Impasse no setor bancário: Banco Central deve barrar compra do Banco Master pelo BRB
Negócio avaliado em R$ 2 bilhões é visto como ‘salvação’ do Banco Master. Ativos problemáticos, no entanto, são entraves para a venda.
A compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) tende a ser barrada pelo Banco Central. É o que aponta o Jornal O Globo, que ouviu "fontes a par das negociações".
A transação, avaliada em R$ 2 bilhões, foi divulgada na sexta-feira. O BRB anunciou a compra de 49% das ações ordinárias, aquelas com direito a voto, e 100% das preferenciais do Banco Master — o que daria ao banco do Distrito Federal 60% do capital total.
O Banco Central aguarda o pedido formal para avaliar o processo de compra e venda entre os bancos. Segundo o jornal O Globo, a viabilidade do negócio foi debatida no sábado por executivos e autoridades do setor financeiro, que se mostraram preocupados com a situação do Master, que vem enfrentando dificuldades de captação de recursos.
Ativos do Master vistos como "problemáticos" afastam o interesse de compra de instituições privadas, segundo investidores do setor. Isso porque tais ativos iriam piorar o balanço financeiro do comprador.
Estratégia de nacionalização
De acordo com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a compra do Master faz parte de uma estratégia para transformar o BRB numa instituição nacional.
Atualmente, o BRB ocupa a 23ª posição no ranking de maiores bancos do Brasil. Ao adquirir o Master, ele ingressaria em novos segmentos, como mercado de capitais e câmbio, e saltaria para a 17ª posição.
Leia Também
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Preço alto
A compra do Master pelo BRB pode vir a se consolidar como uma das maiores aquisições de bancos dos últimos tempos no Brasil. Se confirmado o valor de R$ 2 bilhões para a transação, esse valor equivaleria a 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master, ajustado por eventuais "baixas de ativos ou reconhecimentos de apontamentos no balanço do Banco Master", segundo o BRB.
A transação, antecipada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, tem como objetivo incorporar o Master ao conglomerado do BRB.
- E MAIS: Especialistas revelam os ativos mais promissores do mercado para investir ainda hoje; confira
O Master deve passar a usar a marca BRB, embora as operações continuem separadas. O negócio ainda inclui duas operações do Master: o Will Bank e o Credcesta.
Segundo o BRB, as empresas terão "compartilhamento de governança, expertise, sinergias e coordenação estratégica e operacional".
A partir da aquisição, o BRB passa a ter 15 milhões de clientes, R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações.
Negócio bilionário ainda precisa de aprovação
A aquisição bilionária foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração do BRB. O conselho, aliás, deve receber em breve um novo membro: Daniel Vorcaro, presidente do Master.
De acordo com informações de Lauro Jardim, o negócio vinha sendo discutido desde meados do ano passado e, até poucas semanas atrás, era alvo do BTG Pactual.
A expectativa agora é de que a aquisição seja assinada nos próximos dias. O acordo está sujeito a aprovações precedentes, como pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
BOLSAS em QUEDA nos EUA e DÓLAR DESVALORIZADO: É o fim do TRUMP TRADE?
O histórico do Banco Master
O Banco Master foi fundado nos anos 70 como Máxima Correta de Títulos e Valores Mobiliários. Quase 20 anos depois, passou a atuar como instituição financeira, dando origem ao Banco Máxima, que atuava basicamente com crédito imobiliário.
Foi só em 2018, com a chegada do empresário Daniel Vorcaro na presidência do banco, que uma reformulação dos negócios deu origem ao Banco Master.
De lá para cá, a instituição financeira expandiu a atuação para áreas como crédito pessoal, consignado, câmbio, investimentos imobiliários e private equity.
Antes de ser algo da aquisição desta sexta-feira, o Master comprou uma participação majoritária no banco digital Will Bank.
O banco também investiu em outros setores, como saúde, ao comprar ações da Oncoclínicas — essa aquisição está cercada de polêmica e o Seu Dinheiro contou tudo aqui.
*Com informações do Money Times e do Estadão
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores