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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

RALI, MAS NÃO É DOS SERTÕES

MBRF e os sauditas: um negócio promissor e uma ação que dispara 20% — o que fazer com MBRF3 agora?

Pelo segundo dia seguido, as ações da MBRF subiram forte na bolsa na esteira do anúncio da joint venture com a HPDC, subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita

Carolina Gama
28 de outubro de 2025
13:05 - atualizado às 17:30
Arte mostrando o Peru da Sadia segurando um laptop, em frente a um fundo amarelo; a Sadia é uma das marcas da BRF (BRFS3)
Imagem: Divulgação

Não é o Rally dos Sertões, mas poderia. Pelo segundo dia consecutivo, a MBRF (MBRF3) fez outras ações comerem poeira na bolsa — nesta terça-feira (28) a alta chegou a 20%, depois entrar em leilão por oscilação máxima permitida, liderando com folga os ganhos do Ibovespa.

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A ação estendeu o rali da véspera, quando fechou com alta de 6,45% na esteira do anúncio da expansão da joint venture no Oriente Médio e a criação da Sadia Halal. Você pode saber mais do negócio aqui.

A transação entre a MBRF e a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita, está avaliada em US$ 2,07 bilhões, com faturamento líquido de US$ 2,1 bilhões nos últimos 12 meses até junho, equivalente a 7,3% da receita consolidada da MBRF, e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 230 milhões. 

O acordo engloba as fábricas e centros de distribuição da MBRF localizados na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, bem como suas empresas de distribuição no Catar, Kuwait e Omã, além do negócio de exportações diretas de aves, bovinos e produtos processados para clientes na região.

Os ativos da Turquia não fazem parte da transação, assim como as unidades da MBRF no Brasil. O negócio, no entanto, prevê o fornecimento de produtos de frango e bovino da MBRF para Sadia Halal com duração de dez anos renováveis, a partir das fábricas localizadas no Brasil. 

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A HPDC deterá 10% do capital da Sadia Halal, com possibilidade de chegar a 30% e direito de atingir até 40%. O aumento de participação ocorrerá por meio de aporte de capital, 50% primário e 50% secundário. A empresa afirma que o negócio é o primeiro passo para uma oferta pública de ações (IPO) da companhia, a partir de 2027.

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Vale lembrar que a operação está sujeita à aprovação dos órgãos regulatórios competentes.

Depois de subirem 20%, as ações MBRF3 terminaram o dia com alta de 15,63%, cotadas a R$ 18,50, liderando com folga os ganhos do Ibovespa. O principal índice da bolsa brasileira avançou 0,31%, aos 147.428,90 pontos. 

Mercado reage bem, mas a MBRF fez um bom negócio?

Para o Bradesco BBI, a expansão da joint venture da MBRF no Oriente Médio deve apoiar a desalavancagem da empresa. O banco cita a transferência da dívida líquida para o novo negócio, além de injeções de capital da HPDC a múltiplos atrativos.

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Segundo os analistas Henrique Brustolin e Pedro Fontana, o acordo visa abrir novas rotas de crescimento para a MBRF no Oriente Médio, estabelecendo uma presença local duradoura em uma região estratégica para a companhia e com foco na segurança alimentar e na autossuficiência.

O BTG Pactual vê com bons olhos a possibilidade de a a empresa estar discutindo explicitamente a abertura de capital da joint venture na bolsa de valores de Riad em algum momento a partir de 2027. 

“Isso poderia adicionar outra camada de potencial de desbloqueio de valor para a MBRF no futuro. Em um momento no qual sentimos que os investidores estão cada vez menos confortáveis ​​com a alavancagem da MBRF, especialmente porque o ciclo do frango mostra sinais crescentes de normalização, essa possibilidade é bem-vinda”, dizem os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla. 

O Itaú BBA, por sua vez, diz que a transação posiciona a MBRF para consolidar sua liderança em geografias Halal de alto crescimento e potencialmente expandir além da avicultura para nichos de carne bovina. No entanto, não acredita que a injeção de capital na MBRF seja um divisor de águas agora. 

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“Para o curto prazo, ainda acreditamos que haja uma assimetria negativa em relação ao consenso para o ano fiscal de 2026, enquanto o lado comprador antecipa uma normalização no ciclo avícola ao longo de 2026”, dizem os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama. 

Negócio promissor e uma ação que dispara 20% — o que fazer com MBRF3 agora?

Para o Bradesco BBI, o valuation dos ativos é um dos principais pontos positivos do negócio. Nos últimos 12 meses, as operações geraram receitas de US$ 2,1 bilhões (cerca de 8% do total da MBRF) e Ebitda de US$ 230 milhões (cerca de 10%).

Apesar disso, o banco manteve a recomendação neutra para a MBFR e afirma que a magnitude do negócio não muda a opinião sobre a empresa até o momento. O preço-alvo é de R$ 24.

O BTG também diz que o momento não é de comprar as ações MBRF3. “Ainda assim elogiamos o acordo como uma oportunidade de desbloquear valor, fortalecer ainda mais a posição da MBRF no que talvez seja sua geografia mais promissora e, potencialmente, solucionar quaisquer preocupações com alavancagem. Atualmente, temos uma posição neutra na MBRF e esperamos atualizar nossas estimativas em breve”, dizem os analistas. 

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Outro que também reiterou a classificação neutra para as ações da MBRF é o Bank of America. Segundo o BofA, o lucro no curto prazo continua "desafiador, tendo em vista as margens pressionadas da carne bovina nos EUA, margens máximas da BRF e alta alavancagem".

A indicação neutra para as ações, no entanto, não é unânime. O Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para as ações da MBRF após a joint venture com a HPDC.

“Vemos a criação da BRF Arabia como um ponto positivo estratégico para a MBRF e esperamos que as ações sejam negociadas em alta, já que a plataforma provavelmente fornecerá suporte durante os ciclos voláteis do frango por meio da exposição a uma região de rápido crescimento com alto poder de compra e uma estrutura de preços de custo mais margem", disse o banco em relatório.

O Goldman projeta preço-alvo da MBRF em 12 meses de R$ 27,80, considerando que as ações serão negociadas a 7,1 vezes o múltiplo de Ebtida. 

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De acordo com o banco, os riscos para queda das ações são:

  • alta alavancagem
  • inflexão negativa abrupta no ciclo de lucros da BRF
  • desaceleração cíclica mais longa do que o esperado na carne bovina dos Estados Unidos
  • potenciais embargos de exportação
  • proibições e/ou interrupções sanitárias
  • potenciais litígios em regiões produtoras importantes, como os EUA e o Brasil
  • eventual valorização significativa do real
  • deterioração macroeconômica geral
  • demanda global por proteína mais fraca do que o esperado

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