Mais perto da fusão: Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) assinam memorando que pode criar uma nova gigante na aviação brasileira
O fechamento da operação, no entanto, depende da concordância entre Abra e Azul sobre os termos econômicos, além da reestruturação da Gol no Chapter 11
A Azul (AZUL4) e a Abra, controladora da Gol (GOLL4), anunciaram nesta quarta-feira (15) a assinatura de um Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU) para uma avaliar uma combinação de negócios.
O documento estabelece os entendimentos entre as partes sobre a governança da futura empresa resultante dessa operação e reforça o compromisso das companhias em seguir com as negociações relacionadas à proposta de troca de ações e outras condições da transação.
Caso a fusão seja concretizada, Azul e Gol manterão suas certificações operacionais separadas, mas estarão sob uma única entidade listada, com o objetivo de combinar outras áreas para ampliar as ofertas e produtos aos clientes, além de gerar sinergias e melhorar a eficiência.
Juntas, as duas companhias teriam uma participação aproximada de 60% no mercado nacional, superando os 40% da rival Latam, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
"As melhorias nas ofertas aos clientes e as eficiências geradas por esta operação permitirão que a entidade resultante continue crescendo e desenvolvendo a aviação no Brasil, através de uma malha que serve o maior número de destinos no Brasil, apoiada por uma frota flexível, com foco na excelência de atendimento", afirmou a Azul em comunicado.
Leia Também
Estrutura de governança
O MOU também descreve a estrutura de governança para o novo grupo, que seria formado como uma "corporation" (empresa sem controlador específico), com a Abra como principal acionista.
A participação de cada empresa ainda não foi definida, pois isso dependerá do desfecho do processo de recuperação judicial da Gol, previsto para ser concluído em abril.
A presidência do conselho será atribuída à Abra, enquanto o CEO será indicado pela Azul. Segundo o MOU, essas indicações poderão ser alteradas após três anos. Já o conselho de administração será composto por três membros indicados pela Azul, três pela Abra e três independentes.
“O MOU anunciado na presente data representa uma fase inicial de um processo de negociação entre a Abra e a Azul para explorar a viabilidade de uma possível transação. O acordo não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da Gol", afirmou a companhia.
A Gol ressaltou ainda que continua focada em concluir as etapas restantes dos procedimentos da recuperação judicial em curso nos Estados Unidos (Chapter 11), "com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada”.
A conclusão da operação para a combinação de negócios depende da consenso entre a Abra e a Azul sobre termos econômicos, da conclusão da due diligence, da assinatura de acordos definitivos, da obtenção de aprovações corporativas e regulatórias, além da reestruturação da Gol.
Rota revisada: a reestruturação da Gol
A finalização do plano de reorganização da Gol no Chapter 11 também é uma parte fundamental para a consumação do acordo.
Mais cedo, a companhia aérea apresentou um plano de cinco anos como parte do Chapter 11.
Entre as iniciativas previstas está a conversão de uma parte significativa da dívida da empresa em ações e levantar US$ 330 milhões em capital. Também prevê a obtenção de um financiamento de cinco anos no valor de US$ 1,54 bilhão.
Vale lembrar que, assim como a Azul, a Gol também firmou recentemente um acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) para regularizar dívidas previdenciárias e fiscais no valor de cerca de R$ 7,5 bilhões — sendo cerca de R$ 5 bilhões relativos à Gol.
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
