Mais um interessado nos jatos da Embraer (EMBR3): TrueNoord fecha pedido firme de quase R$ 10 bilhões para aviões E195-E2
O negócio contempla o pedido firme de 20 jatos E195-E2 e ainda garante direitos de compra para mais 30 aeronaves

Mais um acordo bilionário para a conta da Embraer (EMBR3). A fabricante brasileira de aeronaves fechou um pedido com a TrueNoord avaliado em pelo menos US$ 1,8 bilhão, o equivalente a R$ 9,9 bilhões no câmbio atual.
O contrato contempla o pedido firme de 20 jatos E195-E2 e ainda garante direitos de compra para mais 30 aeronaves, sendo 20 E195-E2 e 10 E175-E1. Nas contas do JP Morgan, isso representa um potencial adicional de aproximadamente US$ 2,4 bilhões (R$ 13,2 bilhões).
Para Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial, o pedido da TrueNoord — empresa holandesa especializada em leasing (uma espécie de aluguel) de aeronaves regionais — reforça a confiança do mercado no E195-E2 como “a escolha ideal para lessores e operadores que querem preparar suas frotas para o futuro”.
Vale destacar que este foi o primeiro pedido direto da TrueNoord para uma fabricante de aeronaves.
Segundo Meijer, o acordo também sinaliza a "demanda crescente por aeronaves sustentáveis e de dimensões adequadas", além de impulsionar o segmento narrowbody (jatos de corredor único) de nova geração.
Já o CEO da TrueNoord, Anne-Bart Tieleman, afirma que a parceria com a Embraer permitirá expandir o portfólio de soluções da empresa e oferecer às companhias aéreas aeronaves mais econômicas.
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"O pedido é um passo importante para o nosso crescimento contínuo como plataforma global de leasing, que reforça o nosso compromisso de investir em jatos regionais de próxima geração e eficientes em termos de combustível”, disse Tieleman.
A ação da Embraer abriu o dia em forte alta e chegou a liderar a ponta positiva do Ibovespa na primeira hora do pregão, mas reduziu o ritmo ao longo da sessão. Por volta das 10h50, EMBR3 subia 0,36%, a R$ 79,08.
Qual o potencial do novo pedido da Embraer?
Para o JP Morgan, o pedido da TrueNoord deve gerar valorização relevante para a Embraer.
Considerando o múltiplo de valor de firma (EV) sobre a carteira de pedidos firmes (backlog), de aproximadamente 0,35 vez, a parte firme do contrato pode representar cerca de 5% de valorização, saltando para 12% quando consideradas as opções de compra.
O banco norte-americano prevê reação positiva das ações na sessão desta terça-feira (14), enquanto o E195-E2 segue conquistando novos clientes. Os papéis iniciaram o dia em forte alta, mas arrefeceram os ganhos pela manhã.
No acumulado de 2025, a Embraer já recebeu pedidos firmes para 154 jatos E2 — 85% acima do número de aeronaves na carteira ao fim de 2024 e bem acima das 26 entregues até o terceiro trimestre deste ano.
Segundo o JP Morgan, após esse pedido, a carteira total da Embraer pode alcançar a marca de US$ 37,3 bilhões, já incluindo entregas do 3T25 e o interesse europeu pelas aeronaves de defesa C-390.
As entregas da Embraer (EMBR3)
No terceiro trimestre, a Embraer entregou 62 aeronaves: 20 comerciais, 41 executivas e uma de defesa, um aumento de 5% sobre o mesmo período de 2024.
O destaque na aviação executiva foi o Phenom 300, com 20 entregas — acima das 18 do mesmo trimestre do ano anterior. Entre os jatos comerciais, o E195-E2 liderou com 11 unidades entregues, um incremento marginal em relação às 10 do trimestre anterior.
A Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, mantém a tendência de aumento de entregas iniciada após a crise do setor desencadeada pela pandemia. Para 2025, a previsão é entregar entre 77 e 85 jatos comerciais e de 145 a 155 aeronaves executivas.
Adeus a EMBR3
Além dos bons números, os investidores se preparam para dizer adeus a EMBR3 na B3. A partir de 3 de novembro, as ações da Embraer passarão a ser negociadas com novos códigos nas bolsas do Brasil e dos EUA.
Na B3, o ticker EMBR3 será substituído por EMBJ3, enquanto na Bolsa de Nova York (Nyse) as American Depositary Shares (ADSs) e os bonds da companhia passarão a ser negociados sob o código EMBJ, em substituição a ERJ.
*Com informações do Money Times.
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