Méliuz (CASH3): assembleia não consegue quórum mínimo para aprovar investimento pesado em bitcoin (BTC)
Apesar do revés, a companhia fará uma segunda convocação, no dia 15 de maio, quando não há necessidade de quórum mínimo, apenas da aprovação das pautas de 50% + 1 dos acionistas.
Parece que não foi dessa vez. A plataforma de cupons de desconto e cashback Méliuz (CASH3) não conseguiu reunir a quantidade mínima de acionistas nesta terça (6) para alterar estatuto da empresa, que permitiria o investimento pesado em bitcoin (BTC).
A falta de presença atrasa os planos do Méliuz, que precisava ter um quórum mínimo de 66% dos acionistas para colocar seu plano em ação. Ao todo, 60,9% dos acionistas compareceram.
Apesar do revés, a companhia fará uma segunda convocação, no dia 15 de maio, quando não há necessidade de quórum mínimo, apenas da aprovação das pautas de 50% + 1 dos acionistas.
Os planos da plataforma para investir em criptomoedas começaram no dia 6 de março, quando anunciou que havia usado 10% de seu caixa para comprar bitcoins. Na época, a companhia investiu em 45,72 bitcoins por aproximadamente US$ 4,1 milhões a um preço médio de US$ 90.296,11 cada.
A CASH3 gostou e quis mais. Em meados de abril, a empresa convocou uma assembleia geral para votar a possibilidade de investir pesado na criptomoeda, tornando-a um ativo de longo prazo estratégico para as operações.
No centro da assembleia em questão estava a votação da proposta que mudaria o objeto social do Méliuz, para contemplar a possibilidade de investimentos em bitcoin como estratégia de negócios — mas sem mudar seu negócio principal, afirma a companhia.
Leia Também
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Bradesco, PRIO, Itaú Unibanco, Ambev e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
“O objetivo do Méliuz será, a partir da aprovação das matérias da AGE, adotar o bitcoin como principal ativo estratégico da tesouraria da companhia, além de fomentar a geração incremental de bitcoin para os seus acionistas, seja por meio da geração de caixa operacional ou por eventuais operações financeiras e iniciativas estratégicas”, dizia o comunicado ao mercado divulgado em abril.
A geração de caixa em moeda corrente permaneceria, até porque “a geração de caixa das operações é fundamental para a estratégia de adquirir mais bitcoin ao longo do tempo”, dizia também o texto.
No aplicativo da companhia, investidores já podem comprar e vender bitcoin com seus cashbacks.
Reembolso para quem pular fora
Aqueles acionistas que não desejarem mais participar da empresa e não compareceram à AGE poderão solicitar o reembolso de suas ações, segundo o comunicado ao mercado.
O valor estabelecido foi de R$ 3,93 por ação, com base no balanço patrimonial do Méliuz em dezembro de 2024.
As ações CASH3 operam atualmente por volta de R$ 7, acumulando valorização de quase 150% só neste ano.
Poderão pedir o reembolso os acionistas que já detinham as ações CASH3 antes de 14 de abril de 2025 e que permanecerem investidos até o momento da solicitação.
Analistas veem estratégia do Méliuz (CASH3) com cautela
Quando a primeira compra de bitcoins foi anunciada pelo Méliuz, analistas avaliaram o movimento com ressalvas.
Segundo o CIO e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, apesar de a empresa ter caixa e saúde financeira suficientes para fazer a aquisição do bitcoin, a decisão de alocação sinalizava uma “empresa desfocada”.
- VEJA MAIS: A temporada de balanços do 1T25 começou – veja como receber análises dos resultados das empresas e recomendações de investimentos
“Quem compra ação do Méliuz deveria estar investindo no modelo de negócio proposto pela empresa, e não em uma alocação especulativa em criptoativos. Se o investidor individual acredita na valorização do bitcoin, ele pode comprá-lo diretamente”, avaliou Miranda.
“Eu vejo essa decisão como um sintoma de uma empresa desfocada. O Méliuz poderia estar concentrado em fortalecer seu core business e gerar valor para seus acionistas. Pode ser um sinal preocupante.”
A XP Investimentos também avaliou a estratégia com cautela, especialmente porque a empresa não opera com criptomoedas em seu negócio principal de cashback.
“Essa política de caixa parece desconectada dos objetivos operacionais da companhia, gerando incertezas sobre sua eficácia e levantando questionamentos sobre a capacidade da empresa de reinvestir sua geração de caixa em suas atividades principais”, disseram os analistas.
No entanto, a XP avaliou que o bitcoin poderia evoluir como uma reserva de valor no futuro, o que justificaria essa alocação se a estratégia for melhor alinhada com as operações do Méliuz.
Já Inácio Alves, analista da Melver, fez um paralelo da nova estratégia de tesouraria do Méliuz com as apostas frustradas da Sadia em câmbio, nos anos 2000.
- VEJA MAIS: Faltam menos de 30 dias para o fim do prazo da declaração; confira o passo a passo para acertar as contas com o Leão
Vale ressaltar que o frigorífico adotou operações em derivativos de câmbio como uma forma de dupla proteção contra a variação do dólar. No entanto, essas apostas não tiveram o resultado esperado e, diante das enormes perdas financeiras, a Sadia viu-se na necessidade de se fundir com a Perdigão para garantir sua sobrevivência.
“Se o Méliuz não colocar em risco sua saúde financeira, pode ser uma excelente estratégia de geração de recurso extra no longo prazo. Porém, se começar a dar muita atenção para a alocação do bitcoin e deixar de lado o negócio principal, eu entendo que a empresa poderia ter o mesmo destino da Sadia, sem conseguir controlar bem os riscos e acabar trocando os pés pelas mãos”, avaliou.
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar