Fale agora ou cale-se para sempre: Minerva (BEEF3) entra com recurso no Cade contra fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A companhia alega ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica que o aval ao “casamento” desconsidera impactos relevantes à concorrência

A Minerva Foods (BEEF3) resolveu intervir e pode colocar um ponto final na fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) antes mesmo de um possível “sim” oficial.
A companhia entrou com um recurso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pedindo a reavaliação da fusão, alegando que a aprovação do negócio desconsidera impactos relevantes à concorrência — especialmente no mercado de produtos processados.
Na visão da Minerva, a união que daria origem à chamada “MBRF” criaria uma concentração excessiva em categorias como almôndegas, hambúrgueres e quibes, além de ampliar o poder de compra da nova empresa, que passaria a contar com 37 marcas.
- VEJA TAMBÉM: Quer ter acesso em primeira mão às informações mais quentes do mercado? Entre para o clube de investidores do Seu Dinheiro sem mexer no seu bolso
Agora, a disputa segue nos bastidores do Cade, e o futuro da união entre Marfrig e BRF depende da resposta ao recurso da Minerva.
A preocupação da Minerva vai além da concentração do mercado. A empresa acende o alerta para um possível conflito de interesses envolvendo o fundo soberano da Arábia Saudita, o Salic, que detém 24,5% de participação na própria Minerva. Com a fusão, o fundo passaria a ter também 10,6% da nova MBRF.
O receio da Minerva é que conselheiros indicados pelo fundo possam facilitar a troca de informações estratégicas entre as companhias, enfraquecendo a rivalidade no setor.
Leia Também
Minerva alega falta de salvaguardas contra riscos concorrenciais
Em parecer técnico realizado pela LCA Consultores, anexo ao recurso, a Minerva afirma que o setor de proteínas no Brasil possui características propícias à colusão tácita, ou seja, um mercado com poucos players, produtos homogêneos, alta transparência e barreiras à entrada.
A empresa, por exemplo, manifestou preocupação com a carne processada para restaurantes, lanchonetes e redes de fast food (foodservice).
“A força da marca provoca um efeito em cadeia: a preferência dos consumidores influencia diretamente as preferências dos varejistas e distribuidoras. É improvável que um player [Marfrig], que fornece 70% dos hambúrgueres do McDonald's no Brasil, tenha participação irrelevante no foodservice”, afirma o recurso enviado ao Cade.
- LEIA MAIS: Hora de ajustar a rota – evento “Onde investir no 2º semestre” vai reunir gigantes do mercado financeiro para revelar oportunidades de investimento
O relatório aponta que a análise da Superintendência-Geral do Cade foi superficial e ignorou precedentes mais rigorosos, deixando de examinar adequadamente:
- Participações combinadas superiores a 20% no mercado de quibes e almôndegas;
- Participações que já ultrapassaram 60% no segmento de hambúrgueres, especialmente no canal foodservice;
- Concentração relevante em diversos submercados de produtos processados que justificariam análise mais aprofundada ou mesmo remédios estruturais, como exigido no passado.
O parecer aponta que a fusão criaria um “comprador dominante”, que colocaria condições desfavoráveis para frigoríficos menores, com destaque para o Centro-Oeste.
“O mesmo Cade que impôs remédios estruturais à Minerva em 2014, quando comprou ativos da BRF, hoje ignora os riscos para essa fusão”, diz um trecho do documento.
No recurso, a Minerva pede a reabertura da instrução do processo e a adoção de salvaguardas, incluindo restrições aos direitos políticos da Salic.
*Com informações do Money Times
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão
Méliuz (CASH3) estreia nos EUA para reforçar aposta em bitcoin (BTC); veja o que muda para os investidores
A nova listagem estreia no índice OTCQX, sob o ticker MLIZY, com o JP Morgan como banco depositário responsável pelos recibos nos EUA
Cosan (CSAN3): disparada de prejuízos, aumento de dívidas e… valorização das ações? Entenda o que anima o mercado
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, analistas veem fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo