Depois de liderar as perdas do Ibovespa, GPA (PCAR3) divulga prejuízo bilionário no 4T24. Saiba o que afetou os resultados da varejista
Dona da bandeira Pão de Açúcar registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 1,1 bilhão, mais do que o triplo em relação ao prejuízo do mesmo período em 2023
O dia não foi nada fácil para o GPA (PCAR3). Primeiro, o JP Morgan passou a recomendar a venda das ações, o que fez os papéis desabarem na B3 nesta terça-feira (18). Depois do fechamento do mercado, a varejista de alimentos divulgou os resultados do 4T24 — e trouxe um prejuízo bilionário que pode causar indigestão nos investidores.
De acordo com a dona da bandeira Pão de Açúcar, o prejuízo líquido consolidado foi de R$ 1,1 bilhão, mais do que o triplo em relação ao prejuízo do mesmo período em 2023.
No caso das operações continuadas, o prejuízo somou R$ 737 milhões, acima do resultado negativo de R$ 91 milhões um ano antes.
O prejuízo bilionário do GPA
Segundo a companhia, houve avanço em “temas estruturantes e excepcionais” para o longo prazo que geraram um efeito negativo de R$ 385 milhões no resultado, sendo R$ 272 milhões no resultado continuado e R$ 113 milhões no resultado descontinuado.
“O efeito caixa destes temas está concentrado, principalmente, aos parcelamentos dos acordos tributários, que proporcionaram redução dos valores em discussão, e aos gastos com rescisões no projeto de reestruturação administrativa, que trarão economias estimadas em cerca de R$ 100 milhões em 2025”, firmou a companhia, em comunicado.
O GPA também apontou um efeito excepcional de provisões tributárias e trabalhistas que totalizaram um impacto negativo de R$ 503 milhões, sendo R$ 291 milhões no resultado continuado e R$ 211 milhões no resultado descontinuado.
Leia Também
Excluindo esses efeitos, a companhia afirma que o prejuízo líquido das operações continuadas reduziria de R$ 737 milhões para R$ 174 milhões, enquanto o das operações descontinuadas passaria de R$ 367 milhões para R$ 43 milhões.
Apesar do prejuízo, o CEO do GPA, Marcelo Pimentel, destacou o “sucesso” do primeiro triênio do turnaround (recuperação financeira) com avanços estratégicos para a companhia.
Entre eles, o executivo cita a expansão de lojas, otimização de estoques e melhorias na experiência do cliente, resultando em um crescimento significativo do NPS e da rentabilidade.
LEIA MAIS: Mesmo com alta do Ibovespa neste ano, “mercado brasileiro é como uma floresta devastada pelo fogo”, defende analista — onde investir neste cenário?
Outros números do trimestre
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mensura o potencial de geração de caixa operacional, ficou em R$ 498 milhões, um avanço de 25,4% na base anual.
Já a margem Ebitda fechou em 9,5%, o melhor patamar desde 2020 e 1,4 ponto percentual maior do que no 4T23.
A receita líquida da companhia foi de R$ 5,2 bilhões no quarto trimestre de 2024, conforme o documento, uma variação positiva de 6,3% na comparação com 2023.
As vendas nas mesmas lojas tiveram aumento de 9,6%, representando uma aceleração de 4,6 pontos percentuais (p.p) em relação ao terceiro trimestre de 2024.
A bandeira Pão de Açúcar cresceu 10,2%, aceleração de 5,5 p.p. na base trimestral e a bandeira Extra Mercado avançou 10,3%, aceleração de 4,5 p.p também em base trimestral.
As despesas financeiras caíram 7,7%, decorrente da redução da dívida bruta e da taxa de juros.
Fim da linha para o Pão de Açúcar?
Nesta terça (18), PCAR3 amargou a maior queda do Ibovespa, despencando 6,69% e fechando a R$ 2,93.
O tombo veio depois que o JP Morgan rebaixou a recomendação das ações para venda, tendo em vista uma geração de caixa desafiadora, mesmo em meio às melhorias operacionais da empresa.
Para o banco americano, a geração de caixa e o endividamento — com um índice de 3,2 vezes em 2025 — ainda preocupam mesmo com a racionalização da presença do Pão de Açúcar no norte e no nordeste, regiões com poucas sinergias com a operação central em São Paulo.
Além disso, o JP Morgan diz que não há fundamentos suficientes para acreditar que uma possível fusão com o Dia melhoraria significativamente as operações ou balanço patrimonial do GPA.
*Com informações do Money Times
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras