Excesso de peso? Cosan (CSAN3) pode diluir participação na Raízen (RAIZ4) e vender pedaço da Moove
Há menos de um mês, empresa reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no 4T24 e dívida bruta de R$ 27,8 bilhões
Os tempos não têm sido fáceis para a Cosan (CSAN3), mas a holding de Rubens Ometto vem buscando encontrar uma luz no fim do túnel e reduzir seu endividamento.
Em janeiro, a empresa anunciou a venda de sua participação na mineradora Vale (VALE3) por meio de um leilão em bloco na B3, levantando R$ 9 bilhões.
No mesmo mês, a Cosan anunciou uma oferta de recompra (tender offer, em inglês) multibilionária de títulos de dívida internacionais (bonds) emitidos por sua subsidiária em Luxemburgo.
- VEJA MAIS: Saiba como entrar para o clube de investidores do Seu Dinheiro de forma gratuita e fique por dentro de tudo que acontece no mercado financeiro
No finalzinho de fevereiro, vieram os números (ruins): a empresa reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no 4T24, revertendo lucro líquido de R$ 2,3 bilhões um ano antes. Também divulgou uma dívida bruta ao final do 4º trimestre da ordem de R$ 27,8 bilhões.
À época, o CEO da empresa, Marcelo Martins, disse ao jornal Valor Econômico que o plano era apertar o cinto para reduzir em até 30% a dívida nos meses seguintes, o que poderia incluir a entrada de parceiros, a diluição de participações em empresas, a revisão do portfólio e a captação de novos recursos.
Agora esse plano parece estar ganhando foco. Segundo o mesmo jornal, citando uma fonte a par do tema, a Cosan estaria considerando vender uma fatia da Moove, seu negócio de lubrificantes com a gestora de private equity CVC Capital Partners.
Leia Também
Outra carta na mesa seria negociar com a Shell um aumento de capital na distribuidora de combustível Raízen, o que diluiria sua participação atual de 50%. As transações ainda estariam em estágio inicial, informou a reportagem.
- E MAIS: Conheça carteira de ativos indicada para investir em meio a desajuste econômico no Brasil
Logo após a divulgação da notícia, a ação da Cosan (CSAN3) chegou a ter um repique e zerar a queda que enfrentava desde o início do pregão desta quinta (20), mas logo em seguida voltou a cair. O papel fechou o dia em queda de 1,39%, a R$ 7,80.
Já os papéis da Raízen (RAIZ4) fecharam em baixa de 1,08%, a R$ 1,84.
Mais detalhes do plano sobre Raízen e Moove
No caso da Raízen, Cosan e Shell têm cada uma 50% do negócio. A Cosan buscaria um aumento de capital sem acompanhar a transação, diluindo sua participação na produtora de açúcar e etanol.
No caso da Moove, a Cosan tem uma fatia de 70% no negócio, enquanto os outros 30% pertencem à CVC. O jornal afirma que a Cosan toparia sair do controle da empresa, ficando com uma fatia de até 40%, enquanto a CVC sairia ao final do negócio.
- SAIBA MAIS: A declaração do Imposto de Renda 2025 começou: veja o passo a passo para prestar contas ao Leão sem erros neste guia gratuito
No ano passado, a Cosan tentou abrir o capital da Moove nos EUA, mas a operação acabou sendo suspensa por baixa demanda, com os investidores gringos evitando se expor demais ao Brasil, considerado muito arriscado.
As aberturas de capital das subsidiárias de capital fechado da Cosan, aliás, eram muito esperadas pelo mercado, diante da possibilidade de “destravar valor” das ações da holding. Mas os planos de abrir o capital dessas empresas acabaram não saindo do papel, dado o fechamento da janela de IPOs no Brasil.
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
