos EUA fundada por Michael Saylor e antes conhecida como Microstrategy.
Assim, segundo Salmen, a estratégia do Méliuz não será obter lucro com a volatilidade do mercado — como fazem os traders —, mas sim com o acúmulo do bitcoin em tesouraria no longo prazo.
Apesar do objetivo de torná-lo o principal ativo estratégico, o executivo ressalta que o Méliuz não deixará de ser uma empresa de tecnologia. O objetivo é manter a valorização por meio das atividades da companhia e pelo retorno das aplicações no bitcoin.
Além disso, a companhia pretende atrair investidores institucionais que não querem se expor diretamente à criptomoeda ou que tenham restrições regulatórias, alcançando, assim, um novo nicho de mercado.
“A atração desses investidores fica mais forte ao somar o fato de o Méliuz ser uma companhia aberta, sujeita a diversas obrigações informacionais perante a CVM, além de listada no Novo Mercado, segmento com exigências de governança corporativa adicionais, dando mais segurança a esses investidores”, disse Salmen.
A empresa ainda planeja adotar uma métrica específica para a compra de bitcoin, inspirada na abordagem da Strategy, que utiliza o Bitcoin Yield para garantir um crescimento consistente no acúmulo da criptomoeda por ação.
Caso o Méliuz avance na nova estratégia, as aquisições só serão realizadas após as alterações nos documentos societários, políticas e procedimentos internos, incluindo estruturas e política de gerenciamento de riscos.
Além disso, Salmen afirma que o Bitcoin Yield precisará ser positivo, garantindo que cada nova compra aumente o valor médio da criptomoeda por ações em circulação.
Bitcoin para momentos difíceis
Desde o seu IPO, o Méliuz viu as ações despencarem 51,46% e perderem a atenção dos investidores.
O presidente da empresa admite que as apresentações de resultados se tornaram “menos participativas” e que grandes bancos chegaram a encerrar a cobertura de CASH3.
Contudo, Salmen avalia que há uma pressão sobre as ações devido a alta dos juros no Brasil e a forte queda nas bolsas.
O executivo enxerga que a criptomoeda se apresenta como uma oportunidade de investimento para se proteger do ciclo histórico de inflação no país.
“O bitcoin oferece uma proteção contra a inflação, já que é mais resistente à manipulação de políticas monetárias, o que o torna uma alternativa mais segura para preservar valor ao longo do tempo, em contraste com o Real”, afirmou o presidente do Méliuz.
Ele ainda enxerga que aplicações em renda fixa poderia resultar em “ineficiência” no retorno sobre o capital (ROIC), uma vez que uma parcela relevante dos rendimentos do caixa aplicado é consumida por impostos, diminuindo a rentabilidade líquida da aplicação.
Salman também ressalta que a criptomoeda é um ativo escasso, que valorizou cerca de 77% ao ano em dólar, nos últimos 10 anos, tendo um valor de mercado de aproximadamente US$ 1,5 trilhão, segundo a CoinMarketCap.
Contudo, vale ressaltar que o bitcoin é um ativo de alta volatilidade e fez Michael Saylor, inspiração do Méliuz, perder o cargo de CEO da companhia.
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master