🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Dani Alvarenga

Repórter de fundos imobiliários e finanças pessoais no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

FICOU BARATO?

JP Morgan eleva avaliação do Nubank (ROXO34) e vê benefícios na guerra comercial de Trump — mas corta preço-alvo das ações

Para os analistas do JP Morgan, a mudança na avaliação do Nubank (ROXO34) não foi fácil: o banco digital ainda enfrenta desafios no horizonte

Dani Alvarenga
8 de abril de 2025
17:37 - atualizado às 13:51
novo nubank estratégia fundo de investimento oportunidade
Imagem: MicroStockHub/iStock/Canva - Montagem Giovanna Figueredo

Com os mercados de ações no meio do fogo cruzado do tarifaço de Donald Trump, fica difícil imaginar que haja quem saia fortalecido da guerra comercial. Porém, se as taxações “recíprocas” não levarem a uma recessão global, o Nubank (ROXO34) será beneficiado, segundo avaliação do JP Morgan.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta terça-feira (8), a instituição norte-americana elevou a classificação para overweight — ou seja, avalia que as ações terão um desempenho acima do mercado, o que equivale a uma recomendação de compra.

Desde a divulgação de um balanço misto no quarto trimestre pelo Nubank, os analistas do JP Morgan tinham avaliação neutra para os papéis. Porém, eles agora enxergam que houve uma venda em massa das ações, o que oferece um bom ponto de entrada para investidores.

A instituição projeta um lucro líquido de US$ 2,4 bilhões até US$ 3,2 bilhões para o Nubank no período entre 2025 e 2026. As estimativas do JP Morgan estão de 5% a 10% abaixo do consenso do mercado.

Ainda assim, o banco avalia que o Nubank deva aumentar os lucros em mais de 30% nos próximos três anos, “algo difícil de encontrar”, afirmam os analistas em relatório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, com a guerra comercial de Trump, o Nubank pode se beneficiar de um dólar mais fraco e taxas de juros mais baixas ao redor do mundo. Assim, a instituição avalia que as ações têm um potencial de alta de 34%.

Leia Também

Apesar disso, as preocupações com o banco digital não sumiram: o JP Morgan rebaixou o preço-alvo das ações de US$ 14 para US$ 13.

Um 2025 complicado, mas o Nubank pode dar conta

O JP Morgan ainda prevê uma desaceleração no crescimento de cartões de crédito e empréstimos pessoais para o banco, como já vinha sinalizando desde a publicação do último balanço de 2024.

Na visão dos analistas, o crescimento mais lento em áreas consideradas  importantes pode levar o Nubank a viver um 2025 desafiador. Apesar disso, há ventos favoráveis ao banco que sustentam a tese no médio prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo os analistas, a alavancagem operacional continua sendo um dos principais pontos positivos para o Nubank. Isso porque, se as receitas desacelerarem, a projeção é que o banco tenha espaço para otimização de custos.

Além disso, o JP Morgan avalia que há um grande mercado endereçável no setor bancário para o Nubank. Assim, em um cenário de desaceleração dos segmentos de cartões e empréstimos pessoais, ainda existem oportunidades em pequenas e médias empresas (PMEs), investimentos e outras receitas com tarifas.

Para os analistas, o mercado ignora os potenciais segmentos que a empresa pode explorar. Além disso, avalia que o banco tem uma vantagem em precificação em relação aos pares no setor.

Nubank no Brasil, México e Colômbia

Por aqui, o Nubank deve receber uma ajudinha do Pix. Isso porque, na avaliação do JP Morgan, a iniciativa da portabilidade do modelo de pagamento indica um ambiente regulatório favorável à competição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa característica também é vista no mercado da Colômbia, com a criação do Bre-B, um sistema de pagamentos instantâneos inspirado no Pix.

Além disso, analistas enxergam que o banco vem tomando medidas para reduzir o risco da carteira de crédito no Brasil por meio da redução do ritmo de concessão de crédito via Pix.

Apesar disso, há outros mercados na América Latina que podem trazer dores de cabeça para o Nubank. O JP Morgan avalia que as operações no México e na Colômbia podem passar de prejuízo para lucratividade, mas apenas no médio prazo. 

Para o México, a expectativa é de um cenário positivo só a partir de 2026, devido a um ambiente muito competitivo. Porém, os analistas estimam uma redução nas perdas líquidas de mais de US$ 100 milhões, em 2024, para aproximadamente US$ 30 milhões neste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não é um mar de rosas

Apesar de mostrar resiliência, o Nubank não enfrenta um mar de rosas à frente. O JP Morgan avalia que os papéis do banco ainda são vistos como uma “ação estilo Nasdaq”, o que pode deixá-los vulneráveis em um cenário de correção.

Além disso, o banco enxerga que a América Latina ainda tem tido uma boa performance no acumulado do ano. Assim, no caso de investidores globais e focados em crescimento decidirem reduzir exposição, analistas entendem que o posicionamento da ação pode não ser favorável.

O JP Morgan também aumentou a projeção de custo de capital em dólares do Nubank para 12,5%, o que levou a estimativa do preço-alvo para dezembro de 2025 a cair de US$ 14 para US$ 13 por ação.

“Esta não foi uma mudança de recomendação fácil, já que continuamos abaixo do consenso, mas é difícil encontrar empresas com crescimento de lucro por ação acima de 30% ao ano, com boa gestão e atuando em um mercado endereçável gigantesco”, afirmaram os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ACORDO BILIONÁRIO

Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner 

5 de dezembro de 2025 - 14:44

Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses

BRIGA ACALORADA

A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?

5 de dezembro de 2025 - 13:50

Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem

ENVOLVIDO NAS INVESTIGAÇÕES

Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito

5 de dezembro de 2025 - 11:12

O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência

ATENÇÃO,

Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações

4 de dezembro de 2025 - 20:28

A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos

FUMAÇA

Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões

4 de dezembro de 2025 - 16:40

No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono

VAI ESTOURAR?

Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real

4 de dezembro de 2025 - 15:26

Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha

ÁGUA NO CHOPE

Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG

4 de dezembro de 2025 - 13:24

A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher

VAI RECORRER

Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%

4 de dezembro de 2025 - 12:40

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”

SEGURADORAS

De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha

4 de dezembro de 2025 - 11:32

Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO

FATURA PAGA OU NÃO PAGA?

Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas

4 de dezembro de 2025 - 11:16

Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema

DÍVIDAS

Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP

4 de dezembro de 2025 - 9:47

Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras

NÃO É SÓ PELO MINÉRIO

Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado

3 de dezembro de 2025 - 19:42

Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora

APOSTANDO EM TUDO

O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo

3 de dezembro de 2025 - 15:40

A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo

EM FAVOR DA OPA

Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor

3 de dezembro de 2025 - 14:45

O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia

FINTECH GIGANTE

Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central

3 de dezembro de 2025 - 12:34

Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização

ESTREANTES NO MERCADO

Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026

3 de dezembro de 2025 - 11:23

A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026

EFEITOS DA CRISE

Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial

3 de dezembro de 2025 - 10:54

A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras

FORTUNA BILIONÁRIA

A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava

3 de dezembro de 2025 - 10:21

Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas

NADA DOCE, SÓ AZEDO

UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?

2 de dezembro de 2025 - 18:08

O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura

CAPEX E PRODUÇÃO

Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora 

2 de dezembro de 2025 - 17:01

A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar