Iguatemi fecha aquisição dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista por R$ 2,59 bilhões; detalhes de acordo colocam ações entre as maiores quedas da bolsa
Apesar de a aquisição já estar no radar dos investidores desde 2024, o mercado não vem reagindo bem ao acordo do Iguatemi. O analista da Empiricus Reasearch, Caio Araujo, explica o motivo

A chegada de dois grandes shoppings da capital paulista no portfólio do Iguatemi (IGTI11) vinha pairando no ar desde o final do ano passado. O Cade chegou a dar o sinal verde para a operação em fevereiro, mas a confirmação veio apenas nesta terça-feira (11), quando a empresa divulgou o contrato para a compra dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista por R$ 2,585 bilhões.
Os imóveis vão entrar na carteira do Iguatemi através da compra da totalidade das participações detidas indiretamente por Brookfield Higienópolis, BPY Higi e FIP Retail.
Assim, a empresa passa a deter 60% no condomínio do empreendimento principal do Shopping Pátio Paulista; 44,16% na expansão do Shopping Pátio Paulista; e 50,1% no empreendimento principal e na expansão do Shopping Pátio Higienópolis.
Apesar de a aquisição já estar no radar dos investidores, o mercado não vem reagindo bem. As ações do Iguatemi amanheceram em queda. Por volta das 11h45, os papéis apresentavam uma desvalorização de 3,18%, negociados a R$ 17,36.
Segundo o analista da Empiricus, Caio Araujo, o mercado já estava cético com a operação. Além disso, os termos da aquisição foram um pouco diferentes do que o esperado.
“Basicamente, era estimado um aporte menor de Iguatemi no acordo. Com o custo de capital em nível restritivo, a reação negativa do mercado é compreensível”, avalia Araujo.
Leia Também
Apesar disso, a Empiricus Research ainda entende que a adição de participação nos shoppings está alinhada ao perfil do portfólio da empresa e deve gerar valor no longo prazo.
- VEJA MAIS: Onde investir em março? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas para este mês
Para entender no detalhe: a aquisição e os parceiros do Iguatemi (IGTI11)
O valor de R$ 2,585 bilhões não vai sair apenas do bolso do Iguatemi (IGTI11). Isso porque a empresa vai realizar a transação por meio de coproprietários e parceiros.
Segundo o documento divulgado, os fundos XP Malls, Shopping Pátio Paulista, BB Premium Malls e a Braz Participações vão participar da operação com investimentos que somam quase R$1,48 bilhão.
O investimento dos parceiros será feito por meio da subscrição e integralização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que serão emitidos com lastro em instrumento de dívida da Iguatemi PPPH, afiliada do Iguatemi.
Além disso, a empresa também revelou que recebeu outra manifestação de interesse de coproprietários com um montante de cerca de R$ 250 milhões.
- VEJA TAMBÉM: cobertura completa da temporada de balanços - Saiba o que esperar do mercado e como se posicionar
Gigantes no portfólio: o que vem depois?
A empresa já avisou: assim que a compra for concluída e os shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista entrarem para a carteira do Iguatemi, haverá uma mudança societária.
Segundo o documento, a mudança vai permitir que os parceiros detenham, direta ou indiretamente, participações no Shopping Pátio Higienópolis e/ou no Shopping Pátio Paulista.
A empresa também informou que a Iguatemi e a Iguatemi PPPH serão, em conjunto, detentoras de cerca de 30% do Shopping Pátio Higienópolis. Já em relação ao Shopping Pátio Paulista, é a afiliada quem terá cerca de 11% do imóvel.
Para a participação, a companhia fará um investimento total na operação de R$ 700 milhões. O pagamento da operação será realizado em duas modalidades: R$ 490 milhões pagos à vista, no fechamento da operação, e o restante será quitado nos próximos 24 meses, com o valor corrigido pela variação do CDI.
Além disso, com a aquisição, a empresa projeta uma queda na alavancagem e avalia que, ao final de 2025, o índice Dívida Líquida/Ebitda representará um indicador inferior a 2,0x.
Vale lembrar que a alavancagem (Dívida Líquida/Ebitda ajustado) encerrou o quarto trimestre de 2024 em 1,84 vez. Na época, o Iguatemi já havia considerado a saída de caixa com o RioSul, que entrou para a carteira da companhia em dezembro do ano passado.
Vale (VALE3) consegue licença para projeto de US$ 290 milhões no Pará; ações sobem mais de 3% na bolsa
A mineradora informou que investirá os recursos na fase de implantação do novo projeto, que pretende dobrar a produção de cobre na próxima década
Americanas (AMER3) consegue “colher de chá” de R$ 500 milhões para pagar o que deve à União
Em meio à recuperação judicial, a varejista alcançou um acordo com a PGFN para quitar dívidas fiscais milionárias
Acionistas minoritários são favoráveis à fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — mas ainda há outras etapas para oficializar o casamento
Nos votos à distância reportados pela BRF, houve 35% favoráveis à fusão, ante 16% contrários
Do canteiro de obras ao mercado financeiro: como uma incorporadora de alto padrão conseguiu captar meio bilhão com títulos verdes
Tegra estrutura política de sustentabilidade e capta R$ 587 milhões com debêntures e CRI verdes; experiência aponta caminhos possíveis para o setor
Nelson Tanure contrata Rothschild para estruturar oferta pela Braskem (BRKM5), diz jornal
O empresário pretende adquirir a participação da Novonor indiretamente, comprando as ações da holding que controla a fatia da petroquímica
Alpargatas (ALPA4) fecha acordo com Eastman Group, que será distribuidora exclusiva da Havaianas nos Estados Unidos e Canadá
O acordo de distribuição marca uma mudança importante no modelo de operação da companhia na América do Norte
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), fecha contrato bilionário para decolar com seus ‘carros voadores’ nos céus de São Paulo
Atualmente, a capital paulista possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil decolagens e aterrissagens diárias
“Investir sem se preocupar com impacto é quase uma irresponsabilidade”, afirma Daniel Izzo, da Vox Capital
O sócio-fundador da primeira venture capital de impacto do país conta como o setor vem se desenvolvendo, quem investe e os principais desafios para a sua democratização
Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional