Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal
Às vésperas das assembleias que definirão a fusão entre a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3), um novo obstáculo surge no caminho da união das gigantes do setor alimentício: a Previ, o maior fundo de pensão do Brasil, acionou a Justiça com um pedido para suspender a votação.
De acordo com informações do site da Globo Rural, a Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça, solicitando uma liminar que adiantasse os efeitos do julgamento.
As assembleias gerais extraordinárias (AGEs), que decidirão o futuro das empresas, estão marcadas para a próxima segunda-feira (14). A BRF se reunirá com seus acionistas às 9h, e a Marfrig, às 11h.
- VEJA MAIS: Já está no ar o evento “Onde investir no 2º semestre de 2025”, do Seu Dinheiro, com as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
Os acionistas também entraram com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta pelas companhias, segundo o site.
Porém, como a assembleia já tem data marcada, a única alternativa foi recorrer à Justiça comum, por meio de uma ação cautelar preparatória para a arbitragem.
"As companhias podem propor fusões, submeter-se a aquisições e mesmo fechar o capital. Mas isso gera dever de indenizar aos minoritários. Esse valor de pagamento não pode ser arbitrário e deve se fundar em estudos objetivos. No caso da BRF os investidores questionam as fórmulas e a metodologia empregada", disse Eduardo Silva, especialista em arbitragem e presidente do Instituto Empresa.
Leia Também
Como as duas empresas estão listadas no Novo Mercado da B3, questões societárias devem ser discutidas por arbitragem. Na prática, isso significa que os minoritários não podem recorrer ao Judiciário para tratar de questões relacionadas à vida societária.
A exceção são as urgências. Em eventos como AGEs, o prazo para os minoritários indicarem árbitros é significativamente curto. Por isso, é possível pedir ao Judiciário uma decisão provisória sobre o assunto.
Um dos requisitos informais para isso é demonstrar que a arbitragem já foi iniciada, para que, ao final, os árbitros possam confirmar ou revogar a decisão provisória do juiz.
"Prevalecerá sempre o que os futuros árbitros decidirem, podendo, inclusive, revogarem a decisão do juiz", acrescentou Silva.
O que dizem os acionistas da BRF
A Previ, junto com Alex Fontana, membro da família fundadora da Sadia e detentor de 0,11% das ações da BRF, questionam a transparência do processo de fusão das gigantes do setor de proteínas.
No mês passado, a Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) reduziu a participação na BRF de 5,0063% para 4,9333%.
Os minoritários afirmam que a BRF não teria cumprido a determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao entregar documentos com dados suprimidos.
Eles pedem a suspensão da AGE da BRF e também da Marfrig, caso sejam realizadas em conjunto, até que todas as informações exigidas pela CVM sejam efetivamente divulgadas.
As críticas dos minoritários
Uma das críticas de Fontana foi a relação de troca de ações proposta aos minoritários, que estaria “subavaliando” os papéis BRFS3.
Os acionistas questionam como os comitês independentes chegaram à proposta de trocar 0,85 ação da Marfrig por uma ação da BRF.
“Nenhuma expectativa, premissa, projeção ou estimativa foi apresentada para embasar como (e porque) os membros dos comitês “independentes” teriam considerado como adequado o preço base de cada uma das companhias!”, escreveram, no documento judicial.
Para os acionistas, a relação de troca proposta pela Marfrig é “inexplicável” e favorece os interesses da controladora.
A Previ também afirma que os assessores financeiros da operação teriam estipulado um preço-alvo mais alto para a ação da BRF do que o valor efetivamente proposto na transação.
O laudo técnico de Flávio Málaga, incorporado à petição, defende que a proporção justa, com base nos preços históricos e projeções de mercado, deveria variar entre 1,29 e 1,78 ação da Marfrig para cada uma da BRF.
Além disso, segundo a Previ e Fontana, a documentação reapresentada pelas empresas teria trechos “integralmente tarjados”, o que impossibilita a avaliação independente da relação de troca.
Entre os dados suprimidos, estariam projeções de receita, crescimento e sinergias previstas, incluindo informações sobre a operação da Marfrig nos EUA por meio da National Beef, e os fundamentos para os preços-base utilizados.
Os minoritários acusam ainda o comitê independente de não ser imparcial, já que muitos de seus membros teriam vínculos estreitos com o controlador Marcos Molina, o que, na visão dos acionistas, compromete a independência do processo.
Fontes próximas ao caso revelaram que a BRF obteve vitória tanto na esfera estadual quanto federal, e que a CVM autorizou o prosseguimento das assembleias após os esclarecimentos apresentados pelas empresas.
Segundo o Estadão, na primeira instância, o pedido de urgência foi negado, sob o argumento de que os documentos apresentados seriam suficientes e que eventuais prejuízos seriam apenas patrimoniais e passíveis de reparação. A Presidência da Seção de Direito Privado do TJ-SP também indeferiu o pedido de distribuição urgente, alegando ausência de “perigo iminente”.
Procurada pelo Seu Dinheiro, a BRF afirmou que não irá se pronunciar sobre o tema.
Afinal, qual é a proposta da BRF e da Marfrig para os acionistas minoritários?
A proposta que será submetida aos acionistas minoritários na próxima segunda-feira envolve a incorporação das ações da BRF (BRFS3) pela Marfrig.
A relação de troca sugerida é de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. Após a fusão, a BRF se tornará uma subsidiária integral da Marfrig.
Se aprovada, a transação resultará no surgimento da MBRF, que já nasceria como uma das maiores empresas de alimentos do mundo, detentora de 38% do volume de vendas de produtos processados e com uma receita líquida consolidada de R$ 152 bilhões nos últimos 12 meses.
Além disso, como parte do acordo, a BRF distribuirá até R$ 3,52 bilhões em dividendos aos seus acionistas, enquanto a Marfrig pagará até R$ 2,5 bilhões.
A proposta de fusão também oferece aos acionistas dissidentes o direito de retirada, permitindo que aqueles que não concordarem com a incorporação das ações da BRF pela Marfrig solicitem o reembolso de suas ações.
Veja os valores previstos:
- Acionistas da BRF:
- R$ 9,43 por ação, com base no patrimônio líquido; ou
- R$ 19,89 por ação, considerando o valor patrimonial por ação com base no laudo previsto no artigo 264 da Lei das S.A.
- Acionistas da Marfrig:
- R$ 3,32 por ação.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
