Hora de acelerar: Itaú BBA diz quais são as melhores ações ligadas ao setor automotivo — e os papéis para “deixar de lado” em 2025
Alta dos juros e volatilidade cambial devem favorecer empresas com balanços saudáveis e foco em exportação, enquanto as endividadas ou com baixa demanda enfrentam desafios

A expectativa de que a taxa Selic continue em trajetória de alta ao longo de 2025 deve mexer com as ações de diversos setores da economia. No caso de bens de capital, a mudança nas condições econômicas não será diferente e pode refletir tanto nos investimentos quanto nas decisões estratégicas das empresas que atuam no segmento.
Pensando nisso, o Itaú BBA fez um raio-x das empresas brasileiras com foco no ramo automotivo. No relatório desta quarta-feira (15), os analistas apostam nas companhias com baixo endividamento e altos dividendos, como Marcopolo (POMO4), Tegma (TGMA3), Fras-le (FRAS3), e elevaram Iochpe-Maxion (MYPK3) para recomendação de compra.
Já para Randon (RAPT4), Tupy (TUPY3) e Mahle Metal Leve (LEVE3) a visão do banco é mais conservadora, considerando o menor volume de vendas e maior endividamento. No caso da Randon, a companhia foi rebaixada para “market perform”, ou seja, neutro.
Confira abaixo se vale a pena comprar as ações e o preço-alvo de cada uma para este ano.
Setor automobilístico: quais ações comprar?
Marcopolo, a queridinha
Leia Também
Com recomendação “outperform”, equivalente à compra, a multinacional brasileira fabricante de carrocerias de ônibus é vista como a preferida dentro do setor.
Além do novo patamar de preços que permite margens de lucro elevadas, a Marcopolo apresenta um balanço patrimonial desalavancado e um atraente rendimento de dividendos.
Apesar de uma possível desaceleração no segundo semestre de 2025, espera-se que a alta do câmbio compense uma leve queda no volume de vendas, segundo o Itaú BBA.
Nesta quarta-feira, os papéis POMO3 chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa, após a companhia ganhar a cobertura do Citi com recomendação de compra.
O papel fechou o dia com alta de 7,47%, a R$ 6,19. O preço-alvo do Itaú BBA para a ação este ano é de R$ 10,50 — equivalente a um potencial de valorização de 66% sobre o fechamento de hoje.
Outras “outperform” do Itaú BBA: Tegma, Fras-le e Iochpe-Maxion
Segundo os analistas do BBA, além do balanço desalavancado, a Tegma também tem como diferenciais um modelo de negócios “asset-light”, ou seja, com poucos ativos físicos ou grandes investimentos em infraestrutura, e os benefícios de “tarifas positivas”.
A expectativa é de que, neste ano, a Tegma tenha um dividend yield de 13%.
O banco fixou o preço-alvo para TGMA3 em R$ 44 para 2025, equivalente a um potencial de valorização de 57% sobre o fechamento de hoje.
Fras-le
Já a Fras-le é vista como uma empresa resiliente, com crescimento de receita orgânica via ganho de market share e repasse da inflação, segundo os analistas.
A companhia também tem o potencial para alcançar crescimento de receita de dois dígitos, apesar do aumento da alavancagem devido à aquisições feitas no ano passado.
Vale lembrar que, em junho de 2024, a fabricante de autopeças controlada pela Randoncorp fez a maior aquisição de sua história ao pagar R$ 2,1 bilhões pela mexicana KUO Refacciones. A empresa, também do setor de autopeças, fazia parte do Grupo Kuo.
Para 2025, o preço-alvo da FRAS3 é de R$ 27, equivalente a um potencial de valorização de 35% sobre o fechamento de hoje.
Iochpe-Maxion
A expectativa de redução da alavancagem da Iochpe-Maxion é vista como positiva pelos analistas do banco, que também recomendam compra de MYPK3.
Outra vantagem da companhia é o modelo de negócio dolarizado em um cenário de alta da moeda norte-americana. Apesar dos desafios na Europa e América do Norte, a empresa tem potencial para uma geração de caixa robusta, na visão do Itaú BBA.
Para 2025, o preço-alvo para as ações MYPK3 é de R$ 16, equivalente a um potencial de valorização de 23% sobre o fechamento de hoje.
Randon, Tupy e Mahle Metal Leve: o que fazer com os papéis?
Outras empresas do setor automotivo, Randon (RAPT4), Tupy (TUPY3) e Mahle Metal Leve (LEVE3), receberam recomendação “market perform”, equivalente a neutro.
Embora a Randon tenha uma exposição positiva ao agronegócio brasileiro, que apresenta perspectivas otimistas para 2025, a alavancagem da fabricante de equipamentos deve aumentar após a aquisição da European Braking Systems (EBS), uma das maiores transações da sua história, por aproximadamente R$ 410 milhões no ano passado.
Segundo o Itaú BBA, isso deve pressionar os resultados financeiros da companhia, o que leva a uma revisão de baixa nas estimativas de lucro em cerca de 20%.
As ações da Tupy também receberam recomendação “market perform” dos analistas do BBA, principalmente por conta de desafios relacionados a volumes de vendas menores previstos para o início de deste ano, especialmente na América do Norte e na Europa.
Mahle Metal Leve também é neutra para o BBA. Mesmo que a desvalorização do real favoreça exportações, a empresa pode ser impactada pela queda na produção de veículos.
A Mahle também deve gerar cerca de R$ 740 milhões com a aquisição do negócio de compressores e térmicos do acionista controlador. No entanto, a política de hedge pode limitar os efeitos cambiais no lucro líquido, e o aumento da dívida pressiona os resultados.
Colchão macio para os bancos: a decisão do BC que manteve o ACCP zerado — e por que isso importa para você
O ACCP é uma reserva de capital que o Banco Central exige de bancos e outras instituições financeiras — as de menor porte não estão sujeitas a essa demanda
Presidente do conselho de administração da Petrobras (PETR4) deixa o cargo; entenda por que ele renunciou
A saída de Pietro Adamo Sampaio Mendes acontece em um momento no qual a estatal anuncia planos de voltar para os segmentos de gás de cozinha e distribuição
Vale-refeição e vale-transporte na mira do STF: empresas poderão ter que recolher INSS sobre os benefícios
Supremo vai analisar se os benefícios devem integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária
Ultrapar (UGPA3) tem uma das maiores altas do Ibovespa após notícias que beneficiam a Ultragaz; entenda o movimento
A reação às novidades desta quarta-feira (20) teve efeitos positivos nas ações da holding, que finalizaram o pregão em alta de 4,35%, cotadas a R$ 18,01
Quase lá, BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3)? Cade vota para aprovar fusão, mas uma pessoa ‘empata’ decisão
A fusão entre BRF e Marfrig, que resultará em uma gigante do setor frigorífico com receita de R$ 152 bilhões, ainda aguarda aprovação final do Cade depois de um pedido de vista
Minerva (BEEF3) anuncia aumento de capital social com direito a nova emissão de ações; o que muda para os acionistas?
Ao todo, foram emitidas 44.815 novos papéis ordinários da companhia, com valor de R$ 5,17
Itaú BBA retoma cobertura da Brava Energia (BRAV3) com recomendação de compra e projeção de valorização de 50% para as ações
Analistas veem progresso operacional e estratégia focada em offshore impulsionando valor a longo prazo, apesar de desafios no curto prazo
Compra do Banco Master pelo BRB finalmente vai sair? Câmara Legislativa do DF autoriza, mas a operação ainda precisa passar por crivo final
Negócio ainda aguarda aval do Banco Central e enfrenta denúncia de calote e ocultação de passivos que pode paralisar a venda
Por que o Nubank quer acabar com os 200% de CDI no cartão Ultravioleta? Diretora revela os planos para o público de alta renda
Em entrevista ao Seu Dinheiro, a diretora do Nubank Ultravioleta, Ally Ahearn, contou sobre os planos estratégicos para cativar os clientes endinheirados e fazê-los migrarem para o banco digital roxinho
Prio (PRIO3) em queda: paralisação no campo de Peregrino derruba ação — para o Itaú BBA, essa pode ser uma janela de oportunidade
Segundo comunicado, a ANP suspendeu temporariamente a atividade do campo da petroleira, que tem produção diária de cerca de 100 mil barris
Ações da XP caem 8% após os resultados do 2T25; entenda o que está por trás da queda
O lucro líquido da corretora atingiu R$ 1,3 bilhão no período e superou as estimativas do Itaú BBA, mas bancos mantém a cautela para o papel
Banco Inter abre café no Parque Ibirapuera e contrapõe proposta de exclusividade do Nubank. O que está por trás dessa estratégia?
O banco digital inaugurou hoje uma nova unidade do Inter Café em São Paulo, e o CEO revelou por que decidiu tornar o espaço acessível a todos
Intel salta na Nasdaq com aporte de US$ 2 bilhões do Softbank e rumores de participação de 10% do governo dos EUA
Após semanas de turbulência com a Casa Branca, a fabricante de chips ganha fôlego com o aporte do SoftBank e a possibilidade de o governo assumir uma fatia bilionária na companhia
Nubank (ROXO34) ganha nova recomendação do BTG, Citi e Itaú BBA: o que esperar do futuro da fintech?
Os bancos têm uma visão otimista impulsionada principalmente pela melhora das condições macroeconômicas domésticas no Brasil
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA